Pra ter o seu amor - AyA

Capítulo 24

Alfonso me surpreendeu me trazendo para Hunter Mountain, que por sinal, era lindíssima, estavamos em um grande complexo de chalés e hotel, tinha de tudo, até mesmo uma estação de ski, como chegamos a noite, não pudemos aproveitar a área de lazer, mas aproveitamos muito bem aproveitado em nosso quarto.

Assim que amanheceu, ele me acordou com café da manhã na cama e comemos juntos, logo depois tomamos um banho juntos na banheira que dava para grande janela de vidro e fizemos amor ali, como ele havia prometido, depois de nos recuperarmos, nos vestimos apropriadamente para a neve e saímos do chalé indo em direção a recepção do local para nos informarmos a respeito de aluguel de coisas para skiar, eu só não contava que encontraria com minha mãe ali.

Tisha: Anahí - me chamou, fazendo com que eu olhasse para trás.

Veja bem, não que eu não quisesse ver a minha mãe, eu sentia muita saudades dela, mas ali, com Alfonso não era o melhor momento, afinal, ela ainda é Tisha Portilla e para Alfonso eu sou apenas Anahí Puente, não quero ter que me explicar, ou melhor, não queria e queria evitar um embate, o que foi impossível.

Alfonos: amor, se aproximou de mim voltando com as informações que havia conseguido sobre a pista de ski. - ele olhou pra mim me vendo parada - aconteceu algo? - segurou minha mão

Tisha: quem é esse, Anahí? - perguntou autoritária, e lá vamos nós.

Anahí: Alfonso, essa é minha mãe - falei apontando para ela - e mãe, esse é Alfonso, meu namorado. Agora poderia me dizer o que faz aqui? - perguntei tao autoritaria quanto ela.

Tisha: o que eu faço aqui, Anahí? Você vai embora, muda de numero, para de usar os cartões, fica incomunicável e pergunta o que eu to fazendo aqui? - dizia furiosa

Anahí: se você veio aqui pra dizer o que eu devo ou não fazer com minha vida, te digo que está perdendo seu tempo. - falei segurando a mão de Alfonso e virando as costas para sair.

Tisha: eu quero conversar, Anahí. Será que é possível? - perguntou tentando se acalmar e encarando Alfonso.

Alfonso: amor, acho que vou... - não deixei que ele terminasse o que dizia.

Anahí: você fica! O que quer que você tenha pra falar, pode falar na frente dele. - disse já com raiva e impaciente.

Tisha: aqui não, vamos ao restaurante! - falou virando as costas não me deixando outra alternativa se não, segui-lá.

Segurei as mãos de Alfonso, ele acariciava a mesma me confortando e tranquilizando, dizendo em um aviso mudo de que ficaria tudo bem.

Anahí: estamos aqui e não temos os dia inteiro, mãe. - avisei

Tisha: eu vou me mudar para New York, você nao pode simplesmente renunciar tudo que você tem, você é minha única filha, eu construi tudo pra você e eu não vou permitir que você vire as costas, acho que seu tempo de brincar já acabou. - falou me encarando.

Anahí: mude-se para onde você quiser, mãe, mas tenha a certeza de que isso não vai mudar nada, eu não vou mudar de opinião. Era só isso? - perguntei pronta para me levantar.

Tisha: Brad sente sua falta! - fui obrigada a gargalhar, como minha mãe ousa falar sobre Brad.

Anahí: felizmente eu não posso dizer o mesmo. Aliás, quando estiver com ele passe o recado e diga que estou muito bem com um homem de verdade e que me ama. É só? - perguntei uma última vez.

Tisha: Anahí, você não vai fazer isso...

Eu não me aguentei e levantei da mesa rapidamente, fazendo com que Alfonso se assustasse e minha mãe também, nenhum dos dois nunca tinham me visto alterada dessa forma.

Anahí: mãe, eu vou falar uma última vez. Eu não me importo com o que a senhora construiu para mim. Sou grata por todas as oportunidades, por tudo que você fez, mas não é a vida que eu quero, não quero seu dinheiro, não quero ser só a filha de Tisha Portilla, pelo amor de Deus, eu falo isso há quase 28 anos, o que falta pra você entender? - perguntei nervosa - eu não quero você interferindo na minha vida.

Tisha: como não interferir, Anahí? - falou sentada com toda a classe do mundo - você se muda, fica incomunicável, para de usar um dinheiro que é seu, se envolve com um qualquer que aparece na sua frente - falou evidentemente nervosa - você acha que eu não fui atrás de informações sobre ele? Ele não tem nome, mal tem família, eu não te criei pra isso. - falou levantando a sobrancelha para Alfonso que estava evidentemente nervoso.

Anahí: cuidado agora. Não ouse falar de Alfonso, seu problema não é com ele e nem vai ser comigo, eu não vou ficar dando ouvidos a essas insanidades. - puxei Alfonso e quando estavamos saindo.

Tisha: sua garota malcriada, não me faca te mostrar que você está errada. - sorri de onde estava e gritei para ela.

Anahí: pois faça, eu só não vou acreditar como fiz a minha vida inteira. - sai segurando firme a mão de Alfonso que a partir daquele momento, era definitivamente toda a minha certeza.

-

Apesar da conversa tensa com minha mãe, eu não ia estragar os planos de Alfonso, então seguimos rumo a estação de ski, eu sentia meu coração disparado e meu rosto quente de raiva e quando estávamos apenas nós dois no teleférico que nos levaria até a estação, ele começou a falar.

Alfonso: eu não imaginei que você fosse filha de uma mulher tão importante como Tisha Portilla, você nunca usou o sobrenome da sua mãe. - falou olhando pra mim.

Anahí: acho que não preciso te explicar o por que né? - abaixei o olhar - desculpa pelo o que você foi obrigado a ouvir.

Alfonso: não se preocupe, esta tudo bem, as palavras da sua mãe não me atingiram e não deveriam te atingir também. Você é maravilhosa, uma mulher independente e dona do próprio nariz, não precisa se preocupar com o que ela pensa e eu estou ao seu lado para o que você precisar, você sabe! - me puxou pra mais perto e me abraçou.

Anahí: não me preocupo com o que ela diz sobre mim, foi assim a vida inteira, chega uma hora que nos acostumamos, mas me preocupo com o fato dela se mudar pra controlar minha vida, manter ao lado dela o homem que me traia e ainda falar de você. - me permiti ser abraçada por Alfonso, eu me sentia segura ali.

Alfonso: esta tudo bem, meu amor. Vai ficar tudo bem!

Anahí: assim espero. - falou suspirando, mas tinha a sensação de que não.