#Capítulo Quinze:

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— O número do pediatra dele está na geladeira, junto com os nossos

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— O número do pediatra dele está na geladeira, junto com os nossos.

Shinso disse, e a matriarca riu da ansiedade do casal a sua frente enquanto em seus braços segurava um bebê bem humorado, que ria das caretas que a vovó fazia, mostrando suas gengivas banguelas.

— Pode deixar, ele vai ficar ótimo.

A mais velha tranquilizou, observando seu filho e seu genro se entre-olharem nervosos. Estavam os três na porta da residência dos mais velhos, esperando os papais de primeira viagem darem partida em seu final de semana romântico e deixarem Akira com os avós. O pequeno era completamente apaixonado pela vovó, e parecia estar se divertindo e aproveitando cada momento enquanto o casal estavam a ponto de chorar por ter que abandonar seu filho.

— Ah, e a tabela de sono dele está na bolsa, junto com as papinhas. — Denki lembrou, apontando afobado para a mala encima da mesa, e em seguida mordeu o lábio inferior, receoso. — Tem certeza que vocês dão conta?

Sua sogra arqueou as sobrancelhas, com a acusação, mas apenas deu um sorriso divertido, sabia que eles nunca duvidaríam de sua capacidade como avó, era só o medo e a insegurança falando mais alto.

— Eu sei cuidar do meu neto, loirinho.

A roxinha se aproximou, pousando a mão livre no ombro do filho postiço, em uma tentativa de conforto.

— Relaxa, vai dar tudo certo. Ele tá seguro com a gente.

Kaminari confirmou com a cabeça, suspirando fundo e sorrindo de volta para a sogra. Seus olhos se focaram no pequeno em questão, agarrando os fios roxos da avó e levando a boca, babando suas rechonchudas mãozinhas. Denki sentiu seu coração apertar, amava demais seu bebê. Se aproximou, dando um cheiro em seu cangote gordinho e distribuiu beijos por todo rosto, arrancando risadas do menor.

— Eu te amo demais, meu bebê. — Denki comentou emotivo, penteando com os dedos os ralos fios loiros rebeldes. — Se comporte, viu? Nada de enlouquecer sua avó.

Akira franziu o cenho, como se se esforçasse para entender o que seu pai dizia, e então levou suas pequenas mãos babadas até o rosto do energético, tateando toda a face com um olhar hipnotizado por Kaminari. Shinso, que observava a interação de sua família, suspirou apaixonado vendo os amores da sua vida, e se aproximou, abraçando de lado seu esposo e tomando seu lugar como atenção principal de seu filho. O roxinho segurou com as mãos o rosto do bebê, e deu um beijo demorado na bochecha infantil naturalmente corada, fazendo caretas enquanto as pequenas mãozinhas estavam em sua boca, explorando seus dentes e puxando seus lábios.

— Ainda estão aqui?

Uma voz conhecida soou pelo local, e Aizawa surgiu por detrás de sua esposa na porta, com seu fios, não totalmente negros, graças ao tempo, presos em um rabo de cavalo e a barba bem feita. Sua feição estava mais marcada e cansada, mas quem batesse o olho não diria que era um cinquentão. Akira, quando então notou seu avô, se remexeu animado no colo da avó, esticando os braços sorridentes e Shota acatou o pedindo, levantando seu neto em seu braços, perante seu rosto, e delicadamente o jogando para cima e para baixo antes de voltá-lo para seu colo e finalizar com beijo em sua testa.

O AMOR É MAIS RESISTENTE QUE O TEMPO (SHINKAMI)Onde histórias criam vida. Descubra agora