Capítulo 25

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     O caminho nunca foi tão curto para Draco como naquele dia, ele não se importou que já fosse tarde da noite e que muitos alunos pudessem estar dormindo, mas ele sabia que seu alvo, não estaria. E foi em meio ao corredor que ele avistou Pansy Parkinson conversando animadamente com um grupo de cinco alunos, ela o viu chegar e sorriu largo como sempre fazia, porém ele se desfez assim que a centímetros de distância de seu corpo, Draco a puxou pelos braços sacudindo-a de forma frenética.

   — SUA MALDITA, TRAIÇOEIRA E SEM CARATÉR! COMO PODE, PANSY? COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO?! – os alunos gritaram por Malfoy e tentaram-no segurar, mas a raiva de Draco fez ele se virar em questao de segundos e apontar a varinha em suas direções.

     Logo os barulhos ecoraram e imediatamente a cena se espalhou pelo colégio, a morena tentou arrumar sua camisa quando o loiro se afastou e dando alguns passos para trás antes que ele voltasse sua atenção a ela.

     Travando o maxilar, Pansy engoliu seco ao ver o olhar de ódio de Malfoy, o loiro respirou com dificuldade e a encurralou na parede vendo as lagrimas escorrerem por seu rosto, mas aquilo pouco importava, a raiva que Draco estava sentindo naquele momento não acabaria tão cedo.

     A menos que alguém se machucasse.

   — O Blaise é nosso amigo... Nosso melhor amigo! Como pôde fazer aquilo, sua idiota?

   — Tá nervorsinho porquê, Draco? – debochou com a voz embargada — Isso é raiva de mim por ter machucado o Blaise, ou por ter perdido o seu namoradinho de testa rachada...

     Antes que ela concluísse a frase o loiro colocou a varinha em seu pescoço vendo o suor brotar em suas têmporas, a força imposta sobre o braço da garota com certeza deixaria roxos, mas ele também não se importava.

   — Escuta aqui, não custa nada pra mim conjurar você como fez com o Blaise, tá me ouvindo?!. – ele empurrou a varinha em sua pele e ela gritou de dor — Que porra passou na sua cabeça?

   — Eu amo você, Draco! – gritou em meio ao choro — Eu te amo e não ia deixar você estragar sua vida com aquele... – fez uma careta demonstrando nojo e soluçou — Você não pode ser gay! Não pode!

   — Quem você pensa que é, pra dizer o que devo ou não, ser? Você quase matou meu melhor amigo, só pra esconder a sua traição de ter armado contra mim?

   — Você andava todo estranho e eu te perguntei o que tava acontecendo, você não me contou. –ela comentou e Draco lembrou-se da sua "ameaça" — Eu disse que você ia se arrepender quando eu descobrisse... 

   — Você é doente, garota. Eu fui humilhado na frente da nossa casa, passei por mentiroso para o Harry, ele perdeu a amizade da Hermione por sua causa e você achou mesmo que ficaria impune? Achou que eu não ia descobrir, sua imbecil?! – ele gritou e ela fechou os olhos assustada — Você sabia que ele era importante pra mim... – continuou dessa vez com a voz mais baixa sentindo as lagrimas rolarem pelo próprio rosto. — Você viu que eu amava ele.. E mesmo assim, quis me destruir! Você quis acabar comigo, Pansy!

   — Draco...

  — Cala a boca! Cala a porra da sua boca! Eu não quero ouvir a sua voz, Pansy, eu não quero mais ter que olhar na sua cara... – erguendo a mão contrária a varinha, a morena teve a certeza que levaria um tapa.

  — Malfoy! – a voz de Snape soou enquanto ele caminhava em meio aos alunos assustados e curiosos, o corredor principal de acesso à masmorra estava cheio e sem paciência o homem os empurrou com as mãos.

     O rosto de Draco estava vermelho, seus cabelos bagunçados e o suor escorria pelas costeletas, Snape travou o maxilar fazendo sinal para que ele a soltasse e mesmo relutante, o fez.

𝙱𝚎 𝙼𝚒𝚗𝚎 (𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢)Onde histórias criam vida. Descubra agora