Capítulo 62

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Anahi...

Eu estava vivendo os dias mais felizes da minha vida, sem sombra de duvidas. Alfonso era perfeito, tudo que um dia eu sonhei e eu já o imaginava brincando com nossa bebê por cada canto da nossa casa, imaginava as risadas gostosas, eu imaginava tudo.

Eu estava sentada na poltrona do quarto da nossa pequena, tinha se tornado meu lugar favorito na casa, porque eu sentia todo o amor que emanava daquele ambiente e eu mal podia esperar pra te-la em meus braços.

Alfonso entrou no quarto e caminhou até onde eu estava, me beijando e em seguida, beijando minha barriga

Alfonso: estamos ansiosos por aqui? - perguntou sorrindo 

Anahi: estamos! Não consigo parar de querer te-la aqui logo - falei acariciando minha barriga

Alfonso: falta pouco  agora -  fez carinho em meus cabelos - eu preciso ir lá na empresa, nem tudo consigo resolver aqui de casa, você vai ficar bem sozinha? - perguntou preocupado - sua mãe podia ter ficado uns dias mais - brincou

Anahi: esta com saudades da minha mãe? - brinquei - eu vou ficar bem amor, pode ir tranquilo

Alfonso: nada de sair de casa, fica aqui quietinha que eu volto daqui a pouco - beijou minha testa e foi trabalhar.

Eu fiquei a manhã inteira dobrando roupinhas e ajeitando dentro dos armários da bebê, queria que tudo estivesse organizado para sua chegada, depois que fiquei entediada, me sentei em frente a tv e busquei por algo que prendesse minha atenção, mas eu estava inquieta demais e com muita vontade de torta de morango de uma confeitaria aqui perto, olhei o relógio e percebi que já haviam se passado quase duas horas desde que Alfonso saiu, tentei ligar para ele e pedir que trouxesse a torta para mim, mas como ele não atendeu, decidi ir até a cafeteria, era muito próximo aqui de casa e nada aconteceria, não é mesmo?

.

Depois de ter pego minha carteira e ter trocado de roupa, sai do meu prédio e fui caminhando até a confeitaria, era final de tarde e a cidade parecia estar ainda mais agitada que o normal, entrei na confeitaria e cumprimentei os funcionários, comprei duas fatias de torta, uma para mim e uma para Alfonso, paguei e fui embora, decidi que voltaria pelo park e assim fiz, a tarde estava agradavel, o dia estava fresco e o céu em um azul muito bonito, caminhei pelo parque e enquanto olhava para o céu que nesse momento estava em uma mistura de cores, azul e laranja, eu agradecia por tudo que eu tenho, mas apesar de apreciar o momento de tranquilidade, eu não me sentia tranquila, estava nervosa e com um aperto no peito, mas com certeza era bobeira, apenas os hormônios dando as caras.

Sai de dentro da região do parque e fui para a calçada, caminhei mais um pouco e estava aguardando o semáforo fechar para que eu pudesse atravessar e quando isso aconteceu, foi o que eu fiz, caminhei tranquilamente sobre a faixa de pedestre, mas enquanto eu atravessava eu ouvi o barulho de um carro cantando pneu e vindo em minha direção, o porteiro do meu prédio que estava na calçada do outro lado apenas gritou "cuidado" e quando eu vi, já era tarde demais, apenas abracei minha barriga e aguardei o impacto.

Tudo ficou escuro, de repente estou no chão, jogada e com dor. Olho para o lado e vejo sangue nas minhas mãos, me desespero, ouço vozes ao meu redor, não vejo ninguem, sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, dói, tudo dói, mas logo passa, não me mantenho acordada por muito tempo. 

Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora