22 Cap: Verdades reveladas

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Sofia

Olhei para Taylor parada na minha frente e ali, naquele momento tive certeza que queria viver. Eu a queria. Precisava dela. Andei em sua direção olhando para seu rosto, analisando sua boca de traços delicados e seus olhos profundos e arrebatadores. Não tinha como negar que estava apaixonada. Não queria negar e o que mais importava naquele momento era lutar pela vida por ela. Paramos uma de frente a outra com centímetros separando nossos corpos e a tensão que transcorria entre eles era quase palpável. Quebrei o silencio.

- Tay me perdoa por...

Não terminei de pronunciar a frase, pois a boca de Tay tomou a minha com voracidade fazendo todo o meu corpo grudar ao seu. Automaticamente minhas mãos subiram por suas costas, segurando-a junto a mim. Não existe palavras para descrever a sensação indescritível de ter aquela mulher em meus braços mais uma vez. As pessoas ao redor passavam e olhavam a cena. Alguns idiotas engraçadinhos até mesmo fizeram comentários toscos, mas aquilo não importava: o importante era a presença real da língua que invadia minha boca com a necessidade quase sufocante de sentir a magia daquele momento. Algo que para mim estava alem da minha compreensão. Tay

se afastou, segurando meu rosto.

- Achei que nunca mais ia te ver – me disse num sussurro abafado, mordendo meu lábio inferior.

- Eu sinto muito. Não era algo que eu podia dividir com você naquele momento – respondi deixando minhas mãos passarem pelos seus braços e cintura.

- Vem. Vamos sair daqui.

Saímos do desembarque indo em direção ao estacionamento. Depois de colocar minha mala no porta malas saímos para a s ruas movimentadas.

A cidade do Rio de Janeiro ia saltando aos meus olhos com uma beleza incrível. Tay ia me mostrando os pontos turísticos com uma alegria incomum. Eu também me sentia me exorbitante; Estava em uma das cidades mais lindas do Brasil com uma mulher igualmente bela. Paramos em uma rua paralela a beira mar  de Copacabana, segundo Tay parada obrigatória para quem pisa no Rio pela primeira vez, e caminhamos para a praia. Tay não entendeu meu pedido de irmos para a água naquele momento, mas eu precisava agradecer por estar ali com ela.

- Vem Tay! – chamei entusiasmada – quero molhar meus pés na água.

- Sofia  não. – me respondeu rindo – eu estou de roupa.

- E qual é o problema? – perguntei tirando a blusinha que usava ficando apenas de sutiã. Andei de costas para o mar deixando a peça de roupa displicente na areia. Tay riu e saiu em minha direção. Me virei e corri para o mar molhando a minha calça inteira, rindo como uma criança pela primeira vez em um parque de diversões.

Não demorou para sentir as mãos de Tay em minha cintura me puxando para si. Perdi o equilíbrio e juntas caímos na água, como duas travessas. Me desvencilhei dos seus braços e me afastei o suficiente para jogar água em seu rosto, o que ela me respondeu de imediato com um bombardeio de água salgada. Quando consegui me aproximar novamente, ensopada da cabeça aos pés, busquei seus lábios para um beijo carinhoso. Me entreguei totalmente ao gesto sem nenhuma reserva. Ela era especial e queria que ela percebesse com cada ato meu. Aquele momento era mágico. O bom seria se durasse para sempre, mas ainda existiam verdades a serem ditas. Mas tudo podia esperar, naquela cidade eu ia viver um minuto de cada vez.

Saímos da água em direção a areia  e deixei meu corpo cair de joelhos na areia de frente a Tay que havia se acomodado sentada sobre as pernas.

- Estou toda ensopada – falei puxando os cabelos para frente espremendo com as mãos.

- Você é doida... E eu que achei que eu fosse biruta...

- Fiquei com tantas saudades – falei pegando suas mãos – nunca achei que você fosse me fazer tanta falta em uma semana.

- Tudo isso que está acontecendo é um pouco confuso pra mim, mas eu não sei se quero entender... Cheguei a pensar que você não viria realmente. Que estava apenas tirando uma com a minha cara...

- Fiz muitas besteiras nesses últimos dois meses, mas não quero continuar fazendo.

- Você confunde minha cabeça e isso é... Estranho pra mim – me  disse devagar. Obvio que ela estava escolhendo as palavras – Eu não sei o que esperar... Me explica o que esta acontecendo.

- Agora não. Esse não é o momento. Me leva para o hotel?

- Vamos.

Chegamos no hotel, onde eu tinha feito a reserva minutos depois. Não era nenhum Intercontinental, afinal meu dinheiro não dava para isso, mas era aconchegante. Assim que fechei a porta, senti Tay grudando no meu corpo, me apertando contra a parede e suas mãos despudoradamente ousadas invadiram minha blusa apertando meus seios para depois descer para minha calça e invadir minha feminilidade, tocando meu clitóris. Meu corpo automaticamente respondeu aos seus toques me deixando sedenta, ansiando pelo prazer indescritível que ela me causara uma semana atrás. Nossas bocas se grudaram em um beijo alucinado, repleto de desejo. As línguas se enroscavam uma na outra, sôfregas e ansiosas. Minhas mãos percorriam seu corpo se livrando do short que ela usava, e da blusinha que saiu junto com o sutiã. Desci pelo seu pescoço e o gosto da água salgada do mar invadiu meu paladar.

- Você está salgadinha – sussurrei em seu ouvido mordendo o lóbulo da orelha.

Tay riu antes de me responder.

- Você também está. Deliciosa como eu me lembro...

Dito isto, Tay encaixou suas pernas nas minhas, me fazendo erguer uma na altura da sua cintura, enquanto suas mãos afastaram a lateral da calcinha. Senti seus dedos me invadindo gentilmente e sua voz me excitava cada vez mais me dizendo deliciosas obscenidades. Adorava aquilo que ela fazia. Seus movimentos foram ficando mais rápidos e  meu corpo acompanhou em um sincronismo perfeito. Fechei os olhos passando a língua nos lábios, me deliciando com cada sensação que ela me despertava. Meu corpo se contraiu indicando um gozo intenso prestes a explodir. Segurei seu rosto com minhas mãos para ver sua expressão quando isso acontecesse e ela me dizia inúmeras coisas e nada ao mesmo tempo, quando me entreguei a um orgasmo perfeito. Meus gritos de prazer ecoavam por todo o quarto como uma prova do ato insano que ocorrera dentro daquelas paredes. Nossas respirações ofegantes e descompassadas se misturaram quando beijei seus lábios.

- Tay quando eu estava vindo pra cá me fiz uma promessa que acabei de quebrar... – falei encarando seus olhos – eu prometi a mim mesma que só faria amor com você se te contasse uma coisa importante...

- Sofia  eu não quero saber agora...

- É importante...- interrompi – Tay... Eu tenho um tumor no cérebro.

 

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Prévia do próximo capítulo

Meu corpo ainda emanava o delicioso ardor do prazer; minhas unhas cravavam na coxa dela, ainda erguida na altura da minha cintura, sentindo a sua pele queimar as minhas mãos, nossos lábios semi-encostados um no outro se acariciavam de leve, a respiração ofegante, o peito acelerado... olhos nos olhos, quand ...

ՏOTᗩY ✓   Kɴᴏᴡɴ SᴛʀᴀɴɢᴇʀsOnde histórias criam vida. Descubra agora