-Pai eu queria te mostrar uma coisa..
-Agora não filho!
-Pai eu fiz um desenho nosso, a gente pode colocar em um quadro, o que o senhor acha?
-Acha mesmo que vamos pendurar essa coisa horrorosa na nossa sala?
-Ahh-h, bem..
-Faça algo produtivo, não isso! Porque não vai tocar violino?
-Pai, eu já toquei o dia inteiro, estou cansado.
-Então procure algo pra fazer que não encha meu saco, não vê que estou trabalhando? Eu tenho uma empresa pra gerir.
Meu pai só se preocupava com trabalho e em ganhar dinheiro, as únicas vezes que eu conseguia perto dele, ele me mandava sair.
-Ok, mais uma vez!
-Chega Virgínia, eu não aguento mais tocar piano, meus dedos estão dormentes e avermelhados ( digo num desanimado ).
-Você toca tão bem Pietro.
Suspiro entediado.
-Bom vamos aos seus horários:
Ela começa a ler um caderno.
-2 horas você tem esgrima, ás 4 você tem Muay thai, depois temos uma pausa para o lanche e você volta com a aula de pintura..
-Chega! ( bato no piano com força ).
-Quando irei comer na mesa com vocês? Quando é que vou sair com meu pai? Eu odeio esse lugar, EU ODEIO VOCÊS!
-Pietro! Senhor Pietro por favor, volte!
Saio correndo o mais rápido que posso e me escondo dentro do guarda-roupa e minha mãe, com as mãos nas orelhas, tampando os ouvidos.
"Eu vou fugir, eu vou para um lugar onde ninguém vai me encontrar! Eles nem vão sentir minha falta".
Escuto a se porta abrir depois de um tempo, ouço também algumas risadinhas vindo na minha direção.
Com o coração disparado, observo uma movimentação estranha pela fresta do armário.
Uma garota com roupa escolar, o que parecia ser uma adolescente, senta no colo de meu pai.
Ele estava passando a mão pelas pernas dela.
"O que o papai tá fazendo? Quem é essa garota?"
Ele começa a fazer movimentos estranhos nela, e ela começa a fazer alguns barulhos que me causam calafrios.
Mas eu não consigo parar de olhar.
Aos poucos ele vai tirando algumas peças do corpo da jovem, e ela esbanja um sorriso largo.
"O que é isso que eu estou sentindo?"
Meu corpo começa a esquentar e algo lá em baixo, começa a pulsar em mim.
Quanto mais ele a aperta. Mais ela faz barulho.
Eu olho para mim mesmo, e ponho minha mão no short. Sinto meu membro pulsar.
"Meu deus, como cresceu assim? Será que é normal?"
Eu passo a mão de leve por cima dele, na tentativa de abaixá-lo. Mas acabo sentindo uma sensação boa, ao mesmo tempo incômoda.
Porém persisto com o movimento.
Aquilo começa a me deixar em um completo êxtase.
"Isso é.. bom-m".
De alguma forma os gemidos daquela garota fazem com que eu acelere o movimento.
É como se meu corpo pedisse por isso.
"Será que eu estou doente?"
Aquela garota parecia subir e descer em cima de meu pai, como numa gangorra, ele não estava se incomodando, pelo contrário o papai estava.. gostando.
"O que-e está acontecendo, eu não consigo parar de olhar".
Neste instante, um líquido pegajoso sai de mim involuntariamente.
-AHHHHHHH!
Eu solto um berro.
"Que que..é esse catarro branco? Meu deus eu tô doente mesmo!".
Lágrimas começam a descer de meu rosto e eu automaticamente levo a mão na boca, para abafar o choro.
"Será que eles me escuraram?".
A porta do guarda roupa se escancara e a garota me lança um olhar fuzilante.
"Ela me.. descobriu-u".
Seus olhos se fixam na minha mão.
-Eu posso-o, eu.. eu posso explicar..
-Você é um garoto muito safado e sujo! ( sua expressão demonstra o quão enojada ela está ).
-Eu não sei o que é isso moça, eu juro..
-Você bate punheta e não sabe o que é? Muito espertinho você!
Ela olha para fora da porta como se esperasse alguém vir.
Fico apavorado.
"Ela não acredita em mim".
-Não sabe o quanto isso é sujo? O quanto está sendo pervertido? seu nojento! Sua mãe nunca te ensinou que isso é errado!
Ouço os passos dos calçados de meu pai.
Ela briga comigo, e minhas lágrimas saem descontroladas.
-Eu tô com medo moça, não conta, pro meu pai..
-Tarde demais ele já sabe.
Meu olhos saltam.
-Limpa essa mão seu nojento!
Meu pai chega perto dela e me olha incrédulo.
-O que faz aqui? Já mandei você não entrar neste quarto, seu moleque! Você não está na sua aula de piano? Cadê sua babá? VIRGÍNIA!
-Pai..
-Você viu alguma coisa? ( ele interroga ).
A garota faz um sinal de silêncio pra mim
-N-não..
-Você ouviu não ouviu?
A garota volta me encara com um olhar medonho.
-Ah-h eu ouvi pai, mas... não sei o que era..
Ele suspira aliviado.
-Se você conta pra sua mãe, eu te bato!
-Não vou contar eu-u, eu... prometo!
-Vamos! Saia já daí, onde já se viu ficar entrando no quarto sem permissão, te dou tanta coisa pra ocupar seu tempo e ainda não é o suficiente?
Meu peito dói, dói muito, e minhas lágrimas não dão trégua.
Meu pai me arrasta para fora do guarda roupa feito um bicho impossibilitado de se mover.
É como se minhas pernas travassem.
Ele me põe de castigo e depois de um discurso de duas horas, ele acaba culpando a babá também.
Virgínia me bateu depois disso. Ela descontou sua raiva e o discurso de ódio de meu pai, em mim.
Eu não podia contar para o meu pai, mal o via e nem chegaria perto.
Aquela adolescente frequentava nossa casa e já seguia para o quarto com meu pai, direto.
Eu escutava barulhos atrás da porta, e eu sabia.. sabia que não era certo.
Só de pensar naquilo meu estômago embrulhava.
Em um almoço em específico, numa tarde ensolarada onde minha mãe se encontrava, a jovem decidiu se juntar a nós numa refeição.
Minha mãe estava sentada na minha frente, e a garota barulhenta, sentada do meu lado.
Meu corpo estava travado, não conseguia nem sequer mover um talher.
"Se eu falar algo posso morrer."
Meu peito voltava a doer.
A mão da garota se pousou da minha perna antes que eu percebesse.
-Como você se chama?
Minha mãe sorri pra mim
-Diga a ela
"Minha mãe sempre tratando bem os estranhos".
-Pi..Pietro
-E quantos anos tem?
Sua mão começa a ficar inquieta embaixo da mesa.
-10.. 10 anos.
Meu pai corta violentamente o pedaço de carne e o devora.
"Eu vou muito morrer".
Engulo seco.
O almoço segue, e ela parece se entrosar com minha mãe.
Logo todos acabam de comer e vão se retirando ao poucos da mesa, ficando apenas nós dois.
-Tenho uma proposta pra você. ( ela fala perto de meu ouvido ).
-Já que você é um loirinho bonitinho, e parece ser um garoto doce.. vai aceitar não vai?
Ela pega no mesmo lugar que toquei aquele dia só que com mais precisão.
Meu corpo salta como se eu levasse um choque.
-Olha só.. já tá ficando duro, que fofo. Você gosta disso não gosta?
Aquele sorriso dela me amedrontava.
Meu rosto começou a queimar, como um molho quente na panela.
-P-Para por favor..
-Seu pai não sabe ainda..
De certa forma aquela notícia parece boa.
Ela continua mexendo por cima da minha calça, sem ao menos perguntar se estou querendo continuar.
-Se você se comportar e fazer tudo o que eu mandar, não conto pra ele que você se masturbou vendo a gente.
Eu fico paralisado olhando o copo de Uísque na minha frente.
As gotas daquele copo começam a escorrer, como se ele sentisse a mesma pressão que eu.
-Aposto que seu pai não é tão gostoso quanto você.. ( ela sussurra no meu ouvido ).
Ela morde o lábio.
-Que tal irmos para um lugar reservado e eu te mostro o quão sujo é o que você fez.
Eu a obedeço, com medo de que ela contasse para meu pai ou para minha mãe.
"Eu queria a atenção deles, é isso estragaria tudo, não quero ser um menino mal".
Ela me manda subir na de mesa de madeira, perto do relógio antigo no escritório do papai.
Abre minha calça e desce com seu rosto.
Meus olhos não acreditam no que veem, eu só consigo ficar parado. Meu inteiro se encontrava travado.
-Vou mostrar o quanto você é sujo!
Ela coloca a boca, engolindo praticamente o meu membro por inteiro, a boca dela é grande e a saliva dela é quente.
A garota faz movimentos com a boca olhando pra mim.
-Olha o quanto você é sujo! Nojento não é? Porém delicioso, tão pequeno ainda..
A boca dela sai baba e minha parte debaixo fica molhada com a gosma da boca dela, aquilo me enoja.
A menina coloca o cabelo para trás e novamente prossegue com o movimento.
-P-para por favor, é estranho, eu não tô me sentindo bem..
-Ah! Você vai chorar, é sério? Cadê a sua carinha fofa de tesão quanto bateu uma pra mim aquele dia, hã?
-Eu não sei do que você está falando, por favor.. só pare..
Ela sorri para mim e continua, pouco se importando com o que eu disse.
Eu afasto sua cabeça, mais é inútil.
Quanto mais eu tento empurra-la, mais ela ri e me chupa.
-Não-o tem graça.. para de rir!
Começo a espernear, agoniado.
-Vai ejacular na minha boca não vai?
-Eu quero a minha mãe...cadê a minha mãe?
Começo a chorar desesperado e ela me pede silêncio.
Ponho a mão na boca depois de lembrar que ela pode contar.
E então ela segue fazendo aquilo com a boca.
Meu corpo está treme e eu não consigo fazer nada.
-Olha pra mim Pietro!
Meus olhos marejados forçam a olhá-la!
Ponho minha mão na boca pra afagar o choro.
-Você me deixa excitada quando olha pra mim assim, sabia? Tão fofo..
Ela se levanta e tira a roupa com a maior tranquilidade.
Eu viro o rosto automaticamente.
-Olha pra mim Pietro! Não tire os olhos de mim. Nunca!
Ela tira suas peças uma a uma.
-Quer tocar nos meus seios?
-N-não.. não
Balanço a cabeça num sinal negativo enquanto falo.
-Toca..
Engulo seco e com minhas mãos trêmulas faço o que ela manda.
Ela pega minha mão e pressiona com força.
"É macio e quente".
Meu coração acelera a medida em que ela vai descendo minha mão até sua parte de baixo.
-Quer ver aonde o seu pai estava pegando? Quer ver sua mão entrando?
Eu não consigo parar de olhar pra ela, eu tinha curiosidade e medo. Aquilo me espantava mais ao mesmo tempo era novo.
Virgínia entra e meu sorriso se estampa.
"Estou salvo, ela descobriu, vai finalmente mandar essa menina embora".
-Olha só uma reunião íntima e não me convidaram..
-O-O quê? ( olho sem entender para as duas que parecem sorrir uma para outra )
"Elas são amigas? Desde quando? Porque a babá tá do lado dela?"
-Virgínia me ajuda!
Sei que é uma tentativa fracassada de pedir ajuda, mas tento mesmo assim.
-É claro que eu vou te ajudar ( sua voz soa maldosa ).
Minha babá passa a mão bagunçando meus cabelos e me da um beijo entre a bochecha e o olho.
-Quer brincar com ele? ( a garota morde o lábio).
-Quero! ( Virgínia responde entusiasmada )
-B-Brincar?
"Como assim? A Virgínia cuidava de mim.. não, não pode ser".
-Não achei um boa noite Cinderela ou algo assim mas.. achei isto!
Virgínia mostra uma garrafa com líquido marrom.
"É o uísque do meu pai".
-Olha só é dos bons ( Virgínia cheira o vidro e ri sozinha )
-Abre a boca bonitinho!
O cheiro era forte e me fazia contorcer o nariz.
A garota de meu pai, puxava meus cabelos com força para trás, na tentativa que eu abrisse a boca.
-O gosto no começo é ruim, mais você se acostuma, vamos abra a boca. Seja um bom menino!
Ela vira a garrafa na minha boca contra minha vontade.
Eu começo a tossir, minha garganta queimava, "Realmente era muito ruim quanto o cheiro".
Elas enfiavam mais e mais enquanto riam.
-Isso bebe tudo, é como uma mamadeira, não é?
Virgínia da um tapa na minha cara, e eu a olho torto.
-Isso dói!
-Olha só cadê aquele olhar fofo de antes, acha que pode me deixar com medo? Tá bravinho, tá?
Ela me dá outro, e depois outro.
Aquilo faz crescer uma raiva dentro de mim.
-Desistiu de chorar ou não tem mais lágrimas? ( Virgínia debocha ).
"Aquele tapa ardia, mas não era nada comparado aquela risada nojenta, porque elas riem tanto? Não tem graça".
-Uiii que cara de mal.. ( a garota começa a me tirar do sério )
-Ele não gosta de tapa.... tadinho, né? ( Virgínia agarra com força meu queixo ).
-Desfigurar esse rostinho é uma judiação.
-Olha pra mim Pietro! ( a outra me obrigava o tempo todo a olhar pra ela ).
Eu estava zonzo, meu corpo chegou num estado que não respondia mais aos meus comandos, eu estava lento.. tudo passava em câmera lenta, até que ficou tudo escuro.
Eu apenas sentia um peso em mim e alguns.. gemidos.
Passado alguns dias decidi finalmente contar aos meus pais, mas os peguei brigando. Estavam dizendo em alto e bom tom, que eu era adotado, estavam decidindo com quem eu iria ficar, e eu que gerava muitos gastos.
Eu arregalei meu olhos.
Aquilo não fazia sentindo. Isso não podia acontecer, eu não pedi que me colocassem em mil aulas, ou me enchessem de coisas".
Meu pai dessa vez aumentou seu tom de voz, e aquilo fez meu coração pulsar mais forte.
Ele pegou uma garrafa e meus olhos focaram naquilo.
Um choque percorreu meu corpo no mesmo instante. Meu coração parecia sair pela boca.
Em um piscar de olhos corri na direção deles como se algo me empurrasse para ir até lá.
Ele ameaçou dar uma garrafada em minha mãe, e meu corpo num impulso se pois a frente mais rápido do que eu podia imaginar.
A garrafa acabou atingindo minha cabeça.
Eles ficaram espantados, ao ver líquido vermelho escorrer no meu rosto.
Tudo ficou mudo e embaçado.
Parecia loucura mais eu fiquei feliz, além de ajudar minha mãe, eu.. ganhei a atenção.. deles que eu tanto queria.
Depois disso não lembro mais de nada.
Com a cabeça enfaixada sentado no balanço de um parque, espero a volta de Virgínia que conversava com meus pais sobre o ocorrido.
Uma menina chega até mim com um jeito meio tímido, porém sorrindo.
-Está machucado?
Não respondi.
-Cadê seus pais?
Também não respondi.
-Meu nome é Katharina, mais pode me chamar de Tina, todo mundo me chama assim
-Eu tenho dois nomes sabe ( ela me diz baixinho ).
-Tanto faz ( faço cara de poucos amigos ).
Virgínia chega com um algodão doce.
-Adivinha só? Você vai morar comigo! Olha que bacana!
Minha cara vai no chão.
-Falei com os seus pais e eles aceitaram mais rápido do que pensei, eles me consideram uma ótima cuidadora.
"No fim.. não mudou.. nada? O que eu fui pra eles? Como minha mãe aceitou isso?".
Meu peito volta a doer as pontadas se tornam violentas.
-Tia, ele vai morar com a gente? ( a menina de ruiva pergunta ).
-Tia? ( pergunto surpreso ).
-Eu gosto de adotar crianças abandonadas sabe? ( Virgínia diz animada ).
Olho assustado para a menina que me lança um sorriso positivo.
"Ela sabe quem é essa mulher de verdade?".
Apartir dali eu entrei pra um lugar chamado Irmandade, senti um frio na barriga ao passar por aquele portão.
Como se algo fosse mudar drasticamente.
O que parecia ser um lugar de repouso era mais um treinamento militar pra crianças.
"Como cheguei a tal ponto?"
Todos os dias eu ia até aquele maldito portão, na esperança de meus pais me buscassem.
Mais ninguém nunca apareceu.
A dor da perda e a revolta me consumiam, comecei a alimentar sentimentos estranhos.
Até que avistei Tina me olhando de longe, no horizonte, num pôr do sol.
-Eu quero testar uma coisa..
Ela se aproxima.
-Uma coisa? Que coisa? ( Tina pergunta tímida ).
Eu já estava próximo dela, durante esse período.
-Você já se sujou alguma vez?
-Quê?
-Quem sorri assim é porque já se sujou!
-Eu não rolei na lama ( ela se explica fazendo careta ).
-Vem cá, você é burra? ( digo sério ).
-Eiii! Você é um garoto muito confuso, fala coisas sem sentido, eu hein!
-Você que é burra e não entende!
-Quis perguntar se alguém já te tocou, lá embaixo..
Ela fica vermelha.
-Não. Eu nem sei, o que é isso?
-Nunca fez? Então porque ri o tempo todo?
-Porque eu sou feliz e você é maluco!
Me levanto.
-Pessoas não deveriam sorrir assim.
Ela faz bico.
-Porque você usa esse cachecol? ( Tina pergunta aleatoriamente ).
-É da minha mãe. ( respondo seco ).
-Você usa até no calor, que esquisito!
Reviro os olhos.
-Eiii! ( ela exclama com a cara emburrada ).
Tina me dá um soco no ombro mais aquilo não causa nada.
-Já que eu sou burra então me mostra o que tanto é esse "sujo"?, talvez eu sabia o que é, se você me mostrar.
-Quer mesmo? ( levanto uma das sobrancelhas ).
-Se for pra você parar de me chamar de burra..
Nós dois nos mantemos em silêncio por um tempo, até que surge um homem de preto nos chamando para entrar.
-Amanhã ás 10! ( digo a ela antes de correr ).
-10?
Saio correndo.
-Eiiii, espera aí! Pietro! Aí esse menino..
No dia seguinte, no horário marcado, avisto Tina.
Assim que Tina me vê, ela toma um susto.
-Achou que eu não viria? ( respondo num tom desafiador ).
-Eu tô preparada! ( ela diz determinada ).
-Que bom que não está com medo de mim.
-Eu já convive com pessoas muito mais malucas que você, pode apostar ( Tina sorri confiante ).
Me aproximo dela. Coloco o cabelo dela para trás.
-Vire de costas!
-É sério?
-Faça o que eu mando!
Ela ri sem graça.
-Tá, né. ( ela obedece ).
Minha mão percorre seu braço lentamente, chegando até sua cintura, levantando o vestido.
-Calma.. o que tá fazendo? ( ela observa curiosa ).
-Te tocando!
Ela ruboriza.
Minha mão chega no meio de sua coxa e segue para o meio de sua calcinha.
-Espera aí..
Ela observa cada movimento meu.
-Minha mãe disse que é errado chegar tão perto dos garotos ( ela diz com a voz preocupada ).
-Talvez ela estivesse certa ( respondo perto de seu ouvido ).
Minha mão finalmente penetra por dentro de seu tecido.
Minha mão parece incomoda-la, Tina fica na ponta do pé.
-Calma...Pietro!
-O que? O que tá fazendo, é errado..( Tina começa a se desesperar ).
-Então você sabe o que é?
-Vi algo..parecido com isso..
-Mais já sentiu?
Começo a movimentar meus dedos e percebo sua expressão no rosto se suavizar.
-Posso colocar?
-Colocar o que?
Eu abro minha calça de forma sútil e encosto meu membro por trás dela.
-Está sentindo isso? ( digo perto de seu ouvido ).
Ela pula pra frente com tudo.
-Isso é estranho, eu tô com medo.
-É assim que começa..
Ela se vira para mim seus olhos encaram meu membro.
-Quer tocar?
Tina parece confusa, mas mesmo assim segue meus comandos.
Ela toca.
-Nossa é duro!
-Isso é porque eu fiquei excitado.
-Eu também fico assim?
-Achei que sabia ( tiro uma com cara dela )
Tina não responde.
-Deita!
-No chão?
Suspiro inquieto.
Coloco minha blusa no chão para ficar mais fácil.
-Deita!
Ela olha pra blusa desconfiada e pro meu corpo.
-Está muito insegura pra alguém confiante.
Ela mostra a língua e eu sorrio.
Enquanto seus olhos passeiam pelo meu corpo, vou tirando toda a calça ficando completamente nu.
-Eu preciso tirar a roupa?
-Precisa!
-Tá bom..
Ela se levanta ficando cara a cara com meu membro.
E seu rosto se encontra mais envergonhado ainda.
Ela tira com muita vergonha suas vestes e eu a ajudo, porque ela se enrosca.
-Desculpa eu não sei fazer isso.
-Eu também não ( solto ).
Tina fica surpresa.
-Sua primeira vez?
Ajudo-a se deitar, antes que pergunte mais coisas.
-É desconfortável.. ( ela se remexe )
-Se você reclamar vai ficar difícil!
Ela ajeita suas costas.
Eu tento ficar em cima dela.
Tina fica parada, intacta da mesma forma que deitou.
E eu afasto uma das pernas dela, para ficar no meio.
-Você tá muito perto.. ( ela vira o rosto ).
Nossas respirações se misturam.
-Mais é assim que é, agora desgruda essas mãos, deixa elas soltas.
-Como?
Suspiro mais uma vez, pego suas mãos entrelaçadas e coloco acima da cabeça.
-É mais ou menos assim ( digo a ela ).
Ela fica apenas observa assustada. E eu Começo a pensar se aquilo vai dar certo mesmo.
-Fica parada!
Procuro onde devo colocar aquilo.
-Tem alguma coisa errada? ( Tina olha preocupada ).
-Eu tô procurando onde encaixar isso.
-Não é só.. passar?
-Não! Tem que enfiar!
Ela faz uma cara espanto.
-E se não sair?
-Aí a gente tem que usar uma serra elétrica
Ela se apavora.
-Espero que não seja necessário ( digo disfarçando meu nervoso )
Seco o suor da minha testa.
-Acho melhor a gente parar, eu tô com medo.
-Eu já te vi pelada e você me viu pelado, se chegamos até aqui, a gente precisa fazer.
-Eu não tenho onde colocar isso! ( ela seca as lágrimas )
Eu vou a tocando com os dedos em regiões diferentes até achar um buraco.
-Achei!
Ela se inclina pra olhar.
-Onde?
-Aqui!
Enfio o dedo dentro e ela vai com tudo para trás.
-Isso dói!
Eu continuo movimentando.
-E agora? ( pergunto ).
-É estranho, mais não tá ruim.
Me aproximo mais de seu corpo, e posiciono seu quadril.
-Acho que você tem que abrir mais..
Ela segura suas pernas e espera os próximos movimentos.
Aquilo faz meu abdômen formigar.
Assim que consigo encaixar. Vou tentando empurrar.
-É apertado...( franzo a testa ).
-Arde! ( ela se contorce ).
-Tá ardendo?
-Hummm ( ela solta ).
-Achei que seria bom, mais tá sendo horrível.( digo decepcionado ).
-Não entra, não vai entra!
Passo a mão na testa mais uma vez.
-E se eu sentasse talvez vá ( ela sugere ).
-Pode ser ( concordo ).
Invertemos as posições e eu a seguro pra que ela tente.
-Tá entrando? ( ela pergunta )
-Num sei. Se doer você sabe.
Ela vai fazendo cara de dor.
-Meu Deus não vai nunca! ( Tina fica indignada ).
Eu a seguro pela cintura e empurro seu quadril para baixo.
-AH-HH.. ( ela solta um grito ).
-Foi? ( olho para baixo ).
Ela começa a chorar.
-Tá doendo muito!
-Então tira!
-Não sai!
-E agora?
-Talvez se a gente se movimentar sai ( ela sugere novamente ).
Coloco os braços apoiados na blusa que coloquei no chão, enquanto ela sobe e desce.
-Não tá tão ruim agora..
Eu observo como meu membro entra e sai dela.
Fico hipnotizado com aquilo.
-É.. tá ficando diferente, parece que ele tá ficando maior.. ( sua expressão vai mudando ).
-É...( digo já excitado ).
Seguro seu quadril com força enquanto me remexo dentro dela.
Tina automaticamente abre a boca, como se ela estivesse aliviada.
Faço Tina ir mais rápido e ela começa a soltar gemidos involuntários.
-Tá gostoso agora, né? Safada! ( Aperto seu quadril )
-É estranho-o ele tá.. crescendo ( sua voz fica cansada e seu corpo começa a aumentar a temperatura ).
-Vai mais rápido! ( imponho )
Ela da tudo de si e olha pra mim colocando a língua pra fora.
-Parece um cachorrinho... faz o cachorrinho de novo faz.
Ela continua com a língua pra fora.
-Ah-h... Pietro o que é isso-o, será que eu vou morrer?
-Isso que é sujo.
-Sujo-o..
Ela cavalga em cima de mim por vontade própria.
-Eu te sujei também ( sorrio pra ela com olhar pervertido ).
Um líquido sai de dentro de mim, e jorra nela
Tina olha pra baixo e em seguida no fundo de meus olhos.
-O que é isso? ( ela questiona ).
-É salgado
Passo na minha mão e mostro pra ela.
-Prova!
Ela lambe minha mão .
-É mesmo-o..
-Quer mais.
Eu seguro meu membro e mostro pra ela
-Tem muito mais aqui.
Tina fica surpreendida.
-Qual a sensação? ( pergunto pra ela ).
-Parece que corri bastante, e eu pensei que fosse morrer, mais não foi tão ruim.
-É gostoso quando isso sai de mim, me sinto aliviado. ( brinco com o liquido branco pegajoso ).
-Parece uma amoeba!
-Eu tenho isso ( ela menciona desapontada ).
-É porque você não é suja, agora que você ficou suja, você vai ter.
-Vamos fazer de novo pra ver se sai mais ( ela se empolga ).
-Eu não sei quanto eu posso fazer..
Ela sobe em mim de novo.
-Vamos descobrir.
Depois de umas 4 vezes nós paramos exaustos.
-Nossa como você consegue solta tanto disso? ( ela diz impressionada ).
-Cara isso cansa, parece que tão sugando minha alma ( desabo ).
-Tô com frio agora... ( ela esfrega se abraça ).
Me levanto e decido colocar meu cachecol nela.
-Acho que isso vai te proteger do frio.
Ela sorri.
-Mais é da sua mãe.
-Pode ficar. E também é pra mostra que você é minha, ouviu?
Ela acena que sim com a cabeça.
-Só eu posso te tocar.
Ela concorda.
-É uma promessa ( estendo meu dedinho a ela e Tina também estende a dela ).
-Eiri! Eiri!
Escuto uma voz de fundo me chamar.
"É a voz de Irina".
Ponho a mão em meu cachecol.
"Merda porque eu ainda tenho isso, deveria ter jogado fora, isso me trás lembranças que quero esquecer".
Luka vem em minha direção.
-Você tá aqui nesse túmulo de novo? Já não se despediu da Tina, acho melhor você deixar ela descansar em paz.
-Talvez.. ( aperto o cachecol ).
-Eiri eu vim te resgatar, Irina tá preocupada que você não voltou.
-Eu tive um longo sonho, e a voz da Irina me acordou..
-Você e suas neuroses, vamos, levanta daí!
Meus olhos seguem fixados na terra, como se minha mente estivesse fora do ar.
-"Eiri! Quase me esqueci
Ela me estende um tecido.
-Seu cachecol!
-É sério isso? Dei pra você quando tínhamos 10 anos.
-Tô devolvendo ( ela sorri ).
Ela enrola o cachecol em mim.
Luka se afasta e nos observa a distância.
-Eu não me arrependo da minha escolha, assim como eu não me arrependi de ter feito aquilo com você no passado.
-Esquece isso, aquilo foi uma merda!
-Pra mim foi divertido, e me marcou, assim como esse cachecol.
Ela passa a mão pelo seu próprio pescoço como se tecido estivesse ali ainda.
-Achei que tivesse jogado no lixo. ( digo neutro ).
-Deixei guardado em minha gaveta, recordações devem ser guardadas e não descartadas.
-Não precisa morrer agora, se não quiser.. ( solto ).
-Eu tô tranquila Eiri, é minha missão.
Desvio o olhar pra outro lugar
-Tá tudo bem, somos todos fiéis a você Eiri, seu pedido é uma ordem.
-Está disposta a se explodir por causa de um plano idiota?
-Sim.
Minha boca se fecha.
-Não tem lugar mais pra mim na sua vida, fico feliz que encontrou a Irina..
Continuo olhando para outro lugar
Ela põe a mão em meu peito.
-Se for pra sua liberdade, eu farei.
Tina volta a sorrir.
-A Irina fez uma coisa que não consegui..mudar você, ela te transformou num homem..
-Porque tá me dizendo essas coisas.
-Porque essa será a nossa última conversa Eiri.
Meus olhos a encaram.
Ela começa a chorar
-Seja forte..se torne o homem que ela sempre quis, e cuide da nossa filha.
Meus olhos se enchem de lágrimas.
-O que a gente viveu foi real Eiri, mais agora é passado e eu espero que você seja feliz de verdade com ela. Quero que se liberte desse seu passado e que você viva uma nova vida.
-Tina..
Ela tampa meus lábios com os dedos.
A lágrimas de seu rosto disparam ao mesmo tempo em que ela sorri.
-As 10 então?
Eu balança a cabeça num sinal de não.
Luka põe a mão em meu ombro.
-Você vai me esperar, então?
-Não. Você precisa ficar com ela ( Tina sorri ).
-Porque essa é sua missão Eiri.
Luka me dá uma leve sacudida no ombro.
Os membros do esquadrão ficam todos cabisbaixos.
-Vamos Eiri ( ele me puxa pra trás ).
-Eu dei essa missão a você porque, não recusou?
-Porque eu sempre fui sua, Pietro. E eu nunca deixei de amar você, por mais que você não esteja comigo, eu estarei com você!
Ela se afasta ainda olhando pra mim.
-Até as 10 então.."
-Vamos Eiri, já começou a chover.
Luka me sacode.
Ash se aproxima com um o guarda-chuva.
-Eiri, você precisa se levantar.. a Irina precisa de você ( Luka se agacha ).
Continuo com os olhos na terra.
-Eiri você é forte por ter aguentado tudo isso e ainda estar aqui, só precisa aguentar mais um pouco.
-Eu nunca vou ser livre, enquanto eu viver, a Irina não vai ter paz também, porque eu coloquei ela nisso!
-Não pensa assim..
Ash se agacha também.
-Eiri ela escolheu isso, só nos resta m.. aceitar ( Ash diz sobre Tina, numa voz pacífica ).
-Eu fiz da vida dela um inferno e nunca dei a ela uma escolha digna, ela sempre me seguiu como um escravo.
-Todos nós somos escravos de alguém Eiri.
Meus olhos se voltam para Luka.
-Eiri a gente tá aqui com você, seja forte, você tem a mim, o Luka, a Irina ( Ash tenta me animar também ).
-Somos uma família ( ele completa ).
-Não se entrega Eiri! ( Luka põe as duas mãos em meu ombro novamente ).
-Eu não vou ter paz, essas coisas não saem da minha cabeça, e a cada morte, eu sinto o peso da culpa, não tem como Luka..
-Eiri eu sei que é difícil, eu não tô na sua pele, mais morrer não é a solução, se quer mudar alguma coisa, fique vivo!
-O Luka tem razão! ( Ash apoia ).
-Eiri, você saiu com tudo no seu carro aquele dia e quem estava na frente?
-A Irina.. ( digo com a voz falha ).
-Exatamente! Não acha que é a vida te dando outra chance, uma chance de mudar?
Não respondo Luka.
-Eiri, esquece o que ficou pra trás, você pode ser feliz.. você já é feliz.
Suspiro inquieto.
-Você vai ter duas meninas lindas!
-Não é disso que eu tô falando Luka.
Ele se cala.
-Sempre vai ter gente querendo me matar. E essas memórias do meu passado não vão sumir, não é tão simples!
-A gente tá aqui pra te ajudar, você vai se mudar pra um lugar distante e vai ser feliz!
-Feliz fugindo Luka?
Luka suspira.
-É difícil conversar com você, você não dá brecha, e é muito pessimista!
-Sou realista!
-Gente a chuva está ficando forte! ( Ash alerta ).
-Então Lute!
O encaro sério.
-Lute Eiri, até o fim, se você não tem um motivo pra viver, então viva por ela!
-Luka para com isso! ( Ash se preocupa ).
Sinto a mesma sensação de choque daquele dia em que entrei na frente de minha mãe para protegê-la.
"O que tá acontecendo?".
-Eiri eu sei o que faz seu coração bater mais forte, eu sei o que é esse instinto.
-Você sentiu isso uma vez.
-Para Luka! ( Ash fica assustado ).
-Você precisa ter alguém pra proteger! Você nasceu pra isso! Assim como foi com sua mãe, assim como foi com a Tina, agora está sendo com a Irina! TÁ NO SEU SANGUE!
Luka bate no próprio braço.
-Agarre-se a motivo, e viva por ela!
-Luka já chega! ( Ash puxa Luka para trás ).
-Enquanto a Irina viver, você precisa ficar vivo, para protegê-la. Lembre-se disso!
O choque percorre todo meu corpo como uma descarga elétrica.
-Essa é a sua missão Eiri!
No mesmo instante que o choque fica mais intenso, eu olho para Luka.
-Agarra-se a isso, e eu levarei o esquadrão para inferno comigo.
Ash arregala os olhos.
-Isso é loucura? Que promessa doida é essa?
Luka baixa sua cabeça diante de mim com um sinal de reverência.
-Eu vou ser a ponte pra sua liberdade. Então viva por ela!
Nesse instante o telefone de Ash vibra.
-É a Irina...
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IRMANDADE
RomanceÉ continuação da obra "Eu não sou ele!" e também a fase final de toda a saga. A história gira em torno das gêmeas karen e karina. E sobre os mistérios por trás da organização de assassinos a "Irmandade", liderados por Lambret Kaiba. Eiri terá que re...