Pov Josh Beauchamp
Estamos no carro indo pro hospital, e eu estou muito nervoso, tipo muito mesmo, Any está falando e falando sem parar, rindo, o que foi que eu perdi.
-Josh: você está bem?- pergunto quando paramos no sinal.
-Any: eu ainda estou com medo mas tive um sonho que me tranquilizou, você estava nele mas de longe, nossos filhos estavam e tinha um homem que disse que tudo ficaria bem e nossos pequenos disseram que eu ia conseguir.
-Josh: fico feliz, não quero que se assuste com minha pergunta- ela assinto- não está nervosa que duas crianças vão sair de você?
-Any: estou, mas eu sei que você vai estar do meu lado. Acho que é normal ficar nervoso ou ansioso mas se você puder acelerar esse carro eu te agradeço.
Acelero o carro e não demora pra chegarmos, entrego os documentos da Any alguns exames do pré-natal e fomos pra um quarto onde deixamos as malas e uma enfermeira foi levar as roupas pra gente trocar. Any está usando um sutiã de amamentação e uma camisola do hospital, o cabelo estava preso em um coque frouxo eu coloquei uma camiseta e calça do hospital, uma touca e tipo uma touca nos pés.
-Josh: estou ansioso- abraço ela por trás.
-Any: você está tão lindo com essa roupa- fala apertando minhas bochechas.
-Enfermeira: vamos?
-Any: vamos.
Segurei sua mão e fomos pra sala de parto, o parto vai ser normal por isso fomos pra um quarto maior, tinha uma banheira, um banheiro enorme, uma bola de pilates, uma maca, uma cadeira e aqueles negócios de segurar por todas as paredes. Dra. Roberta estava lá com duas enfermeiras.
Ela faz perguntas pra Any e eu fico meio boiando, ela está com 8 de dilatação mas a bolsa não estourou. A doutora perguntou o que ela queria primeiro e ela foi pra banheira com água quente. A enfermeira coloca um negócio na barriga que deu pra escutar os corações.
Demorou cerca de 30 minutos pra bolsa estourar e começamos a esperar. Any ficou andando pelo quarto, ligou de vídeo pra mãe dela que estava na recepção junto com a maioria dos nossos amigos.
Depois de um tempo que pra mim foi uma eternidade minha mulher começou a sangrar e a doutora disse que é normal, Gabrielly não queria sentar ou deitar de forma alguma.
-Any: será que vai demorar- pergunta chorando.
-Dra. Roberta: não elas logo estarão aqui- vou até ela e a abraço.
-Josh: elas já vão estar no nosso colo, isso é loucura.
-Any: Josh tá... tô sentindo descer alguma coisa- eu olho pra doutora e ela sorri se aproximando e me puxa pra baixo também.
-Dra. Roberta: tem uma vindo- fala olhando pra Any que agora está apoiada em uma parede fazendo força- consegue segurar?- pergunta pra mim que só assinto.
Ela vai mais pro lado pra eu ficar no centro, eu estava completamente sem reação, saiu primeiro a cabeça e depois eu segurei minha filha no colo, as lágrimas saiam como numa cachoeira e a Any também chorava, corto o cordão e entrego minha filha pra médica e me ajoelho pra segurar a outra, e depois de 2 minutos ela saiu também, entreguei ela pra Any que foi sentar e a médica me entregou a outra já enrolada num pano branco, elas choravam tão fofas, eu intercalava o olhar entre elas, minha mulher e eu chorávamos como nunca antes, ficamos horas assim.
[...]
Estávamos no quarto, já tinha trocado de roupa e as meninas também, estou segurando a mais velha, Bia, enquanto a Nat está mamando, eu ainda estou sem acreditar o que aconteceu.
Minha mãe e meus sogros entram no quarto minutos depois pra conhecer as netas.
Entrego Natália pra minha sogra e vou abraçar minha mãe.
-Úrsula: parabéns meu filho- fala com a voz embargada.
-Josh: mãe eu fiz tudo, eu fui o primeiro a segurar as duas, eu estou tão feliz- digo chorando.
-Úrsula: que surpresa meu filho, foi muito corajoso- fala secando minhas lágrimas.
-Marcelo: como vão fazer pra não trocarem elas?
-Any: acredite pai nós já sabemos diferenciar- fala sorrindo.
-Priscila: mas elas são idênticas.
-Josh: extinto de pais? Talvez.
-Marcelo: infelizmente teremos que ir porque tem uma gangue lá fora que nos ameaçaram pra não demorarmos então temos que ir- eles se despedem e sai.
Não demorou pro corredor ser preenchido por um monte de falas, eu olhei pra Any e ela sorria da briga dos nossos amigos atrás da porta. Fui até a porta e abri assustando todos eles.
-Any: falem baixo, eu sei que é difícil mas fazem um esforço.
-Noah: meu Deus são iguais.
-Heyoon: não é atoa que são GEMÊAS né.
-Sofya: quem é quem e quem é mais velha?
-Josh: essa é a Nat- aponto pro colo da Any- e essa é a Bia- olho pra pequena nos meus braços.
-Any: e Natália é mais velha, 2 minutos.
-Sina: como foi o parto, estou com medo?
Sina e Noah estão grávidos, de 5 meses, estão esperando um menino, eles ainda não decidiram o nome.
-Any: eu não vi praticamente nada, só senti dor e elas saindo, pergunta pro Josh ele que fez tudo- todos olham pra mim assustados- sim, ele que pegou elas primeiro.
-Bailey: meu Deus e como você conseguiu? Eu ficaria muito nervoso.
-Josh: e você acha que eu não fiquei?- pergunto incrédulo- elas tinham acabo de sair estavam com sangue e lisas imagina minha cabeça, o medo de derrubar, eu parecia uma vara.
Eles ficaram ali um tempo com a gente, pegaram as meninas e depois foram pra casa porque já estava tarde. Ligamos pro Lipe e amanhã ele vem conhecer as irmãs.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Injustice
RomanceUm assassinato Uma mulher inocente Uma estadia sofrida Uma coisa boa nisso tudo Any Gabrielly era apenas uma mulher e de uma hora pra outra era uma assassina. Sua família não tinha noção de onde ela podia estar, ela estava bem por um motivo, seu...