#Bônus:

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Satoru pov:

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Satoru pov:

Bati na porta de madeira tão conhecida duas vezes, esperando uma resposta. Não demorou muito para ele responder um "pode entrar". Suspirei fundo e entrei no quarto, sendo recebido pelos posters de futebol e o cheiro forte amadeirado de seu perfume. Akira estava deitado na cama alheio a quem quer que fosse, jogando uma bolinha vermelha no teto e a pegando no ar quando ela voltava, repetindo o ato novamente. Estalo a língua no céu da boca e me aproximo devagar. Seus olhos azuis sinceros se prendem aos meus, fazendo meu estômago revirar, mas não demonstro.

Depois de anos você pega a prática de como atuar indiferença.

— Como você tá?

Quebro o silêncio, perguntando com a calma de alguém que tenta se aproximar de um gato arisco.

Ele dá de ombros.

— Como você acha que eu tô? — Responde baixo.

— Pra ser sincero, é a primeira vez na vida que eu não sei.

Silêncio.

Ele bate duas vezes no lugar ao seu lado na cama, em um convite. Retiro meu tênis e me deito ao seu lado, Akira me abraça forte escondendo o rosto em meu pescoço e eu torço pra que ele não note meu coração batendo mais forte.

Acaricio seus cabelos loiros, suspirando fundo.

— Além de corno é bebezão. — Quebro o silêncio, é lógico que eu não perderia essa oportunidade.

Não me entendam mal, eu não faço com o propósito de magoá-lo, só brinco assim por que eu sei que tenho intimidade para tal.

Afinal, somos melhores amigos.

Ele afasta seu rosto do meu peito e me encara com o semblante que diz "é sério?"

— Eu sei que você é um ogro sem sentimentos, mas será que você pode ter um pouco de compaixão pelo seu melhor amigo recém traído? — Reviro os olhos com seu drama, drama é coisa de família nessa casa, e assinto com a cabeça. — Obrigado.

Ele agradece exasperado e volta a se deitar, me abraçando.

Mordo o lábio.

— Você pode ser tudo menos recém corno, ela já deve tá botando chifre nessa sua cabeçona a anos.

Ele bufa e se afasta do nosso abraço, eu gargalho alto tentando impedir que ele saia e o abraço com força repetindo "parei parei, eu juro" enquanto me recupero do ataque de risos.

O AMOR É MAIS RESISTENTE QUE O TEMPO (SHINKAMI)Onde histórias criam vida. Descubra agora