"chama alguém por favor"

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Any Gabrielly Pov

Acordei com dor hoje, tanto no pé da barriga quando nas costas como se fosse cólica, será que o bebê quer nascer antes do tempo?

Oh meu Deus, queria o Josh do meu lado.

Agora acabou de entrar uma policial pra prender minhas mãos pra trazerem o meu almoço, isso está muito apertado.

-Any: bom dia, eu queria saber se você poderia chamar uma enfermeira minhas dores aumentaram, fazendo favor- ela não me responde e sai do quarto.

Aquela mesma policial que me prendeu na cama veio me soltar pra eu comer, tentei falar com ela sobre a enfermeira mas ela não me ouviu.

Estou tão mau hoje, sinto saudade de casa, dos meus pais, do meu namorado, da minha sogra, quero sumir. Logo sinto o bebê mexer.

-Any: oi filho, a mamãe está bem viu, só com saudade do papai- ele está agitado, muito agitado- a mamãe vai chamar alguém, nós vamos ficar bem.

O dia passou lento, ninguém foi me ver, estou com mais dor, meu bebê está agitado e eu estou começando a ficar com medo, levanto pra pedir ajuda e me sinto fazendo um pouquinho de xixi, vou no banheiro e faço xixi com sangue.

Ai meu coração, o que está acontecendo.

Vou até a porta e bato pra alguém vim, e graças a Deus alguém está passando no corredor.

-enfermeira: o que foi dessa vez garota.

-Any: eu estou com mais dor, estou urinando com sangue, por favor chama alguém.

-enfermeira: você está exagerando, é normal fazer xixi com sangue e...- minha bolsa estoura- pronto... vai sentir ele descer é só fazer força e pronto sua criança nasce- isso não é possível.

-Any: por favor chama alguém, sua superior, é sério por favor- se rende e vai chamar alguém.

Meu filho vai nascer e o pai nem sabe da existência dele, eu vou parir em um quarto branco, sozinha.

Foi aí que comecei a pedir a Deus pra me ajudar, pra eu não ficar sozinha.

Depois de um tempo a policial entra e fala que vai me prender, que tem duas médicas vindo meu ver. Dor, muita dor era só o que eu sentia.

-xxx: boa tarde Gabrielly, sou a doutora Roberta, sou obstetra e cuidarei de você, essa é a doutora Carla ela me ajudará, posso fazer um ultrassom?

-Any: claro- eu vou ver o meu bebê.

-Dr. Roberta: está de quantas semanas?

-Any: eu não sei, nunca fiz um ultrassom, descobri que estava grávida aqui e não tive acompanhamento médico- ela me olha surpresa e um pouco chocada.

-Dr. Roberta: então não sabe o que é?- nego- quer saber agora ou depois?

-Any: aguentei até agora então vou esperar.

-Dr. Roberta: pelo que vejo aqui está tudo bem... posso ver se está dilatada?- assinto- podem fechar a porta fazendo favor?

-enfermeira: não podemos, e você não vai querer ficar trancada com uma descontrolada.

-Dr. Roberta: não acho que ela seja descontrolada, ela está presa na cama, será exposta com a porta aberta, eu não tenho medo dela, ela não faria nada com ninguém, fechem a porta fazendo favor- eles fecham- vamos lá está com muita dor?- assinto- você é forte hein está toda dilatada e não demonstra muita dor, agora já podemos começar a fazer força, seu neném quer nascer, vocês vão ligar para os pais dela pra avisarem?- pergunta a enfermeira.

-enfermeira: os pais não sabem onde ela está, não tenho autorização e nem posso avisá-los- a doutora encarava tudo muito chocada.

-Dr. Roberta: isso não é possível, seus pais e nem o pai do bebê sabem que está grávida?- nego- ok, vamos lá, quando vim contração você faz força.

Depois de um tempo fazendo força meus braços começam a machucar e cortar muito. Eu sei que não irão me soltar então fico bem quietinha no meu canto.

Depois de um tempo fazendo força meu braços começam a sangrar e escuto a doutora dizendo que saiu a cabeça e mais uma força escuto um choro, o choro mais lindo que já ouvi.

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