#Capítulo Dezessete:

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— Você acha que o papa vai gostar disso pro jantar? — Shinso perguntou, revirando a embalagem do peixe cru para ver a validade

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— Você acha que o papa vai gostar disso pro jantar? — Shinso perguntou, revirando a embalagem do peixe cru para ver a validade.

Akira murmurou um "hum" prolongado, pensando, e se acomodou melhor na cadeirinha do carrinho de metal, apontando para os pacotes de macarrão na prateleira do setor em que estavam.

— Acho que ele prefere macarronada

O roxinho sorriu pequeno, orgulhoso de seu companheiro de compras, e andou lentamente com o carrinho até o local citado.

— Então macarronada será.

Estavam os dois no mercado comprando ingredientes para um jantar especial para Denki, queriam surpreendê-lo, e aproveitaram para fazer as compras do mês. Agora com seus quatro anos, Akira já era um rapazinho encantador com personalidade forte e gostos próprios. Amava brócolis, se ofendia quando confundíamos seu herói preferido, só conseguia dormir se um dos pais estivesse ao seu lado, e, além de ser extremamente extrovertido, adorando conversar com quem quer que fosse, conquistando o mundo com apenas um sorriso, amava ajudar o pai no mercado, fazendo questão de o acompanhar todas as vezes.

Céus, quanto tempo havia dormido? Se o roxinho fechasse os olhos conseguia se lembrar perfeitamente de quando o pegou no colo pela primeira vez.

Suspirou em nostalgia, sentindo-se velho, agora entendia perfeitamente o que Aizawa lhe dizia.

Pegaram tudo o que precisavam, colocando no carrinho, e finalmente chegaram a parte mais difícil.

O corredor de doces.

Pior do que Akira, Shinso com o tempo passou a ser um verdadeiro fanático pelo açúcar, e quando os dois se juntavam acabavam com o estoque de doces que seria pro mês inteiro em poucos minutos.

Graças a isso, Denki os proibiu de exagerarem, limitando a um doce por semana, o que significa que tinham que passar de cabeça erguida por esse setor.

O roxinho engoliu a seco, focando em olhar só para frente e não cair na tentação. Continuou levando a carrinho, suando frio, e, traído por sua mente pilantra, instintivamente olhou para o lado, vendo a nova chamativa barra de chocolate Kinder Ovo.

Diminuiu os passos, hipnotizado, esticando a mão para pegar a embalagem, mas foi impedido de prosseguir pela voz de seu filho lhe trazendo de volta a realidade.

— O papa disse que não podemos.

Piscou duas vezes, percebendo o que iria fazer, e seu olhar foi para Akira na cadeirinha. O menino claramente tentava se fazer de forte, mesmo com seus olhos brilhando em desejo ao observar todo setor, mas se esforçava pelo pai loiro, e vendo isso Shinso se sentiu inspirado pelo filho. Se até o pequeno se esforçava, quem era Shinso para não fazer o mesmo, não é? Limpou a garganta, ajeitando a postura, e acariciou os fios loiros da criança, sorrindo pequeno em agradecimento.

O AMOR É MAIS RESISTENTE QUE O TEMPO (SHINKAMI)Onde histórias criam vida. Descubra agora