Nem sempre palavras resolvem uma situação

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Irina

Visto apressadamente minha saia de couro e baixo minha blusa de frio com pelinhos rosa. Ponho minhas botas de cano curto rápidamente.
Eiri está transtornado. E meu coração só falta dar um treco.
"Onde eu fui me meter? O que fui fazer?"
Com a culpa estampada na minha cara, Eiri me olha com desprezo e um certo repúdio.
Sabrina começa a falar.
E ele perde a paciência.
A arrasta para fora do quarto pelos cabelos e a arremeça pra fora.
Ele joga a bolsa dela e uma nota de 100.
-QUE ISSO? SEU ESTÚPIDO!
-Seu trabalho como puta já está pago. Agora cai fora antes que eu te arrebente na porrada.
-DESGRAÇADO, MACHISTA, NOJENTO!
Ela joga o dinheiro de volta e levanta.
Sabrina aplica dois socos em Eiri. E ele dá um chute para afasta-la. Sabrina para com as costas na grade. Fazendo a proteção balançar violentamente.
Fico chocada com a força que ele usou.
"Se fosse comigo eu teria quebrado as ccostelas ".
Mas ela não desiste. E tenta de qualquer jeito atingi-lo até que consegue. Fazer um arranhão imenso em seu rosto.
Eiri a segura pelos braços e ela da uma cabeçada nele. E em seguida um chute no meio do peito e um soco. Sem dar descanso ela da um murro em seu nariz. Fazendo jorrar sangue.
Meu corpo paralisa e algo me diz que as coisas só irão piorar.
"Eiri não vai parar."
Ligo para Ash com as mãos tremendo.
-Eu tentei me segurar mais você não quer deixar.
-Tenho medo, não. Pode vir que eu acabo com você.
Eiri cospe o sangue.
O loiro estourado, começa a bater nela e eu fico horrorizada.
"Ele não está segurando."
-Você vai pra cadeia! ( Sabrina o ameaça ).
-Achei que quisesse ser um homem também. ( ele debocha )
-Desgraçado.
-Pode me chamar do que quiser mais a puta aqui é você.  Não tem vergonha não de pegar mulher casada. SUA IMUNDA!
Ele dá um tapa forte em seu rosto. E mais um. E mais outro.
Hematomas vão aparecendo.
-Tá gostando? Tá gostando? Hein? Sua vadia imunda.
Ela cai no chão.
-Levanta que eu não terminei.
Ele dá um chute nela. E ela o chuta de volta.
Eiri a pega pelos cabelos.
Ash me liga de volta.
-O.. Eiri.... Ele tá batendo em uma menina aqui....
-Onde você tá?
-Em..um..um..motel.
Minha voz sai carregada de medo e vergonha.
"Meu deus eu não sou disso"
-Caralho...mais é óbvio que o Eiri vai socar a cara dela. Vocês ESTÃO NUM MOTEL.
-Vem pra cá.. Me ajuda. Eu não sei o que fazer.
Ele continua batendo nela .
-O chão tá com sangue realmente eles tão se matando aqui.
-Não consigo chegar a tempo. Chama a segurança ou melhor atrapalha ele, entra na frente. Desfoca seus pensamentos. Convence ele na conversa.
Começo a chorar.
-Ele não vai parar. .
Desligo e então meu corpo se move sozinho.
"Ou é tudo ou não é nada".
Aproveito uma de suas pausas para puxa-lo pra trás,  entrar na frente dos dois.  E empurro ele Eiri da escada.
Eu mesma me surpreendo com a força que coloquei.
-Eiri..
Vejo ele capotando depois do empurrão.
"Caralho eu fiz isso mesmo?"
-Valeu.
Ela diz com a mão no meu ombro. E eu tiro sua mão.
-Toma filho da puta. Tá vendo! Vai me bate de novo, MACHISTA DO CARALHO. VEM ME SOCAR, SEU MERDA!.
-Seus ferimentos..
-É eu vou passa no hospital por causa desse bosta.
VAI DESFIGURAR SUA MÃE, AQUELA CADELA.
-Chega! Deixa o Eiri em paz, PORRA!
Ela me olha inconformada.
-Chega. Já não teve o bastante.
Ela me ameaça.
-Você é burra ou o que? Você tá do lado desse macho escroto? VOCÊ VIU O QUE ELE FEZ COMIGO?
Eu olho para Eiri caído, que aos poucos se levanta.
-EIIIIIII!
Ela me sacode.
-Não...encosta nela..sua vadia imunda.
Eiri diz num tom cheio de ódio.
E aquilo me tira o nervoso. Meu estresse foi embora naquela frase.
-Eu falo do jeito que eu quiser. E você fica pianinho porque amanhã você vai ver o sol nascer quadrado.
-Você não vai fazer queixa contra ele, né?
Ela ri.
-Mais é óbvio que eu vou. Olha o que esse filho da puta fez? Você é cega?
Olho para Eiri com a lágrima nos olhos.
Ele me olha extremamente puto e sai.
Minha reação é segui-lo.
Sabrina me puxa pra trás.
-SOLTA!!.
-Katharina. Esse louco pode bater em você.  Não vê que ele não quer sua felicidade? Ele é doente.
-Eiri não vai bater em mim. E é esse DOENTE QUE EU AMO.
Solto de seu braço e desço correndo as escadas.
-NÃO VOU MAIS TE LIGAR OUVIU? Eu nunca deveria ter me metido com uma farsante que nem você.
