Capítulo 8

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Mas não foi, não naquela hora e nem naquele dia, inventei uma desculpa qualquer e desliguei o telefone sem nem mesmo esperar pela resposta. Segui em busca de Anahí até a cozinha e a mesma estava encostada na bancada bebendo seu vinho.

Alfonso: oi, desculpe! - falei sem jeito, buscando seu olhar.

Anahí: tudo bem, devia ser importante. - falou sem dar muita atenção.

Me aproximei dela e olhei em seu olhos, não queria que ficasse um clima ruim, ela olhou em meus olhos e sorriu fraco.

Alfonso: era uma ligação sem importancia. - disse - esta tudo bem? - perguntei cuidadoso, eu realmente nao queria que Anahí me interpretasse mal, mas se não fosse pelo telefone, eu sei o que teria feito.

Anahí: sim, esta tudo bem. Vamos comer? - falou mudando de assunto - eu pedi naquele restaurante que gostamos.

Pois é, o meu restaurante favorito era também o restaurante favorito de Anahí e sabe o que é mais curioso nisso tudo? Diana odeia comida italiana, ela odeia o meu restaurante favorito e odeia o fato de que eu seja um frequentador assíduo, como se eu pagasse a comida com o dinheiro dela.

Alfonso: vamos, o cheiro está ótimo e agora eu realmente estou com fome. - falei sorrindo.

Anahí começou a desembalar a comida até que parou fazendo seu bico habitual de quando esta pensando.

Anahí: eu não tenho pratos e talheres. - falou me olhando e caindo em uma gargalhada. - como eu te convido pra comer se não tenho nem prato e nem talher?

Involuntariamente, acabei caindo em uma gargalhada também, não tinhamos nos atentado ao fato de que Anahí tinha acabado de se mudar e só tinha um colchão emprestado e algumas das minhas roupas de cama.

Alfonso: tudo bem, sem problemas - disse enxugando o canto dos olhos. - eu posso buscar na minha casa, se voce quiser, assim como fiz com as tacas ou podemos ir até lá comer, sentamos a mesa e você conhece a minha casa. - falei enquanto analisava a expressão dela.

Eu nao queria de forma alguma que Anahí me intrepretasse de forma errada, eu realmente estava fazendo um convite sem segundas intenções, não permitiria que nada acontecesse, mesmo que fosse minha maior vontade, pelo menos não antes de conversar com Diana.

Anahí: Alfonso... - disse suspirando. - não acho que pegaria bem, talvez sua noiva também não vá gostar de outra mulher em seu apartamento. - falou olhando para as maos.

Mal sabe Anahí que eu consigo contar nos dedos das duas mãos a quantidade de vezes que Diana esteve em meu apartamento.

Alfonso: não me entenda mal também, mas se essa for sua preocupação, está tudo bem. Diana frequentou meu apartamento pouquissimas vezes, tão poucas que se as pessoas não me conhecessem, diriam que eu não tenho uma noiva, ela simplesmente detesta Manhattan, ela prefere Jersey e prefere que eu me desloque pra lá. - falei simples, como era, ou como ela fazia parecer ser.

Anahí ainda ficou pensativa durante um tempo, mas logo assentiu com a cabeça, pegamos o vinho, as taças, comida e subimos para o meu andar, assim que abri a porta, Anahí sorriu e analisou tudo.

Anahí: seu apartamento é lindo, Alfonso! - falou observando cada detalhe.

Alfonso: obrigado! - falei fechando a porta e levando as coisas para a cozinha.

Anahí me seguiu e lá me ofereceu ajuda para que pegasse as coisas, mas não era necessário, ela sentou-se a mesa e conversamos coisas bobas enquanto comíamos e bebíamos e era isso, estar com Anahí era leve, eu me sentia leve, mesmo que estivessemos falando sobre o tempo, ainda assim era uma conversa leve, daquelas gostosas de se ter.

Entre uma taça e outra de vinho, quando percebemos já havíamos bebido três garrafas e estavamos sonolentos, porém a conversa seguia, assim como o meu olhar seguia Anahí quando ela inventou de lavar a louca que havia ficado na pia.

Anahí tem um corpo escultural, curvas lindas, um tom de pele maravilhoso, uma bunda arrebitada e empinada que, meu Deus, eu preciso me controlar. Porém, aparentemente o universo não achava isso, eu sentia necessidade de estar próximo aquela mulher e foi com esse pensamento que levantei-me e fui ajuda-la. Ela lavava, eu guardava, até que toquei suas mãos e nos olhamos, eu não conseguia mais, peguei o prato das maos de Anahí, deixei o mesmo sobre a pia e puxei a mesma para mais perto, para os meus braços, ela suspirou, eu sabia que ela queria tanto quanto eu, Deus me perdoe, mas eu sou um fraco, um merda e essa mulher vai me deixar louco.

Alfonso: Anahí, voce vai me enlouquecer. - disse esfregando meu nariz no seu, enquanto sentia o ar quente que saia de sua boca e me deixava em brasas.

Anahí nada disse, apenas passou os braços ao redor do meu pescoço e acariciou minha nuca, arranhando a mesma levemente, mandando toda a sanidade que me restava para o saco, literalmente.

Eu beijei, beijei a mulher que me levaria a perdição, e os lábios dela parecem ter sido feito sob medida para mim, a boca de Anahí era delicosa, ela era deliciosa, minhas mãos acariciavam sua cintura, eu queria sentir sua pele, eu queria senti-la. O beijo não iniciou de forma calma, muito pelo contrário, ele era rápido, desejoso, falava muito por si só, ela queria, eu queria. Entre os beijos fui nos direcionando para o sofá, onde caímos os dois. Fiquei por cima dela, beijava com vontade, meu pau adormecido ganhava vida e eu sabia que ela podia senti-lo, eu estava entre suas pernas, desci os beijos para o seu pescoço e senti Anahí arfar, rocei minha barba em sua pele e ela estremeceu, estava voltando para sua boca quando ela colocou as mãos em meu peito, me impedindo.

Anahí: melhor não! - disse levantando rápidamente e  indo embora.

Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora