Capítulo 14- Any

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Confesso que fiquei um pouco chocada com a quantidade de comentários do outro capítulo. Se fizerem de novo eu solto capítulo um capítulo no sábado

Comentem 🥺 e feliz dia 23/09 se lembrem que sua independência emocional não depende de uma data
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Quando chego do trabalho, estou exausta. Minhas pernas doem por ficar tanto tempo em pé. A lanchonete não teve um minuto sem ninguém hoje.

- Any!- meu pai grita na cozinha.

Choramingo no lugar, eu só queria subir e desmaiar na minha cama para estar disposta amanhã de manhã.

- Estou na cozinha!- ele grita mais uma vez.

Fico olhando para direção da cozinha e a escada na minha frente por alguns segundos. Até ter coragem de arrastar meus pés para onde meu pai está.

Ele abre um sorriso tranquilo quando passo pela porta, eu tento retribuir, mas os músculos do meu rosto parecem tão cansados quanto minhas pernas.

- Boa noite.- murmuro, me jogando na cadeira.

- Chegou tarde hoje.- ele diz, arrastando um prato na minha direção.

Nego com a cabeça empurrando até ele novamente. Comi com a Sra. Smith antes de vir para casa.

- Lanchonete estava lotada.

- Você anda muito agitada ultimamente, é só a lanchonete ou está acontecendo alguma coisa?

Olho em direção a escada pela porta. Realmente estou agitada, eu e Josh estamos correndo para ver o que falta no apartamento antes de nos mudarmos.

- Preciso te contar uma coisa.

- Você matou alguém?- ele pergunta brincalhão, mas seu sorriso desmancha quando vê meu corpo enrijecer e provavelmente a cor sair do meu rosto- Deus! Desculpa Any, não sei porque eu disse isso.

Porque no fundo, você também acha que matei ele papai.

- Não, quero falar que achei um apartamento, vou me mudar esse fim de semana.

- Como assim vai se mudar esse fim de semana?!- minha mãe pergunta entrando na cozinha.

- Você viu ela chegando?- pergunto.

- Não, você viu?- nego com a cabeça.

- Você ainda não me respondeu! Como assim você vai mudar de casa? Mas antes disso, como assim alguém te aceitou para alugar um lugar?

- Pelo jeito você não conseguiu fazer a cabeça de algumas pessoas.- tampo a boca assim que termino de falar.

Sinto o olhar da minha mãe queimando enquanto me olha, e vejo seus passos furiosos vindo na minha direção.

Fecho os olhos me encolhendo na cadeira, por que eu fui abrir a boca? Escuto uma cadeira, aí Deus, eu vou morrer com uma cadeira. Ouço um tapa estalar, mas não sinto dor, já tenho algum tipo de imunidade para isso?

- Saia da minha frente Carlos ou outro tapa vai aceitar seu rosto, mas dessa vez vai ser por querer!

Abro os olhos e vejo meu pai na frente da minha mãe, segurando seu braço enquanto ela tenta desvincular deles.

- Você tem noção que esse tapa ia ser na sua filha, não tem?! Tem noção que a força que você colocou ia ser nela?!

- Não seria mais que merecido!- ela grita- Ela é uma assassina, acha que a dor que vai sentir agora é menor do que a que o garoto sentiu?!

De repente... Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora