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Denki estava na cozinha lavando a louça quando de repente escutou a porta da frente ser aberta.
Sobressaltou levemente no lugar pela afobação repentina com a qual a mesma foi fechada, enxugou as mãos úmidas em um pano de prato colocando-o em seu ombro e caminhou até o hall de entrada em busca de respostas, encontrando seu filho ofegante e com os olhos marejados, fazendo seu próprio coração palpitar em preocupação.
— O que aconteceu, filho? — Perguntou, fazendo sua presença ser notada.
Akira não esperou duas vezes e se jogou nos braços do pai, abraçando forte e escondendo o rosto em seu pescoço.
O mais velho acariciou seus fios loiros como os seus, dando o conforto que seu bebê precisava e esperando pacientemente quando o mesmo estivesse pronto para falar.
Não importava que Akira já era um menino de dezessete anos, seria pra sempre seu bebê.
— A Jessi me traiu com um jogador do outro time, pai.... — Revelou com a voz embargada, fungando.
Jessi era namorada de seu filho a aproximadamente dois anos, se conheceram quando a menina se mudou para o colégio da cidade no começo do ensino médio. Era uma menina bonita, quando Akira a conheceu pela primeira vez era muito tímida e simpática, mas conforme o tempo foi passando e ganhando mais popularidade no colégio cada foi se transformando, a soberba foi crescendo e acabava proibindo o loiro de muitas coisas e a mesma coisa não valia para ela.
Kaminari suspirou fundo, sentia pena da menina, trocar amor verdadeiro por status, vai ser tarde demais quando ela perceber que esse cargo de popularidade de ensino médio não vale de nada pra vida.
— Ela não te merece, filho. — Beijou a bochecha do menino escondido em seus braços. — Você traz luz por onde passa, qualquer pessoa gostaria de ter o privilégio que é você em suas vidas, e se ela não reconheceu isso é uma idiota.
O menino fungou baixo, Kaminari afastou o rosto do mais novo o suficiente para segura-lo em suas mãos, não quebrando o abraço, plantou um beijo no nariz avermelhado.
Partia seu coração vê-lo chorando assim.
— Vamos limpar essas lágrimas, tomar um banho quentinho que o papai vai pedir sua pizza preferida. — Limpou as lágrimas do menino com o dedão. — Depois a gente vai se encher de sorvete deitado na cama e falar mal daquela cobra a noite toda, o que me diz?
Akira riu baixinho, Denki sentiu orgulho de si mesmo.
— Eu te amo, papa.
Kaminari sorriu com ternura, abraçando novamente seu pequeno. Amava quando o chamava assim, se lembrava de quando ele era um bebê e o chamava assim.
— Eu também te amo, meu amor. — Beijou o topo de sua cabeça. — Agora vai tomar seu banho que você tá fedendo.
O mais velho brincou arrancando um sorriu pequeno de Akira. De fato havia vindo direto do treino de futebol, quando soube da notícia não pensou muito e só pegou sua mochila e veio correndo pra casa, precisava do abraço do pai.
