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A luz do meu quarto estava tão fraca que parecia estar de noite, mesmo com tudo isso eu podia ver claramente sua silhueta na penumbra da escuridão.Edward Cullen. A cortina cobria boa parte de seu rosto, e o frio que saiu da pequena frecha da janela fez meu corpo se encolher de baixo da coberta fina. Por mais rápido que eu corresse, não conseguia alcançá-lo; por mais alto que gritasse, ele não se virava.

Perturbada, acordei no meio da noite e não voltei a dormir pelo que pareceu um longo tempo. Depois disso, ele entrou em meus sonhos quase toda noite, mas sempre fora da cena, nunca ao meu alcance.

No domingo,Jessica me ligou. Estava muito preocupada comigo, disse que quase desmaiou quando Amanda, do terceiro período lhe contou o eu tinha acontecido. Ângela, Mike e até mesmo Laurent, me ligaram para saber como eu estava, e novamente fiz o mesmo discurso que já estava decorado pela repetição constante.

Na segunda feira, no primeiro dia de voltas as aulas, seguinte ao acidente.Tudo foi inquietante, tenso e, no início, constrangedor. Para minha consternação, eu me vi no centro das atenções pelo resto da semana. Tyler Crowley estava impossível, seguindo-me por toda parte, obcecado por se redimir de alguma forma. Tentei convencê-lo de que o que eu mais queria dele é que esquecesse tudo aquilo em especial porque não acontecera nada comigo tão grave, mas ele insistia sem parar. Seguia-me entre as aulas e se sentava à nossa mesa, agora abarrotada.

Ninguém parecia preocupado com Edward, mas expliquei repetidas vezes que o herói era ele e que ele havia me tirado do caminho e quase fora atropelado também. Tentei convencer algumas pessoas que presenciara ao acidente e todos os outros que sempre comentavam que não o tinham visto ali até a van ser afastada. Perguntei a mim mesma por que ninguém mais o vira parado tão longe, antes que ele salvasse a minha vida de repente e daquele jeito impossível. Com pesar, percebi a provável causa ninguém mais tinha ciência da presença de Edward como eu. Ninguém o observava da forma como eu fazia.

Edward nunca ficou cercado de uma multidão de curiosos ansiosos por seu relato em primeira mão. As pessoas o evitavam, como sempre. Os Cullens e os Hales sentavam-se à mesma mesa de sempre, sem comer, conversando entre si. Nenhum deles, em especial Edward, voltou a olhar na minha direção. E isso me machucou muito.

Quando ele se sentou ao meu lado na aula, o mais distante de mim que a carteira permitia, parecia totalmente inconsciente da minha presença. Só ocasionalmente, quando seus punhos de repente se curvavam com sua pele esticada ainda mais branca sobre os ossos, é que eu me perguntava se ele estava tão distraído como parecia. Ele queria não ter me tirado do caminho da van de Tyler, não havia outra conclusão que eu pudesse tirar.

Queria muito conversar com ele e, no dia seguinte ao acidente, tentei. Da última vez que o vira, no meu quarto no hospital, nós dois estávamos furiosos. Eu ainda tinha raiva por ele não ter me contado a verdade, embora cumprisse impecavelmente minha parte do trato. Mas ele salvara minha vida, independentemente de como tinha feito isso. E, da noite para o dia, a temperatura elevada de minha raiva desapareceu numa gratidão reverente.

O Novo Sol-  𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora