Capítulo 26

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Malfoy's POV

   — Me perdoa, me perdoa por não ter acreditado em você...

     Ouvir aquilo do Harry não teve preço, ele estava abraçado a mim, afagando meus cabelos e sussurrando mil desculpas, mas afinal de contas, a culpa também era minha, eu devia tê-lo assumido, devia tê-lo convencido a reunir nossos amigos e contar toda a verdade, de uma forma ou de outra, Hermione terminaria com raiva da gente do mesmo jeito.

     Então não teria feito diferença, não é mesmo?!

   — Eu te amo, Draco. Eu amo você... – ele sussurrou segurando em meu rosto com os olhos vermelhos e naquele momento o mundo todo sumiu pra mim, não havia Dumbledore e McGonagall, nem a folks com seu piado mínimo, nada, eram apenas Harry e Eu.

     E foi focando nisso que o beijei. Da forma mais intensa e apaixonada que pude, eu o beijei.

     Nossas mãos apenas acariciavam nossos rostos enquanto de olhos fechados, embarcamos em uma sensação maravilhosa, as famosas – e até então desconhecidas por mim –, borboletas vieram e parecia que um novo mundo se formou ao meu redor, ou melhor, ao nosso redor já que minutos depois Harry sorriu entre o beijo e juntou nossas testas antes de me encarar com o rosto completamente vermelho.

   — Desculpe, professor. – ele disse sem graça e vimos Dumbledore sorrir apenas juntando as mãos outra vez e quando olhando para o lado, a professora McGonagall desviou a atenção passando um dedo no canto do olho.

   — Eu disse ao Harry uma vez, que as coisas ficariam difíceis pra ele, mas que apesar de tudo, ele sempre poderia contar comigo, eu sempre estarei do lado de vocês, mas agora, vocês sabem o que está por vir...

     Nós concordamos, era óbvio que ele estava falando dos meus pais, afinal, o Sirius já sabia de tudo, embora não apoiasse. Lidar com os Malfoys era muito mais complicado do que ouvir sermões de um Black.

     Harry entrelaçou nossos dedos e surpreso olhei pra baixo e em seguida pra ele, eu estava com medo, não podia negar, mas ter o Harry ao meu lado fazia tudo valer a pena, eu sabia que independente do que acontecesse com a gente a partir de agora, tudo terminaria bem pelo simples fato de estarmos juntos.

   — Acho melhor vocês irem, já está muito tarde... – a professora nos alertou e concordei virando meu corpo sair, mas parei ao ver Harry virar-se para os dois.

   — Professor, e a Parkinson... O que vai acontecer com ela? – senti minha respiração acelerar ao lembrar de todo o episódio anterior, e levantando da mesa, vimos Dumbledore caminhar até nós, envolvendo seus braços por cima dos nossos ombros, dando leves tapinhas.

   — A senhorita Parkinson está fazendo as malas pra ir embora... – disse e olhamos pra ele espantados — Não podemos mandar alunos de menor a Azkaban, por conjurar um amigo, mesmo que seja contra as regras. – ele continuou — O professor Snape já enviou uma coruja aos Parkinson, e a decisão posterior será definida conosco e o Ministério. – balançamos a cabeça positivamente — Porém, a senhorita Parkinson, não era TODO e único problema aqui, suponho que saibam disso também. – afirmamos outra vez e ele sorriu — Bom, acho que já podem ir ao dormitório agora... ou talvez queiram aproveitar o tempo perdido para conversar.

     Conversar, sei.

     Aquela cara e sorriso do Dumbledore deixavam muito claro o que ele quis dizer, e até o Harry percebeu já que ficou com o rosto corado antes de me puxar para fora da sala.

   — Boa noite, senhor. – dissemos em uníssono e ele assentiu minimamente pra nós.

   — Professora McGonagall. – Harry disse e a mulher sorriu largo.

𝙱𝚎 𝙼𝚒𝚗𝚎 (𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢)Onde histórias criam vida. Descubra agora