17 Cap: caminhos cruzados.

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 Sofia Pov

Confesso que eu não tinha gostado muito da conversa que tivemos no café. Taylor  estava bancando a difícil e eu não estava disposta a sair de São Paulo de mãos abanando. Na verdade, eu juro que queria sentir raiva dela por aquele discursinho de dor na consciência. Claro! A garota queria me dispensar antes mesmo de provar, oras! Ela falava, falava, mas não dizia nada. Suas respostas às minhas perguntas eram curtas, quase nunca deixavam brechas para falarmos de nós, e quando tentei me aprofundar um pouco mais, tomei um banho de água fria, pois ela disse: “Sofia tudo o que vamos ter, quero dizer, se chegarmos a ter alguma coisa, vai ser apenas uma noite. [...] Eu tenho a Selena , minha namorada, [...] e não há espaço para outra pessoa no meu coração”.

 “Que absurdo!” Mas de certa forma, essa minha mágoa era incoerente, afinal de contas, eu não queria nada sério, e toda essa frieza de Taylor  quanto ao “nós”, significava que eu não precisaria ter nenhum remorso quando sumisse da vida dela. “Que diabos! Eu não queria ser rejeitada”. Eu estava sofrendo de baixa autoestima, só podia ser!

Fomos para o hotel, eu fiz o check-in, apanhei as chaves, ficou combinado de que nós conversaríamos um pouco no quarto e depois sairíamos para o tal esquenta com os amigos de Taylor . Que se danassem os amigos dela, eu queria apenas a companhia daquela garota linda que me fazia delirar com os pensamentos promíscuos que circundavam a minha cabeça pervertida e meu corpo ansioso para sentir o dela.

Taylor  mudou o olhar quando nós entramos no quarto. Era a minha melhor oportunidade, e naquele momento eu tive a certeza de que ela iria ceder, contrariando todo aquele discurso falso de que não sabia o que aconteceria entre quatro paredes. Ela não precisava mesmo saber, bastava que eu soubesse: teríamos uma noite maravilhosa.

 Não esperei muito, deixei a mochila cair das minhas mãos, e ávida de desejo segurei a cintura de Taylor , puxei-a para mim, senti a fragrância do seu suave perfume aguçar ainda mais o meu desejo. Olhei-a nos olhos, vermelhos, lânguidos de loucura, assim como os meus. Não poderíamos negar que havia química entre nós, e não deixei espaço para nenhuma negação de Taylor , apertei-a mais forte em meus braços, seu corpo tremeu.

 
- Vamos deixar acontecer... – falou com a voz entrecortada enquanto minhas mãos acariciavam os seus seios por baixo da blusa – naturalmente...

- Deixaremos... – sucumbi ao meu desejo, tomei os seus lábios molhados, quentes, macios, suaves... ardentes. Passeei com as mãos pela sua pele, tentando arrancar-lhe com desespero peça por peça... Meus lábios deslizavam pelo pescoço dela, enquanto suas mãos vorazes entravam pela minha calça. Ela me tocava, me puxava desesperadamente para ela.

 Num rompante, Taylor  despiu-se da blusa que eu teimava em tentar tirar sem sucesso, em seguida tirou a minha, depois senti suas mãos avançando contra a minha calça jeans, enquanto eu quase rasgava a dela na tentativa desesperada para vislumbrar aquele corpo que tinha me excitado de uma maneira desconhecida e fascinante. Pensei que eu já tinha vivido tudo na intimidade com uma mulher, mas eu desconhecia aquela fome demasiada e descontrolada pelo corpo de outra, nem nas minhas noites mais luxuriosas eu tinha sentido aquele ardor, desta vez, meu coração batia numa sintonia com o dela, era algo... que não tem como descrever.

Taylor  me empurrou na poltrona, depois sentou-se em meu colo. Senti os seus seios roçando nos meus, seu sexo molhado rapidamente mergulharam em mim, inundando minha coxa, minha calcinha que também estava molhada.

- Que tal uma mudança de planos? – perguntou arfando em meu ouvido, logo mordeu a minha orelha. Apertei as suas costas, marcando o caminho com as minhas unhas.

- Uma mudança?  – perguntei, depois inclinei minha boca para explorar os seus seios oferecidos. Taylor  gemeu enquanto se movimentava sensualmente no meu colo, ela ergueu a cabeça para traz, fechou os olhos enquanto suas mãos seguravam-me pelos cabelos, apertando forte a minha cabeça contra o seu seio, eu suguei mais forte, ela gemeu deliciosamente, parecia uma gata no cio, eu quase gozei só de ouvi-la se entregar.

- Vamos ouvir a parada aqui do quarto? – perguntou maliciosa.

-  Não vim pela parada... – mordisquei, suguei, lambi o outro seio, agora meus dedos entre as suas coxas acariciavam o seu sexo – Vim por você... - meus dedos entraram nela com facilidade, foram inundados pelo seu desejo - para você, Taylor ... – sussurrei vendo-a se contorcer. Não resisti, ao vê-la vibrar em meus braços, e se movimentar majestosamente nos meus dedos que podiam sentir com intensidade as suas contrações, eu gozei tanto ou mais que ela. Aposto que fomos ouvidas por toda São Paulo.

O ar foi retornando, as nossas almas também... respirávamos com a mesma dificuldade. Taylo6 ainda estava com os dedos emaranhados em meus cabelos, seu rosto apoiado em meus ombros, ela arfava, eu arfava... O silêncio era corrompido pelo descompasso dos nossos corações. Retirei devagar os meus dedos molhados, aspirei o cheiro bom do seu gozo, escalei as suas costas lentamente com as mãos espalmadas... Nós não tínhamos palavras. Era perfeito demais. As pernas trêmulas nos aprisionaram naquela posição por alguns minutos enquanto trocávamos carícias silenciosas. De olhos fechados, ela deslizava os dedos pela minha nuca, descia pelos meus ombros... eu acariciava as suas costas, seus cabelos... juntas aspirávamos o cheiro uma da outra como se nunca mais, em nenhuma outra época fossemos encontrar cheiro, sensação, sentimento maior e melhor.

 
Nossos olhos se encontraram depois da insanidade do prazer. Taylor  levantou-se, ainda tentando se equilibrar... Segurei-a pelas mãos, levantei-me devagar, eu estava tonta. Puxei-a para mim novamente, ela envolveu o meu pescoço com os seus braços, eu segurei novamente na sua cintura. “A viagem tava valendo cada minuto”. Taylor  apoiou novamente a cabeça no meu ombro, ela parecia pensativa, e eu eternizada com aquele gesto meigo. Suspiramos.

 
-  Eu tô perdida – ouvi-a dizer.

-  Não, não está mais. Eu te encontrei. – busquei os olhos dela para ver o brilho que emanava deles.

-  Tenho namorada, Sofia...

-  Shiiiii – toquei seus lábios com os meus, beijei-a calorosamente. – Eu sou sua namorada esta noite. – disse enquanto conduzia a garota para a cama impecável que pedia para ser desfeita. Taylor  tocou as costas lentamente no lençol branco, logo me deitei sobre ela. Beijei-a com fervor, sentindo as suas coxas se afastarem para receber o meu sexo molhado entre elas. 



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Prévia do próximo capítulo

Tudo acontecia em um turbilhão de sentimentos e emoções que nunca antes havia provado na vida. O sexo de Sofia se esfregava no meu com vigor, arrancando sussurros e gemidos animalescos de duas mulheres no cio. Encaixei minhas pernas envolta da sua cintura de modo a encarar seus olhos gulosos que me comiam obscenos, cheios de desejos. Sabia que estava perdi ...

ՏOTᗩY ✓   Kɴᴏᴡɴ SᴛʀᴀɴɢᴇʀsOnde histórias criam vida. Descubra agora