Capítulo 21

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Eu me levantei rapidamente ficando cara a cara com Alfonso, eu sentia a raiva dele, assim como sentia a de Maite logo atrás dele.

Anahí: bem, você não pensou muito em mim quando estava cochichando com Diana escondido em meu banheiro, e não precisa se dar ao trabalho em desmentir, porque eu ouvi, aliás, antes que você me acuse de estar invadindo a sua privacidade, eu fui te chamar pra me ajudar com isso aqui - mostrei a mão machucada para ele - mas você tava ocupado demais, então antes de vim me perguntar se você tem cara de palhaço, eu quem te pergunto, eu tenho cara de palhaça, Alfonso? - lancei um olhar de raiva para ele, porque era isso que eu sentia no momento. - veja bem, eu estou desde o momento que soube te apoiando e estou disposta a ajudar você no que precisar, porque eu amo você, mas eu não sou de ferro, você pode falar com sua ex quando você quiser, quando você precisar, porque agora mais do que nunca vocês vão precisar estabelecer um bom dialogo, mas não pense que eu vou aceitar isso nas minhas costas, porque eu sou compreensiva, mas não idiota. 

Maite que estava atrás de Alfonso sorriu percebendo o primo desconcertado e ele realmente ficou, certamente esperava que eu fosse pedir desculpas e ficar tudo bem.

Alfonso: amor, eu não quis falar com Diana escondido, não foi isso, eu só não queria te chatear com isso, por isso não falei na sua frente. - falou se aproximando.

Anahí: ai que ta o problema, você nunca quer me chatear, mas as suas atitudes tem me chateado. Eu não estou te privando de falar com ela, Alfonso, eu entendo que vocês vao precisar manter contato a vida inteira a partir de agora, não estou pedindo também para que fique me contando detalhes, mas não faça como se você tivesse precisasse se esconder, porque isso abre margem pra tantos problemas entre nós que você não faz ideia. Em uma semana nós já brigamos mais do que em três meses juntos, será que você não percebe?

Alfonso: eu não quero brigar com você, eu não quero esconder as coisas de você, eu reconheço que estamos brigando, me desculpa, por favor. - pediu - ta difícil essa situação, eu não quero que você se sinta por fora de algo, mas ao mesmo tempo fico com medo de te convidar pra ir na ultrassom, por exemplo, e você ficar ofendida. Me desculpa por gritar, por ter falado escondido de você, por não ter te ajudado. - pediu me abraçando. - eu te prometo que será a última vez que isso aconte.

As palavras de Alfonso eram sinceras, ele não estava mentindo, mas eu estava chateada demais para simplesmente fingir que nada tinha acontecido.

Alfonso: o que aconteceu com sua mão, por que esta enfaixada? - perguntou beijando lentamente a mesma

Anahí: acabei fazendo um corte enquanto cozinhava, nada demais, estou apenas com alguns pontos. - disse sem prolongar muito o assunto.

Maite que até então não havia se pronunciado, pigarreou.

Maite: bom saber que Diana conseguiu o que sempre quis, priminho. - falou com raiva - mas parabéns, que seu filho venha com saúde.

Alfonso: eu ia te contar - falou rapidamente.

Maite: eu sei que ia.

Eu senti o clima pesar ainda mais, meu dedo latejava, minha cabeça comecou a doer e eu só queria estar em minha casa.

Anahí: acho que eu já vou indo. - disse pegando a bolsa sobre o sofá - Mai, obrigada pela conversa e preocupação! - disse abraçando a mesma.

Alfonso: eu vou com você! - disse acenando pra Maite.

Fomos em silencio no carro, eu não estava com vontade de conversar, não queria iniciar tudo de novo. Assim que chegamos ao prédio partimos para o elevador e quando o mesmo parou em meu andar, Alfonso me acompanhou, mas antes de entrar, eu o impedi.

Anahí: você se importa de dormir na sua casa hoje? - perguntei. Alfonso não esperava por essa, demorou um tempo para responder e eu percebi seu olhar triste sobre mim.

Alfonso: por que? - perguntou de volta.

Anahí: acho que precisamos de um tempo para absorver tudo isso individualmente. - suspirei.

Alfonso: eu quero ficar com você, eu te pedi desculpas, por favor... - me pediu - não se afasta de mim, não suba esse muro entre nós dois, não me torne apenas o seu amigo.

Anahí: não estou! Estou justamente evitando que isso aconteça a todo custo - apertei sua mão carinhosamente - só hoje, por favor, você precisa do seu espaço pra pensar e eu sei disso e eu preciso do meu, não tivemos isso desde a descoberta.

Alfonso apenas assentiu, me deu um selinho e caminhou para o elevador, fechei a porta atrás de mim e me permiti chorar tudo que estava entalado em minha garganta, eu precisava daquilo, estava segurando o choro o tempo todo, não me permitia transparecer tristeza porque queria dar forças para ele, mas nesse momento, eu precisava ser egoísta e ele precisava pensar nas atitudes dele.

Alfonso havia prometido não me magoar, sempre jogamos limpo, mas é como eu sempre digo, será mesmo que ele é bom com promessas? 

Pra ter o seu amor - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora