20 Cap: Uma luz no fim do túnel.

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Passando só pra revisar & arrumando os capítulo
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 Sofia

Cheguei em casa e me tranquei no quarto com as lagrimas secas em meu rosto e uma dor infernal, mas não era na cabeça e sim no meu peito. Fui uma tola achando que não me envolveria. Não era possível ficar com uma mulher com a Taylor  e não se envolver. Seu cheiro ainda estava na minha pele e a nítida sensação dos seus lábios sobre os meus me torturavam ainda mais. Maldita  hora que me deixei envolver com seu charme e sua lábia. Não. Não era maldita.  Se não tivesse me deixado envolver não tinha  vivido uma das noites mais fantásticas da minha  breve existência. Deitei na cama e deixei a mente resvalar para a s poucas lembranças que  possuía dela. Os olhos intensos que me despiram sem me tocar. O corpo  fogoso e a voz doce de um anjo... Um anjo da perdição. Um anjo  do pecado, mas era um anjo. Um anjo que fora meu por vinte e quatro  horas.

Vivi os dias seguintes mecanicamente. Nada tinha sentido e a menor graça. Muitos me perguntaram o que tinha acontecido e eu respondia sempre com a cabeça d e forma negativa.  As palavras não tinham forças de serem formuladas. Não podia dizer que estava apaixonada por uma mulher que eu não conhecia. Não podia dizer a mim  mesma que estava apaixonada. Selena  me ligou três vezes, mas não atendi. Não tinha o que falar com ela.

O sábado chegou com a promessa de mais um dia vegetando, pensando na carioca que tinha  tirado minha direção, mas Leandro me ligou informando de um encontro de amigos.

- Meu não vou... – respondi com uma voz apática que soou estranha até pra mim – não estou me sentindo bem.

- Qual é Sofia ?  Você nunca dispensou um samba com a molecada.

- Pra tudo tem uma primeira vez...

- Não tem não. Passo ai pra te pegar as dez da  noite.

- Cara eu não...

- Não quero saber... Beijos não me liga. Me espere pronta.

Olhei para o telefone mudo na minha mão e sorri. Pelo menos podia terá  certeza que tinha um amigo de verdade. As dez  em ponto ouvi a buzina do seu carro tocando. Sai correndo para minha mãe não me  ver e saímos em direção a um barzinho. Tentei desligar a mente do presente, doente e dispensando uma mulher linda, e  me concentrei nas lembranças do passado, não muito distante, mas feliz. Entrei na cerveja e depois de um tempo senti que minha voz  já não saia com muita  firmeza. As palavras que dizia não parecia muito coerente.

- Vamos dar uma volta Leandro... – levantei meio cambaleante.

- Você está bem Sofia ?

- Claro que não... Quero dizer... Claro que sim. Vamos lá fora?  Quero fumar.

- Vamos.

Me encostei na parede do comercio ao lado do barzinho e acendi um cigarro jogando a fumaça para o alto de olhos fechados.

- Sofia  o que você tem? Já tem dias que te vejo estranha...

- Eu tenho câncer. - Soltei ainda de olhos fechados. Por mais que estivesse bêbada não queria ver a sua reação.

- Você tá doidona né? Melhor parar de beber. Vou te levar pra casa  e...

- To falando serio Lê. – respondi  baixo fitando seus olhos – por mais que eu não esteja totalmente sóbria, não estou  totalmente bêbada.

- Você não pode ter câncer. Você está saudável e...

- É na cabeça.  Do lado direito. Eu fiz alguns exames, mas não tive coragem de prosseguir. Não quero morrer tão jovem...

ՏOTᗩY ✓   Kɴᴏᴡɴ SᴛʀᴀɴɢᴇʀsOnde histórias criam vida. Descubra agora