7Além - Escolhas

La demande-

"Se o seu olho direito o fizer pecar,

arranque-o e lance-o fora.

É melhor perder uma parte do seu corpo

do que ser todo ele lançado no inferno"

(Mateus 5:29).

...

- Olha... olha como é o destino não é mesmo? Ele olhava a filha recebendo cara de raiva de volta. -Depois de anos encontrei o filho de um possível colaborador do meu mandato, estudando junto com minha amada filha.

- Pai ele não é político... Ela falava impaciente com aquilo. Se soubesse que seu dia ia ser daquele jeito nem da cama tinha saído ela pensava.

- Claro que ele não é minha filha, mas me alegra saber que minha filha está namorando alguém de boa família principalmente a sua garoto, que é tão influente e influência nessa cidade é tudo não é mesmo jovem Moro? Quem sabe no futuro eu e seu pai não possamos ser colaboradores mais próximos um do outro... E voltou a olhar sua filha que estava com um olhar mortal pra ele...    - Mas me alegro em saber que o namorado que você escolheu é filho de um possível aliado.

Tanto Moro quanto Chichi arregalaram os olhos com o que Cutelo falava. E a conversa só piorava.

-Mas mesmo sendo filho de uma família respeitada como sua garoto tem certas coisas que não acho correto, como o fato de jovens que estão começando um namoro trancados dentro de um quarto.

- Basta papai... Chichi descia os poucos degraus que tinha subido e parado na frente dele. - Moro não é meu namorado, somos amigos, tá me entendendo? AMIGOS! E ele tá aqui pra me ajudar na prova que vou ter amanhã... E pegou Moro pela mão e arrastou ele para o andar de cima.

- E o fato de serem amigos como você diz não impede que sejam mais íntimos no futuro, não é mesmo? Ele a via subir em fúria arrastando o garoto para cima sem olhá-lo, até que escutou a porta do quarto dela bater com força.

- Esse gênio é seu! Com tanta coisa que ela tinha que puxar de você teve que ser o Gênio? Ele falava olhando para imagem da esposa no alto da lareira.

Chichi Praticamente jogou Moro quarto a dentro fechando a porta em seguida não muito delicadamente e viu Moro rindo... -Você ri né... mas meu pai tá ficando insuportável! Desculpe-me por isso... Chichi falava tirando uns ursos de pelúcia de cima de uma cadeira que ela tinha a mais, colocando perto da sua escrivaninha.

- Relaxa Chichi eu não fiquei ofendido com o engano do seu pai, além de ná ve-lo a alguns tempo, esse afastamento não me deixou margem de deixar claro que me casaria com você sem problema... infelizmente quem não quer namorar comigo é você, porque de minha parte você está cansada de saber. Ele se sentava agora na cadeira desocupada.

- Ah claro que sim né... ela arremessava um de seus ursos na cara dele.

- Agora que acordou, vamos estudar?

- Tá... vamos ver onde você tá enroscada...

*Se o preço para não te perder é me jogar no abismo... que seja!*

A chuva tinha dado uma trégua então Kakarotto pode acelerar mas chegando no posto do correio rápido. Pelo horário já estava fechado há algumas horas, mas eles tinham uma entrada só de envelopes e com a moto ele deu a volta no prédio parando na área expressa onde se localizava um posto de coletas para envelopes que ficava disponível para entrega 24hrs. Ele tirou o envelope de dentro de sua jaqueta e olhou por alguns instantes para ele pensando que isso de fato era a decisão certa a se fazer, porque desde que colocou os olhos nela, desde quando seu coração bateu mais forte por ela, desde que em sua mente somente ela passou a habitar, desde que a beijou na sacristia e se sentiu beijado de volta, sabia que aquilo era um caminho sem volta.