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— Correr o caminho todo? Ainda vamos ter que correr parte do caminho? — minha voz subiu algumas oitavas. Ele deu um sorriso duro.

— Você não vai correr.

— Eu vou é ficar enjoada. — mantenha os olhos fechados, vai ficar bem. Mordi o lábio, lutando contra o pânico. Ele se inclinou para dar um beijo no alto de minha cabeça, e depois suspirou. Olhei para ele, confusa.

— Você cheira tão bem na chuva — explicou ele.

— De um jeito bom ou de um jeito ruim? — perguntei com cautela. Ele suspirou.

— Os dois, sempre os dois. Não sei como ele encontrou o caminho no escuro e no temporal, mas de algum modo achou uma estrada vicinal que era menos uma estrada e mais uma trilha montanhosa. Foi impossível conversar por algum tempo, porque ficamos quicando no banco como uma britadeira. Mas ele parecia gostar da viagem, com um sorriso largo o caminho todo. E depois chegamos ao final da estrada; as árvores formavam muralhas verdes dos dois lados do Jeep. A chuva era apenas um chuvisco, diminuindo a cada segundo, o céu mais claro através das nuvens.

— Desculpe, Caroline, temos que ir a pé a partir daqui.

De repente, ele estava do meu lado do carro.Ele pegou meu rosto nas mãos quase com indelicadeza e me beijou, os lábios inflexíveis movimentando-se nos meus. Não havia desculpa nenhuma para meu comportamento. Obviamente, agora eu sabia disso. E no entanto não consegui deixar de reagir exatamente como toda vez que ele me tocava. Meus braços se estenderam para agarrar com força seu pescoço e eu de repente estava colada em sua figura pétrea.Eu estava gruda em seu colo, com as costas grudadas no volante, enquanto suas mãos caminhavam pelo meu corpo, onde seus dedos tocaram minha pele quente, por debaixo da blusa. Eu suspirei e meus lábios se separaram. Ele recuou, cambaleando, interrompendo sem esforço meu abraço.

— Droga, Caroline! — explodiu ele, ofegando. — Você vai me matar, juro que vai. Eu me curvei, segurando a manga de sua blusa.

— Você é indestrutível — murmurei, tentando recuperar o fôlego enquanto sorria.

— Eu podia ter acreditado nisso antes de conhecer você. Agora vamos sair daqui antes que eu faça alguma idiotice. — rosnou ele.

Ele me atirou em suas costas como fizera antes e pude ver o esforço a mais que fez para ser tão gentil como tinha sido. Fechei as pernas em sua cintura e mantive os braços seguros em um aperto sufocante em seu pescoço.

— Não se esqueça de fechar os olhos — alertou ele, sério. Rapidamente meti o rosto em sua omoplata, sob meu próprio braço, e fechei os olhos com força. Mal pude notar que estávamos em movimento. Senti que ele deslizava embaixo de mim, mas ele podia estar andando na calçada, tão suave era o movimento. Fiquei tentada a olhar, só para ver se estava voando pela floresta como antes, mas resisti. Não valia a pena ter aquela vertigem medonha. Concentrei-me em ouvir sua respiração indo e vindo tranquilamente. Só tive certeza de que paramos quando ele estendeu a mão para trás e tocou meu cabelo.

O Novo Sol-  𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora