Dear diary, Vinnie Hacker.

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Trabalho em grupo.

Meu Deus, como sou péssima em trabalhos em grupo. Não gosto de depender de ninguém.

Tudo anda como deveria ser para os roteiristas da minha vida. Eu sinto como se estivesse afundando, e a água fica cada vez mais fria.

Pra minha derrota, a professora conseguiu o que ela queria, sou obrigada a participar de pequenos grupo com adolescentes doentes e idiotas sendo consolados por uma senhora viúva.

Lizzie está empenhada em me fazer desabafar com ela, ah, como isso cansa.

Nesse momento estou em sua casa, com mais duas meninas, olhando atentamente pra um quadro antigo, e totalmente desinteressante.

- Você tá ouvindo?- Kelly, a futura médica e universitária afrontosa, me tira de meus pensamentos- Por que é que ela está aqui se não vai ajudar?!

- Será que eles produzem roupas pra formigas?- Lily, 16 anos, uma formiga talvez não tenha roupas personalizadas, mas com certeza mais cérebro do que essa menina.

- Discutir e procurar roupas de formigas na wish não vão trazer um tema para nosso projeto.- Lizzie se joga na cama nervosa.

- Da pra falar alguma coisa?! Parece que tá morta.- Kelly se aproxima.

- Qualquer coisa longe de vocês seria melhor, até a seis palmos do chão.- me levanto.

- É isso!- sorri- na verdade não sei o que tem haver com o que você disse mais...amor.

- Amor?

- É. Quanto tempo leva pra gente se apaixonar, criar um laço com alguém? Ou apenas iludir uma pessoa pra conseguir o que quer.- conclui.

- Eu chamo isso de manipulação.- rio baixo- Além do mais, amor não existe, pobre ficção, e se existe, posso garantir que não está nessa cidade.

- Então prova.- Kelly volta ao seu lugar desafiadora- Tenho certeza que alguém como você não dura 5 meses aqui sem se apaixonar.

- Ela não faz muito o tipo que se apaixona....- a outra loira persiste.

- Tem razão docinho, eu não crio laços afetivos.

- Prova.- Lizzie repete- Esse vai ser nosso teste. Vamos conviver por 5 meses sendo pessoas melhores, mais confiantes, e amáveis. Teremos que dar aberturas para novas pessoas em nossas vidas, e no final, contar nossa experiências.

- Sim! Talvez encontre o amor da minha vida...- Lily se anima.

- É isso aí, vamos ver quanto tempo você dura na escuridão.- Kelly topa.

- Vai perder uma aposta Triz? Aposto que não vai querer ver o sorriso em nossos rostos quando fracassar. Como uma boa escritora deveria saber que o amor mora a esquina.

- Belas palavras- estendo a mão- Só aceito porque não tenho ideia melhor.

Onde querem chegar com isso?!

Como se eu fosse me apaixonar por um idiota dessa escola de animais. Ser mais "confiante, amável, e gentil" não é meu forte.

- Tenho que ir...- pego minhas coisas.

- Vai aonde?

- Não é da conta de vocês.- suspiro- Quando forem começar as pesquisas, me manda uma mensagem de texto Elizabeth.

- Beijos pra você também, ninguém.

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Passei em casa pra deixar meus materiais.