Capítulo 11

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Eu estava triste, isso era um fato, assim como era visível. Eu não fiquei triste dessa forma nem quando vim para New York e deixei minha mãe magoada, mas eu estava levando. Não foi fácil ver Alfonso e Diana juntos, certamente em um pós foda, não foi fácil ouvir os gritos de um com o outro enquanto eu esperava o elevador e não foi fácil ouvir de Alfonso que eu era uma pessoa sem importância, mas apesar de não ser fácil, eu não me permitia ser um cristal delicado que na primeira queda se quebrava, eu segui em frente.

Havia se passado cerca de quinze dia desde o dia em que vi Alfonso e Diana e fora as reuniões em que estavamos juntos, aquela foi a única vez em que trocamos algumas palavras, ele seguia a vida e eu também. Eu não estava magoada pelo beijo que demos, pelo fato dele não ter falado comigo após tudo isso ou até mesmo por ve-lo com Diana, afinal, eles eram noivos, mas eu não negava a chateação ao ouvi-lo dizer "Anahí é uma pessoa sem importância."

Eu evitava almoçar com Maite, não queria interferir no almoço que ela rotineiramente tinha com o primo, assim como não queria criar uma situação desconfortável, então nós sempre tomávamos um café juntas antes de iniciarmos o trabalho e nas últimas duas semanas, temos combinado uma saída, como diz a própria Maite, "você precisa se animar" e ela não era a única, Nate estava constantemente dizendo o mesmo e por falar nele, nesses dias que se passaram ele foi uma pessoa na qual eu acabei me aproximando um pouco mais, nós já tínhamos conversado, nos falávamos sempre que saíamos eu, Maite, Alfonso e ele, porém, nunca tínhamos nos falado além do happy hour de sexta feira, mas nos últimos dias, Nate sempre que podia, almoçava comigo e ele me fazia ri até a barriga doer, era uma companhia muito boa de se ter.

Era sexta feira, o expediente havia terminado, passei no mercado e comprei algumas coisas que estavam faltando e voltei para casa, eu tinha marcado com Maite que sairíamos por volta das 21h, então não podia atrasar um segundo, Maite é louca e ela me faria sair de qualquer jeito. Assim que adentrei o prédio cumprimentei o porteiro e me dirigi ao elevador, aguardei o mesmo e assim que as portas se abriram, lá estava ele, assim que me viu sorriu.

Alfonso: oi, boa noite! - falou me olhando.

Anahí: boa noite! - respondi sem dar muita abertura

Alfonso: como você esta? tem tempo que não nos vemos ou falamos - disse cauteloso

Anahí: pois é, estou bem. - falei sem olhar diretamente para ele

Alfonso: bom, sexta feira né?! Vai fazer algo hoje? - me encarou

Graças a Deus, o elevador havia chegado em meu andar rapidamente e eu apenas assenti com a cabeça e sai sem olhar para trás.

Assim que entrei em meu apartamento, suspirei, estava cansada dessa instabilidade de Alfonso, apesar de ter certeza que ele só falou comigo por educação, não entendi a curiosidade em saber se eu faria algo hoje, mas não me permiti pensar sobre isso durante muito tempo.

Organizei as coisas que havia comprado, comi um sanduiche e descansei um pouco em meu sofá, dei uma olhada em meu instagram e logo depois fui me arrumar. Tomei um banho e assim que sai do mesmo, coloquei um vestido preto e justo em meu corpo, deixei meus cabelos soltos, defini ainda mais os cachos nas pontas do mesmo, fiz uma maquiagem bonita, destacando meus olhos, calcei um salto também preto, coloquei uns acessórios e vesti um sobretudo, estava frio lá fora e apesar de gostar da época, eu não queria sentir frio.

Assim que terminei o meu interfone tocou e era o porteiro informando que Maite me esperava lá embaixo. Peguei minha bolsa e coloquei minha carteira e o celular e desci, assim que cheguei no carro Maite começou com as piadinhas.

Maite: você quer matar quem desse jeito? Está lindíssima, Any! - falou enquanto o taxista nos levava a uma boate.

Anahí: obrigada, Mai. Você também esta linda, mas a intenção não é matar ninguém, apenas nos divertir, correto? - falei rindo

Maite: com certeza!

O táxi nos levou até a boate e assim que chegamos, Maite foi falando com os segurança que prontamente liberaram nossas entradas, aparentemente, era um lugar no qual ela estava habituada a ir. A boate era muito bonita e estava relativamente cheia, em um lado tinha um bar, algumas banquetas, a pista de dança a frente e na parte superior tinha os camarotes, logo que chegamos Maite já foi me puxando para o bar.

Maite: duas tequilas, por favor. - pediu ao barman que nos entregou dois pequenos copos com o liquido - Um brinde a nossa noite! - propôs e viramos a bebida que desceu rasgando em minha garganta.

Eu e Maite caímos na pista de dança e inicialmente eu estava um pouco retraida, fazia muito tempo que eu não tinha esse tipo de diversão, mas com o passar das horas e do álcool, eu fui me soltando e me divertindo cada vez mais. Minha amiga decidiu que iria ao banheiro e eu me recusei a ir com ela, estava bom ficar ali, dançando, aproveitando o momento, mas duas mãos em minha cintura me viraram rapidamente, fazendo com que eu parasse de dançar e olhasse em seus olhos, sorri assim que nossos olhares se encontraram.


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Oioi, tudo bem? 

Espero que estejam gostando da fic e qualquer sugestão é sempre muito bem vinda. 

Tenho um pergunta pra fazer a vocês: vocês gostariam que eu identificasse quem está narrando o capítulo ou da forma que está vocês acham que ta ok? 

E tenho um pedido também: eu gosto de compartilhar com vocês, de conversar e saber a opinião, então sempre que quiserem e se sentirem a vontade, comentem e votem na história é uma forma de saber que vocês estão gostando e até mesmo de me incentivar. 

Obrigada por estarem lendo!

Um beijo.  

Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora