XI - Reencontro de Anne e Gilbert.

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Depois do longo dia que tivera, Gilbert retornou para sua casa.

O ambiente, estava contagiante, assim que pousou os olhos na decoração completamente excêntrica do aniversário de Delphi, ele já soube, as mãos criativas por detrás de algo tão genuíno só podiam ser da adorável Anne Shirley. Ele sorriu, encantado, o que imediatamente fora notado por Bash, que terminava de preparar a bebezinha para seu primeiro ano.

— Parece que alguém aqui está completamente encantado com a decoração da festa de Delphine — ele o cutucou, — ou, o motivo são as mãos por detrás de tudo isso?

Gilbert movimentou a cabeça em negação, não definitivamente negando aquilo. Era certo de que realmente o motivo era alguém e não algo.

— Vou me preparar para a festa — ele falou, deslizando as mãos em seu suéter, mudando sutilmente de assunto.

— Lembre-se, esse é o aniversário da Delphi e não o seu! — Bash o provocou.

Ele sorriu ladino e seguiu para seu quarto, não sabia como conter a imensa ansiedade em reencontrar Anne, pensava veementemente no que poderia dizer à ela, já que de alguma forma, suspeitava que Diana lhe contara o que ele revelou, entretanto apesar de seus pensamentos estarem concentrados nisso, uma leve sensação de medo lhe perseguia, aquela ruiva não era nenhum pouco fácil de lidar. Ele já havia repassado o plano diversas vezes em sua mente, agora, só precisava de coragem para revelar à Anne que o seu coração pertencia a ela.

. . .

O azul tinha um caimento perfeito em Anne, além de também ser a sua cor preferida, seus cabelos ruivos contranstavam de uma forma agradável com aquele azul vivo e chamativo, finalmente, estava pronta para o aniversário de Delphine, ou, deveria pensar... pronta para um reencontro com Gilbert?

Desceu as escadas que a levavam para seu antigo quarto completamente segura de si.

Matthew estava encantado com o que Anne se tornara, e pensar, que antes era uma órfã mirrada e muito sofrida, e graças a sua total perseverança em mante-la em Green Gables, ela havia se tornado uma lindíssima mulher. Era inevitável negar o seu orgulho, seus olhos o entregavam antes mesmo dele poder dizer algo.

— Nossa menina — Marilla falou, emocionada — olha só como o vestido azul lhe caiu bem.

Anne olhou para cima, tentando conter de alguma forma as lágrimas que queriam tomar conta dela.

— Nossa menina — enfatizou Matthew.

Dito isso, ele ofereceu apoio à ela, que rapidamente segurou em seu braço.

Em seguida, a família Cuthbert seguiu rumo a festa. A qual seria o centro dos comentários da cidade naquela semana.

. . .

— Fred Wright a acompanhará na festa hoje, Diana — disse Eliza ajeitando a garota — e você sabe que deve se comportar de uma maneira excepcional, não sabe?

— Sei, mamãe — falou ela, com o queixo erguido.

— Não se comporte como uma menininha sem educação — ela continuou o sermão — lembre-se além de ser da alta sociedade, você tem costumes diferentes daquela gente.

— Eles são comuns, feito nós — Diana se vira para encarar a mãe — a senhora ainda não aprendeu que todos temos liberdade para sermos o que quisermos?

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