Capítulo 37

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Tisha...

Eu não poderia ter recebido notícia melhor do que saber que Anahi e Alfonso não estavam mais juntos, isso só facilitaria tudo, principalmente a parte em que convenço a Anahi que o lugar dela é no Canadá, junto comigo, assumindo o que construí pra ela ao longo da vida e não ao lado de um Zé ninguém. 

Assim que amanheceu o dia, me aprontei para ir até o prédio de anahi, a minha conversa com ela não poderia esperar, não tinha porque esperar, era tudo ou nada, era agora ou nunca, e eu esperava que fosse agora.

Assim que anunciei a minha chegada ao porteiro, o mesmo interfonou uma, duas, três vezes, mas nada de Anahi atender para autorizar minha subida, até que ele tentou uma última vez e ela respondeu, mas ela relutou quanto a minha subida 

Tisha: avise a ela que preciso conversar com ela e que eu já estou de partida de New York.

O porteiro passou o meu recado a Anahi, que aparentemente pensou em negar minha subida, porém acabou permitindo a mesma. Agradeci ao porteiro e me encaminhei para o elevador que abria as portas naquele exato momento, trazendo  um ze ninguém totalmente irritado segurando o que parecia ser um pote de sorvete

Tisha: ora veja só, que desprazer é te ver tão cedo! - falei entrando no elevador 

Alfonso: eu devo ter feito algo muito sério pra Deus mesmo, porque não é possível, não basta a traição da filha, agora tenho que lidar com a amargura da mãe. 

Tisha: fique tranquilo querido, brevemente você não terá que lidar com nenhuma de nós duas, e eu espero que não volte atrás, pois tudo que não preciso na minha família é alguém como você. - falei deixando o elevador e indo em direção ao apartamento de Anahi.

Assim que toquei a campanhia a porta foi aberta por uma Anahi com os olhos inchados, cabelo preso em um coque, segurando uma caneca de café e toda agasalhada. Adentrei o apartamento olhando tudo que tinha ali e era inegável que o lugar era bom para minha filha, apesar da nossa casa ser muito melhor.

Tisha: bom dia, meu amor! - falei indo até Anahi e abraçando-a, apesar dela não ter feito esforço  nenhum para me abraçar de volta - você está bem? Parece resfriada - falei 

Anahi: na verdade, devo estar ficando! - falou dando de ombros - quer um café? - perguntou e eu dispensei com as mãos. 

Tisha: vim porque quero me despedir da minha filha e saber se está tudo bem, além do mais, quero também te fazer um convite - falei segurando suas mãos 

Anahi: pode falar mãe, mas não prometo aceitar nada! - disse sem muito ânimo 

Tisha: primeiro me diz, onde está Alfonso? Gostaria de me desculpar com ele - falei para que Anahi pudesse se abrir comigo, eu precisava que ela confiasse em mim.

Se eu não tivesse deixado Alfonso no elevador, diria com convicção que ele sairia de algum cômodo daquele apartamento, porém eu sabia que não, embora Anahi acreditasse de alguma forma nisso, pois não parava de olhar em direção ao corredor, passado uns segundos ela direcionou o olhar a mim, me avaliando e por fim, desistiu. 

Anahí: Alfonso e eu terminamos essa noite, mãe, mas não se preocupe, suas palavras é tudo que ele não deve estar querendo ouvir nesse momento, ele tem prioridades maiores. - falou e eu concordei - vamos ao que te trouxe até aqui

Tisha: bom, mês que vem fazem 30 anos PuentePortilla Criminal Law, e também é quando irei me aposentar, consequentemente passarei o meu posto para o meu sucessor(a) e gostaria que você tivesse lá, mesmo que seja para me prestigiar. Você não precisa me dar uma resposta agora, filha, mas acredito que sua carreira seria ainda mais brilhante se você tivesse fazendo o que gosta de fato, e não trabalhando no jurídico de uma empresa apenas pra dizer que trabalha, sei também que um dos motivos que poderia te prender aqui, partiu seu coração, caso contrário, seus olhos divinos não estariam vermelhos e inchados - me aproximei dela e acariciei seus cabelos - Eu te amo, eu faço tudo por você e eu espero de verdade que você possa pensar com carinho em tudo que eu te disse! 

Anahi assentiu e me abraçou apertado e eu nada fiz além de retribuir o abraço. Ficamos assim por um tempo e logo eu me despedi, antes de ir para o aeroporto, precisava tratar de assuntos com uma outra pessoa.

Após sair da casa de Anahi, me certifiquei de que Diana estaria sozinha e subi até o andar em que ela estava, assim que cheguei ao mesmo já encontrei com ela parada na porta. 

Diana: veio me parabenizar por estar novamente com meu homem? - perguntou ao me ver.

Diana era daquelas mulheres cegas e que não viam o que estava na cara dela, eu sei muito sobre Alfonso, eu investiguei a vida dele e não precisei passar tempo nenhum com ele e com Diana pra entender que ele não amava aquela mulher e não importava o que ele dissesse, ela jamais entenderia isso, porém, a falta de amor próprio dela me é de uma conveniência absurda nesse momento, então eu jamais questionaria sobre. 

Tisha: na verdade, não. Você só seguiu as minhas dicas, então se alguém aqui merece parabéns, esse alguém sou eu, mas eu vim até aqui pra te dizer duas coisas - falei me aproximando de Diana ficando cara a cara com ela - a primeira delas é que estou voltando para o canada hoje e acredito que em breve Anahi voltara para casa, então você terá o seu tão amado Alfonso pra você, e faça um bom proveito. A segunda é que enquanto Anahi estiver aqui e não importa se será um mês, um ano ou uma década, eu quero você longe do caminho dela, você conseguiu o que queria, então deixe a minha filha em paz. - falei de forma serena

Diana: como se eu tivesse algo a tratar com aquela sem sal - falou e eu apertei um dos braços dela, fazendo com que ela se assustasse

Tisha: pois eu te digo que é muito bom que não tenha mesmo nada a tratar com minha filha, porque caso eu saiba que você andou atravessando o caminho dela, certamente eu farei você se arrepender de ter nascido e eu espero que você tenha isso e uma outra coisa em mente 

Diana: que outra coisa? - perguntou tentando soltar o braço que eu apertei ainda mais

Tisha: não se atreva a brincar com Tisha Portilla, principalmente se o assunto for Anahí Portilla, ou você realmente irá se arrepender! 

Afinal, uma mãe é capaz de tudo por um filho, sempre. 


Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora