Fleurs du Mal

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Fleurs du Mal



*É em você que continuo pensando?

Eu deveria sentir como eu me sinto?

Eu venho para saber que eu sinto falta de seu amor

enquanto não estou sentindo a sua falta

Corremos

Até se for

E as flores do mal

não te deixará ser

Você segura a chave para uma porta aberta

Eu serei sempre livre?*

Ele sentia o seu corpo ser pintado. No começo ele escutava aquelas mulheres falando um monte de coisa que ele não entendia e aos poucos as falas desconexas foram se tornando um murmuro baixinho quase um cântico que parecia fazer seu corpo adormecer e flutuar, e estava assim até escutar uma voz crescente o chamando...

Moro...

Ele forçava para tentar abrir os olhos, parecia que estava tão cansado.

- Moro...

Ele sentia uma estranha sensação de estar deitado em algo duro...

- Moro...

Até que sentiu algo cortando sua pele fazendo sentir uma enorme dor...

- Moro...

- Ahhhhhhhhhh...

- Acordou meu menino? Já não era sem tempo!

- Mas o que? Ele olhava para todas as direções que conseguia tentando levantar e sendo contido por cordas... - O que você está fazendo sua maluca? A dor em seu peito incomodava, não era profunda mas sangrava e parecia que não era apenas um corte e sim uma sequência deles.

Ela se aproximou na lateral da mesa perto do ouvido dele e se aproximou... -Fica calmo...

- Ficar calmo?

*As flores do mal desabrocham

Como as flores do mal

Demônios escuros da minha alma

Um amor fatal

Estive me esforçando para lutar

Como as flores do mal

As flores do mal de dentro

Um amor fatal*

Ele a via se afastar e se juntar ao grupo de mulheres que formavam um círculo, elas ergueram a mão cada uma com uma adaga prata nas mãos direita apontando para cima e falando uma língua que ele não entendia. Ele sentia que a mesa a qual estava amarrado começava a tremer e quando buscou o olhar de Delphine a fim de parar com aquilo ele a viu o olhar com olhos completamente negros... - Chega Delphine, isso não faz parte do combinado! Ele viu que ela não lhe deu ouvidos e elas começaram a se virar começando a andar em volta dele fazendo um círculo completo com cada uma voltando para posição original. E se tudo que estava acontecendo ali já não fosse o suficiente assustador ele as viu estenderem o braço esquerdo apontado para o centro onde ele estava e com a outra mão com a adaga de prata faziam um corte na própria palma da mão fechando em seguida espremendo e falando mais alto aquelas palavras que ele não entendia. Pareciam que estavam em algum tipo de transe. Quando sentiu os cortes feitos em seu peito começar a arder e queimar... - Delphine o que é... Ahhhhhhhhhhh!

7Além - EscolhasOnde histórias criam vida. Descubra agora