#Capítulo Onze:

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O fatídico último dia de aula

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O fatídico último dia de aula. Para alguns, muito esperado. Para as turmas do colégio U.A, significava o término de uma era. Fim do ensino médio, início de uma nova fase. Depois de anos compartilhados com os companheiros de classe, que agora, se viam como família, chegara a hora de sair das asas do fundamental e encarar o recém descoberto mundo adulto.

— Eri-chan, assim você vai acabar babando meu terno.

A pequena bebê sorriu sapeca com sua gengiva banguela, observando o irmão, que a mantinha sentada em seu colo, limpar a baba que escorria com um paninho de tecido fino de estampa de patinhos que já esperava sua utilidade no ombro do colorido.

— Sorte sua por ser tão fofa e eu não conseguir ficar chateado com você. — A ergueu frente ao rosto. — Não é mesmo? Não é mesmo?

A última parte foi dita com uma voz aguda e infantil, bastante acolhida por todos quando se há um bebê na jogada, e o Hitoshi aproximou a boca da barriguinha gorducha, a assoprando, causando gargalhadas gostosas que preenchiam todo o ambiente e trazia vida a casa. Continuaram nesse clima de brincadeiras, Shinso distraiu a criança de todos os jeitos possíveis, isso incluiu bastante caretas e bobagens que mancharia sua reputação de sério misterioso pra sempre se alguém visse, até os pais descerem já prontos. A matriarca usava um vestido simples e tradicional cinza com detalhes em preto, acompanhado por um cinto fino, e nos pés uma sapatilha preta, já que não conseguia ter o luxo de usar um salto com um bebê de apenas seis meses.

No rosto, uma maquiagem neutra que dava destaque as íris roxas, aos lábios levemente pincelado em um tom pouco avermelhado de um cor de boca, e as madeixas coloridas estavam enroladas em cachos bem feitos espalhados pelas pontas. Linda, como sempre. Já seu pai, usava um terno preto bem moldado ao corpo, os medianos fios presos de modo despojado, com algumas mexas soltas, deixando-o mais juvenil. Como professor, precisava se vestir a carácter do evento, mas isso não significava que adorava esse fato. A gravata desajeitada pendurada ao pescoço só mostrava o quão desajeitado era na questão de ser social, sorte sua que tinha sua esposa, que a arrumou de bom grado, selando seus lábios quando terminou.

Shinso deixou os pais preparando as coisas para a saída e, ainda com a pequena Eri no colo, bateu na familiar porta branca frente a sua, não demorando muito para um Kaminari elegante sair, arrancando suspiros do namorado. Denki usava uma calça social marrom justa que delineava todas suas curvas, principalmente sua perfeita bunda arrebitada, uma blusa social branca, com as mangas dobradas até a metade do braço e a barra pra dentro da calça, segurada por um cinto, e uma gravata azul meio frouxa graças a gola aberta, mostrando parcialmente o começo do peitoral do loiro. Seus fios estavam bagunçados, mas de um jeito sexy, como se Kaminari houvesse pego o gel e espalhado todo seu cabelo.

— Eri-chan! — O rosto da pequena se iluminou ao ver seu loiro preferido, e esticou os bracinhos manhosa pelo colo do dindo, que concebeu seu pedido com as bochechas coradas e um sorriso gigante.

— Puxa-saco.

O colorido deu língua para a bebê que roubava toda a atenção que deveria ser sua, recebendo uma gargalhada estérica da garotinha, obrigando o irmão a repetir o ato algumas vezes enquanto tinha o olhar atento do namorado, achando extremamente fofo como Shinso era com a irmãzinha. Não demorou muito para a pequena Eri se abalar pelo cansaço, abraçando o pescoço de Kaminari e descansando a cabeça em seu ombro, dormindo em poucos segundos, sendo confortada pelo padrinho que a cobriu com uma manta dada por sua sogra, que sorriu com a cena. Os pais de Denki também saíram de casa, bem vestidos e cumprimentando os Hitoshi, que estavam no corredor, de saída.

Conversaram por um tempo, as mães sobre seus looks, nem parecendo que a minutos atrás estavam juntas e ajudando uma a outra na escolha do vestido, e os pais sobre o churrasco que preparariam na próxima sexta, fazendo a lista de compras do que precisariam comprar. Seus filhos que lembraram que estava na hora de ir, e foram juntos o caminho até a garagem, onde seguiram para seus respectivos carros. Denki foi no dos Hitoshi, descansando a cabeça no ombro do namorado e sendo abraçado pelo mesmo, enquanto olhavam a bebê que dormia tranquilamente na cadeirinha ao lado. Sentiam a ansiedade dominar seus pensamentos ao observar o caminho pela janela, quando cada vez mais próximo o fim que daria início a suas vidas chegaria.

Tinham tantas dúvidas, tantas inseguranças. Seguiram para mesma faculdade? Se não, quantos quilômetros de distância seriam? Teriam horas de viajam para matarem a saudade em apenas um final de semana por mês? Por céus, Shinso nem ao menos tinha uma profissão em mente! Claro, tinha lá suas opções, mas precisava pensar com cautela, seria a decisão que influenciaria toda sua vida e não a tomaria de última hora. O colorido se apegou ao comodismo do cotidiano, mesmo sabendo que não deveria, e agora via os sacrificios que devem ser feitos para a possibilidade de um futuro estável com o loiro. Tinha o melhor homem do mundo com sigo, e só queria da-lo do melhor. Sabia o quanto seu amado amava a música, mas também sabia que o mesmo estava preocupado, que queria arrumar um emprego sólido que pagasse bem para ajudar na compra do apartamento dos dois e as despesas.

Queria proporcionar a chance do namorado seguir seu sono sem se preocupar com estabilidade, Shinso queria dá-lo todas as chances possíveis, e faria de tudo para isso. Uniram as mãos em um voto silencioso. Estavam conectados, nessa juntos para sempre. Quando Aizawa anunciou a chegada ao local e a porta foi aberta, se entre-olharam mais uma vez. Era a hora. Hora de tomar partida das próprias vidas, hora de se desapegar da zona de conforto e começar uma nova rotina. Uma nova fase. Seus lábios se atraíram, unidos pela partitura composta pelo destino, as línguas se encaixando como o último quadrado faltante do cubo mágico para todas as cores estarem feitas, e, quando se separaram, sorriram, as mãos juntas iluminada pelos raios de sol ao sair do veículo, para em direção ao que o futuro os reservava.

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O AMOR É MAIS RESISTENTE QUE O TEMPO (SHINKAMI)Onde histórias criam vida. Descubra agora