Capítulo 51

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Anahi....

Eu nunca imaginei que o bebezinho que estava em meus braços não poderia ser filho de Alfonso, eu mesma fiz as contas, nós comprovamos juntos que aquela criança havia sido concebida no período em que Diana e Alfonso estavam juntos, então assim como ele, eu também estava surpresa, mas muito além de surpresa, eu estava com um nó na garganta, porque eu tinha diante de mim um Alfonso aos prantos, literalmente. Eu acariciei os seus cabelos, ainda segurando Daniel e eu fiz com que ele levantasse seu rosto

Anahi: Alfonso... – chamei

Alfonso: eu não consigo acreditar, Anahi, não consigo. Por que ela mentiu pra mim? Por que permitiu que eu me apegasse dessa forma? – falava entre o choro – caminhei até o pequeno berço e coloquei Daniel lá, voltando a caminha em direção a Alfonso e parando em frente ao mesmo para conseguir lhe abraçar, permitindo que ele chorasse o que tivesse parar chorar.

Eu não sei o que levou Diana a mentir para Alfonso e sinceramente também não me interessava, mas eu não sou ruim, e isso é o que me torna melhor que ela, eu jamais ficaria vendo o sofrimento de alguém e o deixaria ali, por isso ofereci meu ombro para que Alfonso chorasse o que precisava ser chorado e ele chorou. Conforme ele foi se acalmando, peguei meu celular e mandei uma mensagem rápida para Maite resumindo o que havia acontecido, mas ela não recebeu a mensagem

Anahi: Alfonso – falei olhando para ele – eu acho que é melhor eu ir – ele apenas assentiu com a cabeça e eu me levantei, deixando um beijo em sua cabeça e sai do apartamento sem olhar pra trás. Existem feridas que doem mais que outras, eu sei, mas elas sempre cicatrizam e com Alfonso não seria diferente.

.

Um mês havia se passado desde a descoberta de Alfonso nós nunca mais havíamos nos esbarrado, eu não ofereci mais ajuda e o que sabia sobre ele era através de Maite que também não parecia estar muito por dentro do que vinha acontecendo em sua vida. Eu passei a me cuidar mais, melhorei minha alimentação, passei a fazer caminhadas, iniciei o pré-natal e me acostumava cada dia mais com aquele serzinho dentro de mim.

Nate e eu estávamos cada vez mais próximos um do outro, ele cuidava de mim, preocupava-se com o meu bem estar e era reconfortante saber que tinha alguém ali com quem contar, até mesmo no dia da minha ultra ele estava comigo, segurando minha mão, não porque eu pedi, mas porque ele achou que seria legal ter alguém ali, além de tudo, ele também se interessava por mim, e cada dia mais eu percebia isso e vinha contornando as investidas dele, não estava com cabeça para entrar em um relacionamento, meu único foco era eu e o meu bebê.

Era sexta-feira, fim de expediente e Nate e eu havíamos combinado de comermos comida árabe, eu estava com desejo, mas também estava cansada, então combinamos de ir para minha casa, havíamos chamado Maite também, mas ela só tinha olhos e tempo para o seu Koko, então eramos somente eu e Nate.

Assim que chegamos ao meu apartamento, Nate se encarregou em pedir a comida, enquanto eu tomava um banho. Eu quase não tinha barriga, era apenas uma pequena pretuberancia, mas sentia meus seios maiores e constantemente doloridos, enquanto tomava banho notava cada pequena mudança do meu corpo, mas não demorei, porque ouvi a campanhia tocando e pensei que era a comida que já havia chegado, ate que ouvi gritos. Vesti rapidamente meu roupão e corri em direção a sala pra ver o que estava acontecendo, mas assim que cheguei a sala, acabei escorregando e caindo de forma brusca no chão, fazendo com que tanto Nate quanto Alfonso parassem para ver o que tinha acontecido.

Na hora da queda tudo que pensei foi em proteger a minha barriga, mas acabei me estabacando de costas, batendo a cabeça e as costas no chão, gritei de dor e de susto, mas a minha preocupação estava toda no meu bebê

Nate: Any – se aproximou de mim – não se mexe, calma! – falou pegando o telefone e ligando para o que deduzi ser o socorro

Anahi: meu bebê, Nate! – falei chorando

Nate: ta tudo bem! – falou acariciando meu rosto e direcionando o olhar para Alfonso que estava parado na porta

Nate se afastou para falar ao telefone e depois voltou e ficou ao meu lado, Alfonso só saiu da porta quando a emergência chegou para me imobilizar e me levar para o hospital, eu sentia minha cabeça doer, latejar. Não demoramos para chegar ao hospital, me levaram para fazer exames de imagem e não deixaram Nate me acompanhar, todos os exames possíveis foram feitos e ao constatarem que nada havia sido quebrado, me levaram para o quarto, fui examinada também por um obstetra que constatou que estava tudo bem, havia sido somente um susto

Nate: Any, como você esta? – perguntou assim que entrou no quarto

Anahi: apenas com dor de cabeça, não estava preocupada comigo, apenas com meu bebê, mas ele esta bem, então eu to bem também! – falei forcando um sorriso

Nate: desculpe por te assustar – falou de cabeça baixa – eu achei que fosse o entregador quando a campainha tocou, atendi a porta e era Alfonso, ele ficou nervoso quando me viu e mais nervoso ainda quando eu disse que você estava no banho, não me deixou explicar nada e já veio me socando – suspirou

Anahi: tudo bem, Nate! Eu não quero saber disso agora, de verdade – falei querendo descansar um pouco

Nate: mas deveria – falou em meio a um suspiro - Alfonso esta lá fora, ele ouviu você falando do bebê. Otimo, pensei. Eu não tinha planos de contar para Alfonso agora, eu não queria que ele ficasse sabendo no meio dessa confusão toda – você quer que ele entre? Se não quiser eu me resolvo com ele lá fora – falou todo protetor

Anahi: pode deixar ele entrar – falei cansada disso tudo

Nate saiu do quarto e eu fiquei sozinha olhando para o teto. Eu não queria conversar com Alfonso, mas sabia que ele conseguia ser bem irritante quando queria e não sairia de lá até conseguir o que queria, então era hora de encarar o que quer que tivesse por vir e não demorou muito para chegar, porque em menos de um minuto, Alfonso estava entrando no quarto

Alfonso: oi – disse se aproximando – como você esta? – perguntou em um tom preocupado

Anahi: estou bem, está tudo bem! – falei encarando o mesmo. Um silencio pesado se instalou entre nós, ele não disse nada, eu não disse nada, apenas nos encarávamos, até que a pergunta que eu não queria responder veio

Alfonso: Anahi – pausou – você esta gravida? – perguntou me encarando

Anahi: por que da pergunta, Alfonso?

Alfonso: não adianta tentar desconversar, eu ouvi você falando com Nate, Anahi e eu espero de verdade que você não esteja tentando esconder isso de mim – falou nervoso. Eu olhei em seus olhos e suspirei

Anahi: eu estou gravida, Alfonso! – confirmei e aguardei alguma reação de sua parte. Alfonso andava pelo quarto de um lado a outro, passava as mãos em seus cabelos e não olhava para mim, eu comecei a ficar agoniada e também preocupada

Alfonso: eu não quero que você se ofenda com minha pergunta, por favor, não me interprete mal, mas quais as chances dessa criança ser minha?

Anahi: eu nunca te interpretei mal, Alfonso, você quem fez isso comigo, caso já tenha se esquecido, mas se a sua duvida é essa, esse filho é seu sim – falei irritada. Alfonso se aproximou de mim sorrindo e fez algo que eu não esperava, beijou minha testa e acariciou meus cabelos

Alfonso: eu não poderia ter recebido noticia melhor, obrigada por isso, Anahi! – sorriu

E os dias de calmaria estariam finalmente chegando por aqui? 


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Oioi, tudo bem? Espero que sim!

Peço que ignorem caso tenha uma palavrinha ou outra sem acentuação, eu precisei postar esse capitulo pelo celular e nāo consegui revisa-lo completamente. 

Um beijo!

Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora