06. Sentimentos Confusos

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N/A: Hello, potterheads, boa leitura!

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Hermione aparatou em seu apartamento e se jogou na cama, chorando baixo. Afundou o rosto no travesseiro e gritou de raiva, socando a cama ao mesmo tempo. 

- Por que?! - sussurrou, abraçando o travesseiro, olhando para a parede sem realmente vê-la. - Por que eu tenho que amar quem não me ama? Por que não posso simplesmente amar Thomas? 

Suspirou e fechou os olhos com força, com raiva do Harry, com raiva de toda essa situação e com ainda mais raiva dela própria por ter tantos sentimentos por Harry. 

“Eu preciso mudar isso…”, pensou entre lágrimas. Crookshanks subiu na cama ronronando e se deitou próximo à cintura de Hermione, esse era o jeito dele de dar carinho e ela agradeceu mentalmente por tê-lo. 


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Thomas se sentia confuso e frustrado. Não devia ter tentado beijar Hermione assim, era cedo demais, talvez. Tinha medo de tê-la perdido para sempre, mas não quis mandar uma carta por enquanto, por medo de ser ignorado. 

No dia seguinte, foi ao Ministério, mas não encontrou com ela. Resolveu tudo que precisava e decidiu procurá-la. Perguntou sobre ela para a recepcionista, mas ela informou que Hermione estava trabalhando fora do Ministério nesse dia. Agradeceu e saiu de lá, indo para o hotel e fazendo a mala, precisava voltar para Londres. Suspirou e aparatou em sua casa, mandando uma carta para Hermione, avisando que havia voltado para Londres e que entenderia caso ela não quisesse mais falar com ele. 

Passou o dia no Ministério, sem receber notícias dela, foi para casa e tomou banho, pondo seu pijama e indo para a cama, então uma coruja chegou e ele sorriu ao ver o remetente. Nova York. Hermione. Ela respondeu de forma educada e disse que ainda queria continuar sendo amiga dele. Isso foi o suficiente para deixá-lo mais aliviado e poder ter uma noite tranquila.

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Harry e Louise estavam se entendendo ainda melhor após o noivado. Ela praticamente já estava morando com ele, passavam todas as horas livres juntos… até que se tornou demais. Harry tinha que levá-la quando ia sair com Rolf e os amigos, ou então ele não saía. Ela também o arrastava para todos os encontros com as amigas e Harry ficava entediado fácil com as conversas sobre roupas, moda, maquiagem ou filmes de romance. Sempre as mesmas conversas.

- Eu não sei se vou aguentar viver assim, Rolf… - Harry desabafou com o amigo no Ministério. Estavam em sua sala, passando o tempo e conversando.

- Cara, até que você aguentou bastante tempo. - ele respondeu. - Você está perdendo sua liberdade, sinceramente.

- Eu sei. E eu preciso falar sobre isso com ela.

- Sabe que mulheres são complicadas, né? 

Harry revirou os olhos e suspirou. - Claro que sei. Como você e Luna se entendem tão bem?

Rolf sorriu. - Luna é tranquila demais, tem uma paz que é invejável. Nós raramente discordamos das coisas.

- Você tem sorte. - Harry suspirou. - Queria que Hermione ainda fosse tão próxima a mim para me dar um conselho… 

Rolf respirou fundo e suspirou. Harry era o único que não via o que Hermione sentia por ele, e até achava que o amigo tinha sentimentos por Hermione, mas ele próprio não sabia enxergar isso também. 

- Harry, por que não manda uma carta para ela, tenta tê-la de volta… 

- Eu não sei. Não entendi o que aconteceu em nosso último encontro. Não sei se seria uma boa ideia falar com ela. Ela nunca mais me escreveu, nem mesmo me parabenizou pelo noivado.

Rolf suspirou. - Tudo bem, como achar melhor… mas não deveria deixar ela se afastar, Harry.

- São coisas da vida, Rolf. Hermione está em Nova York, está seguindo a vida dela… é normal que a gente se afastasse eventualmente.

Rolf apenas balançou a cabeça concordando, ainda pensando se deveria ou não contar o óbvio para Harry.

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Harry chegou em casa e Lou ainda não havia chegado. Tomou banho e vestiu uma roupa mais confortável, se sentando no sofá, cansado. Resolveu mandar uma carta para Hermione, perguntando como ela estava, dizendo que estava com saudades e pediu desculpas pelo que aconteceu no aniversário. Enviou a coruja e ficou pensativo, se lembrando das suas últimas falar naquele dia… 

"- Fala comigo. Sei que não nos falamos tanto nesses anos, mas você ainda é minha melhor amiga.

- É exatamente esse o problema, Harry. - ela respirou fundo e balançou a cabeça negativamente, se levantando abruptamente. - Desculpa, não dá. - e saiu do escritório."

Harry suspirou. "O problema é ela ser minha melhor amiga?", ele pensou, confuso. "O que ela quis dizer com isso…?". Harry suspirou e deitou no sofá, fechando os olhos e pesando, tentando entender o que estava acontecendo com eles.

- Amor? - Lou o chamou e ele percebeu que havia cochilado. Suspirou e abriu os olhos, bocejando. Ela estava sorrindo de forma doce para ele, abaixada ao seu lado. - Por quê não dormiu na cama?

- Eu apaguei… estava te esperando. - ele sorriu e se sentou, puxando Lou para seu colo. Ela deu um selinho nele e escondeu seu rosto no pescoço dele. 

- É tão bom estar em casa… - ela sussurrou e se encolheu em seu colo.

- É bom ter você aqui… - ele sussurrou e a apertou um pouquinho. Iria conversar com ela sobre o que comentou com Rolf mais cedo, mas resolveu deixar para outro dia.

Ela sorriu e olhou para Harry, acariciando seu rosto. Lhe deu mais um selinho e o transformou em um beijo lento e carinhoso. Harry a fazia muito feliz e trazia uma calma incrível à ela.

Uma coruja bateu na janela fechada, interrompendo-os. Lou suspirou e olhou para Harry.

- Acho que é para mim. - ele sussurrou.
 
- Eu pego… - ela levantou e foi até a janela, pegando a carta e vendo que era de Hermione. Abriu o envelope, mas Harry pegou de sua mão antes que ela lesse. - Credo, Harry, está escondendo algo?

- Não, amor. - ele suspirou, deixando a carta sobre a mesinha de centro e puxando Lou pela cintura. - O que acha de eu te dar um banho e dormirmos?

Ela ficou mais manhosa e sorriu. Harry tinha esse efeito nela, mas ainda assim estava insegura quanto à Hermione. 

- Acho perfeito… - sussurrou e Harry a pegou no colo, indo para seu quarto.

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Assim que Lou dormiu, Harry se levantou com cuidado para não acordá-la, indo para a sala e lendo a carta de Hermione. 

"Olá, Harry,

Está tudo bem aqui, e com você? Parabéns pelo noivado. E esquece o que aconteceu em casa… 
Seja feliz! Até logo,

Hermione."

Harry suspirou. Hermione fora seca e escreveu de uma forma que ele jamais imaginaria que ela poderia fazer com ele. Mas por quê? Ele não entendia o que estava acontecendo com a amiga. Suspirou e voltou para o quarto, guardando a carta. Se deitou e ficou pensando em Hermione. Daria um jeito de descobrir o que estava acontecendo. 

Dividida Entre Dois AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora