Le confessionnal

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Le confessionnal-

"Confessei-te o meu pecado,

e a minha maldade não encobri.

Dizia eu:

Confessarei ao Senhor

as minhas transgressões;

e tu perdoaste a maldade

do meu pecado"

Salmos 32:5"




Kakarotto ainda podia sentir o perfume dela em sua camiseta quando tirava para tomar uma ducha rápida, levando-a até seu nariz e aspirando o ar sentindo um pouco dela que ainda estava naquele tecido. Ele fechava os olhos lembrando da noite que a teve por inteiro, o gosto da boca dela se misturando com a dele, os gemidos e as unhas dela em suas costas... abriu os olhos percebendo que aquilo fazia seu desejo por ela ficar pulsante em sua virilha.

Uma ducha fria seria a solução para encarar o trabalho que começaria dali a pouco e sorriu ao perceber que agora seu "trabalho" era de fato um trabalho, um protocolo a se cumprir pois seu coração, sua vocação tinha nome e sobrenome... Chichi Cutelo. E parando para escutar o som de vozes dos jovens que chegavam para o encontro. - Atrasado! - e sorriu jogando a camiseta na cama indo para o banheiro.

***Minhas intenções com você sempre são elevadas ao quadrado... Nada é fracionado, tudo é desmedido... penso em momentos maravilhosos sem fim... vontades sem tempo... Estou aqui passeando por minhas vontades, querendo seu sorriso e abraço de tirar o fôlego***

- O que faz aqui? Chichi saia da cozinha mastigando um pedaço de cenoura que roubou de sua Aba.

- Vim levar a senhorita para nosso compromisso... Moro se levantava sorrindo vendo ela olhar para ele revirando os olhos.

- Achei que íamos nos encontrar na paróquia? Ela falava vendo seu pai a olhar com cara feia de reprovação... - Que?

Cutelo se levantava de sua poltrona costumeira balançando a cabeça em negativa para a filha, pouco atenta às intenções do rapaz. Da qual ele não podia negar que fazia muito gosto deles namorarem. - Não vê filha que o rapaz aqui embora jovem é um cavalheiro de dispor de seu tempo para acompanhá-la em seus afazeres triviais.

- Sério isso pai? Chichi cruzava os braços olhando Moro rir maliciosamente do que seu pai falava com ela.

- Sério filha, o jovem Moro aqui está me contando que seu ilustre pai o governador Merus está nos convidando para um jantar em sua casa amanhã.

- Isso mesmo Chichi meu pai quer reaproximar nossas famílias, e nada melhor que um bom jantar para isso. Moro falava vendo ela descruzar os braços e puxa-lo pra mais perto e sussurrando. Ele fechou os olhos só de sentir essa aproximação.

- Eu só vou porque você vai tá junto, Deus que me livre ficar escutando meu pai ficar falando por horas de política. - Ela se afastou dele vendo ele abrir os olhos e sorrindo pra ela.

-Te protejo desses dois velhos - ele levou a mão para arrumar alguns fios bagunçados do cabelo dela, percebendo que ela não negava esse contato.

Cutelo ia até sua mesa lateral pegar um charuto para si, abrindo a caixa e encontrando um bilhete com a letra da sua filha... ( Não fume) e sorriu fechando a caixa deixando tudo como estava. Quando se virou viu sua filha e Moro muito próximos e com a empolgação de um possível início de relacionamento não viu a mesa de centro e deu uma topada o fazendo desequilibrar.

7Além - EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora