#Capítulo Vinte:

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— Papa, você viu minha camisa cinza do Batman? — Akira perguntou alto o suficiente para ser escutado de outros cômodos, agachado nas gavetas de seu armário enquanto mais bagunçava e jogava as roupas no chão do que, de fato, procurava

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— Papa, você viu minha camisa cinza do Batman? — Akira perguntou alto o suficiente para ser escutado de outros cômodos, agachado nas gavetas de seu armário enquanto mais bagunçava e jogava as roupas no chão do que, de fato, procurava.

— Procura na terceira gaveta. — Denki respondeu na mesma altura.

Estava em seu quarto sentado na cama separando e dobrando as roupas limpas respectivamente pelas dos mais velhos e as do filho.

— Não está aqui!

O loiro suspirou paciente se levantando, colocando o cesto debaixo do braço aproveitando para já entregar as roupas do filho quando viu no monte a blusa que o menino tanto procurava. A pegou, caminhando em direção ao quarto infantil e parando na porta, encontrando seu filhote emburrado olhando para seu armário como se esperasse magicamente que sua roupa preferida aparecesse ali. 

— Procurando isso aqui? — Mostrou a peça, atraindo a atenção do pequeno que iluminou sua feição e correu até o pai.

— Obrigado Papa, você é o melhor. — Pediu para o mais velho abaixar, que assim fez, recebendo um beijo em sua bochecha.

— Eu sei, só não conta pro seu pai. Segredo nosso. — Brincou, bagunçando o cabelo do filho carinhosamente, arrancando um sorriso do mesmo, e beijou a bochecha rosada infantil antes de se levantar, entortando o nariz ao prestar atenção no quarto do pequeno, ou melhor, na bagunça. — Céus, você realmente é meu filho. — Murmurou para si mesmo.

Akira deixou o quarto correndo como um foguete para a sala resmungando em busca do seu boneco do homem aranha que tinha certeza que havia deixado no sofá enquanto brincava ontem a noite. Kaminari suspirou, arrumou a cama do filho, trocando os lençóis por estampados de dinossauro, e quando feito se sentou sobre o colchão macio, descansando um pouco.

Sorriu correndo os olhos pelo quarto infantil cheio de personalidade. As vezes se pegava pensando se aquilo era realmente real ou apenas um sonho. Era casado com o homem que amava, tinham um filho perfeito e tinha pessoas incríveis a sua volta.

Era afortunado demais.

Seus olhos desceram pelo cômodo, analisando a casa, e um sorriso quebrou seu rosto se lembrando da surpresa que foi a descoberta desse lar.

Flashback On:

— Eu estou te dizendo, isso é loucura! — Mina exclamou exasperada, tentando tirar aquela ideia maluca da cabeça do choroso amigo loiro sentado no sofá a sua frente.

— Eu não sei mais o que pensar Mina, eu tô ficando maluco. — Kaminari segredou, arrastando o cabelo mediano pra trás com as mãos, um hábito seu quando estava nervoso. — Já faz uma semana que ele tá estranho comigo, eu tentei perguntar se alguma coisa aconteceu mas ele desvia do assunto. — Disse sentindo os olhos arderem mais.

O AMOR É MAIS RESISTENTE QUE O TEMPO (SHINKAMI)Onde histórias criam vida. Descubra agora