Caroline Danvers, uma adolescente comum em busca de uma vida tranquila, vê seu mundo virar de cabeça para baixo ao conhecer Edward Cullen em Forks, uma cidade deserta. Edward é diferente de tudo o que ela imaginava: atraente, enigmático e cheio de m...
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— Você não percebeu mesmo? — perguntei realmente curiosa. Estava um pouco aflita na verdade, isso queria dizer que ele realmente tinha ouvido toda a conversa que tive com Jessica.
— Não. Não estava prestando atenção. Tinha alguém mais bonita em mente. — declarou me deixando envergonhada.
— Coitada da garota. — respondi corada.
— Teve uma coisa que você disse a Jessica que... bom, me incomodou. — ele se recusava a se distrair. Sua voz era rouca e ele olhava de soslaio com olhos perturbados.
— Não me surpreende que tenha ouvido alguma coisa de que não gostou. Você sabe o que dizem sobre ouvir a conversa dos outros — lembrei a ele quando o mesmo enrugou o nariz.
— Eu avisei que estaria ouvindo. — se defendeu.
— E eu sei, mas mesmo assim é muito estranho. — avisei o mesmo.
— Mas você não está exatamente correta. Quero saber o que está pensando... Tudo. É só que preferia... que você não ficasse pensando certas coisas. — falou melancólico tocando a borda da mesa.
— Então o que é? — agora estávamos inclinados um para o outro sobre a mesa. Ele estava com as mãos brancas e grandes cruzadas sob o queixo; eu me inclinei para a frente, a mão direita envolvendo meu pescoço. Tive que lembrar a mim mesma que estávamos em um refeitório lotado, com provavelmente muitos olhares curiosos em nós. Era fácil demais ficarmos presos em nossa própria bolha particular e tensa.
— Acredita sinceramente que gosta mais de mim do que eu de você? — murmurou ele, aproximando-se mais ao falar, com os olhos dourado-escuros penetrantes. Tentei me lembrar de como soltar o ar. Tive que desviar os olhos para recuperar a respiração.— Está comparando uma pequena árvore a uma floresta inteira.— falou devagar. Eu não estava preparada para aquilo.
— Está fazendo aquilo de novo Edward— murmurei. Os olhos dele se arregalaram de surpresa.
— O quê?
— Me deixando sem senso de direção. — admiti, tentando me concentrar ao voltar a olhar para ele.
— Ah. — ele franziu o cenho.
— Certo. — suspirei.
— Vai responder à pergunta? — perguntou. Olhei para baixo envergonhada com sua ação.Nunca alguém tinha escultado uma conversa minha e tinha pedido as cartas na mesa.
— Sim. — falei batendo os dedos na mesa.
— Sim, você vai responder, ou sim, você realmente pensa isso? — ele estava irritado de novo, o que nos últimos tempos acontecia com muita frequência .