PROMETA - IMAGINE COM SEBASTIAN STAN (COMPLETA)

O que faço da vida sem você?

Enquanto eu andava pela neve, ouvi alguém atrás de mim e obviamente eu sabia quem era. 

-Eu precisava ficar sozinha! - falei parando e o olhando.

-Você poderia ter me avisado isso a quinze quadras atrás. - ele disse sério

Eu apenas ri, sem humor algum. 

-Toma um café comigo? - ele disse se aproximando - Vamos começar o dia de hoje de novo?

-Não, eu to legal! Nos vemos em casa - falei me virando e voltando a andar 

Desta vez eu não o ouvi vir atrás de mim.
Caminhei tranquilamente até em casa, assim que cheguei parei por um tempo em frente de casa, fiquei ponderando bem séria o que faria, mas eu estava certa do que era o melhor.
Entrei em casa e Sebastian e Chris pararam na mesma hora de falar, eu fiquei séria olhando para os dois. 

-Posso falar com você? - perguntei e Sebastian sabia que era com ele.

-Poder pode, só não sei se quero - ele disse passando a mão na cabeça como se sentisse dor.

Eu não disse nada, apenas concordei com a cabeça.

-Mas vamos lá! - ele continuou

Pedimos licença a Chris, que antes de subirmos, avisou que iria sair. 
Fomos até o quarto, fechamos a porta, ninguém disse uma palavra por longos segundos.

-Sebastian... - comecei - Não vai dar!

Com espanto no rosto, ele se aproximou um passo, parou e falou.

-Eu não entendi

-Eu vou atrapalhar a sua carreira, seu trabalho, isso não é nem um pouco justo!

-A gente não se ama? 

-É claro que eu amo você, mas tem coisas que não são justas e atrapalhar a carreira que você lutou para conseguir é uma delas! Eu quero que você voe muito alto, que consiga muitas coisas e eu estou te atrasando.

-Eu posso evitar de pegar alguns papéis, não tem problema, só não faz isso!

-É este o problema, entende? Se para alçar voos maiores, você precisar ser o novo Sr. Grey, por favor faça isso! Mas eu, eu não consigo lidar com isso...

-(S/n), eu amo você... Se isso não é o suficiente, eu não sei o que fazer.

-Eu também amo você, mas tem coisas com as quais não sei lidar e se isso for atrapalhar, se eu realmente te amo, não iria te prender jamais!

-Eu não posso acreditar que estou neste impasse! 

-Não é um impasse, Sebastian! Você não está entre a cruz a espada - falei me aproximando -Eu não vou sumir, até porque não conseguiria, eu serei sempre a sua amiga.

-Garota, você é o amor da minha vida, não entende isso?

-Você também é o amor da minha vida, mas existem coisas que tem dia e hora para darem certo e eu acho que chegamos tarde demais. O amor não é só estar junto, Sebastian, também são essas coisas que não se dizem, é este sentimento que não sei explicar, mas que não me deixa te atrapalhar!

-Eu não quero ser o seu amigo, eu quero ser o seu marido!

-Se não quer ser meu amigo, não tem problema! Só vamos perder mais anos da nossa vida afastados. 

-Eu largo tudo, por você! Existem príncipes que fizeram isso, porque eu não faria?

-Por que eu não deixaria você fazer! - peguei na mão dele - Isso é egoísmo da minha parte, você ama atuar e eu não tiraria isso de você.

Ele ficou em silêncio bastante tempo, eu não quis ferir os pensamentos dele, então também fiquei quieta.

-Eu não quero fazer isso...

-Eu quero! - falei 

-Eu não vou ficar longe de você! - ele disse secando a lágrima que caiu

-Eu nem quero que fique, só tenho você nesse mundo! - falei secando a minha que caiu

-Você não está me dando escolha...

-Não estou - respondi

-Eu não quero ir! 

-Mas essa é a questão Sebastian, não precisa ir! - caiu outra lágrima - A gente só não vai mais dormir juntos.

-Eu vou pegar minhas coisas - ele disse em lágrimas 

-Eu vou te dar licença - falei saindo do quarto e indo para a cozinha.

Eu até poderia ter ficado ali no quarto, mas, eu queria chorar sozinha.
Fui para a parte de traz do quintal e me desmanchei ali, tentei me acalmar, assim que consegui, entrei em casa, onde Sebastian me esperava de malas prontas na sala.

-Que rápido! - falei

-Muito!- ele disse me olhando - Assim como nosso reencontro.

-Talvez este tenha sido nosso erro, a gente não se conhecia mais!

-Ou se conhecia demais...

-É... - suspirei - Sebastian

-Diga

-Eu quero que ache alguém que cuide de você!

Ele riu sem humor algum, me deu até uma sensação estranha que me causou arrepio.

-Eu não quero mais ninguém! - ele disse abrindo a porta de casa.

Eu não falei nada, mas eu também não queria ninguém.

Assim que ele saiu e foi em direção a casa da mãe dele, me deu uma sensação de abandono e me arrependi no segundo que ele foi, mas, eu iria atrapalhar, eu não acho nem um pouco justo!
Sentei no sofá, enterrei minha cabeça na almofada e aproveitei ao máximo aquela dor, eu não a resisti, na verdade, nem queria.
Eu quis vomitar de tanto que eu estava uma pilha de nervos, a ansia vinha, mas não saía nada, fiquei ali, no chão do banheiro em prantos e sozinha, resultado das minhas escolhas.
Entrei de baixo do chuveiro quente, me sentei no chão e deixei a água quente cair em mim, eu estava tentando me recompor, não sei quanto tempo ao certo eu fiquei naquele banheiro, só sei que eu ouvi uma batida na porta, me assustei.

-Quem é?  - gritei

-É o Chris, tudo bem? - ele disse do outro lado da porta.

-Eu to bem, já estou saindo - falei desligando o chuveiro - me enxuguei na toalha que tinha ali, coloquei a mesma roupa e saí no corredor, já que eu havia entrado no banheiro comum da casa.

Chris estava no sofá, sentado.

-Eu... só estava tomando banho - falei ainda em pé

-Pois é... - ele limpou a garganta -Eu soube que... bem, o que aconteceu.  

-Ele já contou?

-Sim, contou! Vim pegar minhas coisas e agradecer pela hospitalidade.

-Não precisa agradecer - falei tentando sorrir

-Antes de ir - ele disse levantando com a bolsa de roupa na mão - Eu queria saber se você vai ficar legal.

-Eu vou sim - tentei sorrir de novo - Encarei coisas piores já!

-Eu sei que sim! - ele disse com um olhar carinhoso - Se precisar de alguma coisa, você tem meu número.

-Pode deixar! 

Ele foi até a porta, abriu e antes de sair falou.

-Tchau, Supernova! - e fechou a porta.

-Tchau, Chris! - falei para uma porta fechada.