-Pode me bloquear. Não foi bom como eu pensei. Meu marido é melhor.
Vejo Eiri ir até o carro.
-Eiri... Eiri você não deveria ter vindo.
-Primeiro o light, depois o Jordan, agora ela..
-Eiri não é verdade.
-Ah não...?
Ele bate a porta de seu carro.
-Então porque ela tava te tocando?
-Eu chamei por você..
-E era para eu ficar feliz com isso? Você trepa com uma garota e chama pelo meu nome, e eu tenho que achar lindo?  Realmente é lindo tomar chifre.
-Eiri...eu não te chifrei..
-Eu confiei em você.
-Se confiasse em mim, não teria posto um rastreador no meu pulso que destrava somente com a sua digital, certo?
Ele pega meu pulso. E coloca seu dedo indicador na pulseira e ela destrava.
Ele tira o aparelho e põe em minha mão.
Meu loiro irritadiço entra no carro.
-Eiri...por favor..entenda...eu estava num momento delicado...eu..eu..
-Nada justifica.
-Então transa comigo. E você vai ver que meu corpo só reage a você.
Ele coloca o óculos e finge não ouvir, liga o som e aumenta o volume da música.
-Eiri... Eu amo você.
Ele sobe o vidro. Ainda olhando pra frente.
-Eiri...EIRI?
Ele acelera, cantando o pneu, chegando a sair fumaça pelo atrito.
Logo perco ele de vista.
"Onde eu fui me meter..?"
Estressada, chorando na calçada, Ash me encontra.
-Eia? Como você tá?
-Péssima...
-Você errou feio e ele mais ainda por bater em uma mulher.
-Se isso for para os jornais. Já era a carreira dele.
-Irina é com isso que se preocupa..
-É. Eu fui uma idiota mesmo.
-É normal querer se conhecer. Provar outras bocas.
-Mais. Eu fiz por pirraça. Fui rebelde. Quis mostrar pra ele que... que.
Minhas lágrimas não me deixam falar.
-Você foi infantil. Mas quem não faz loucuras pra chamar atenção.
Ele me estende a mão e eu subo em sua moto.
-Bora gravidinha vou te deixar em casa.
Eu me seguro firme. Mas meus pensamentos são intensos.
Eiri não está em casa.
Irie me diz que ele foi para o escritório.
Tomo banho, troco de roupa e vou até ele.
Olho bem para ver se é aquela empresa mesmo.
-Senhorita vou avisar que está subindo.
-Não precisa. Eu sou a mulher dele.
Deixo a moça recepção pra trás e subo pelo elevador.
-O senhor Yukimura está ocupado.
Eu abro a porta mesmo assim.
-Yukimura?
Abro e Eiri está numa sala enorme.
Sua mesa fica ao fundo.
Ele tira os óculos para me olhar.
-O que tá fazendo aqui?
-Ah... Senhor ela não me ouviu e entrou contudo ignorando suas ordens.
Ela se curva.
Eiri diz uma palavra em japonês e ela sai. Falando uma frase também em japonês.
"Que PORRA ta acontecendo aqui?"
-Eiri...
-Senhor Yukimura, aqui você é como os outros.
Eu riu de tão puta que fiquei.
-Porque a empresa tá maior e mais bonita. Os espelhos são azuis e as letras e estão gigantes e prateadas.
Ele assina papéis sem olhar pra mim.
-Eiri..
Fico puta.
-Yukimura!
-É senhor pra você.
"Vagabundo".
-Me responde.
-Sim. Não. Talvez.
-Grrrrrrr...
-Se veio até aqui pra me pedir desculpas pode voltar pra casa.
-Tô perguntando da sua empresa seu animal.
-Daqui 40 minutos eu tenho uma reunião então por favor saia.
Ele resmunga em japonês.
-EIRI!
Jogo minha bolsa na cara dele.
-Isso não é Prada.
-Eu vou te socar.
-Irina sai daqui.
-Não. Qual é dessa empresa agora?
-Nem é da sua conta.
-É. Sim! Até porque se você morre fica tudo pra mim.
Ele me olha frio e aquilo me deixa quente.
Eiri vê que abro um pouco a boca. E então ele liga o mini ventilador de sua mesa e vira pra mim.
-Ah..
-O nome dessa empresa não é mais Foster. Ela se chama Iashida Yukimura. E ela não só editora, mas também responsável por linhas de carros e tecnologia. Envolve tudo. Eu e o embaixador Iashida nos unimos para forma-la.
Minha empresa estava em crise ele a reergueu. Tenho nome e fama. E ele é um dos homens mais importantes e poderosos do Japão.
-Então deu certo.
Cruzo os braços.
-E você não me contou.
-Você também não me contou que trepava com a amiga.
Afasto suas coisas me e sento na mesa. Com meu pé em seu membro.
Ele ergue uma sobrancelha.
-Você vai fica comigo. Entendeu.
-Não tô afim.
-Eu te deixo a fim
Eu puxo sua gravata.
-Sabia que você fica sexy com essa calça coladinha e essa blusa social vermelha.
-Sabia que você sempre foi irritante e chata.
Puxo mais.
-Para. Anda cai embora.
-Você tá louco ora me pega aqui, nessa mesa, eu sei disso.
Ele olha pra mesa.
Vou deslizando sobre a mesa, derrubando os papéis.
-Não..
Ele põe a mão na cara quando derrubo as pilhas de papel.
Eu riu.
-Eu acabei de arrumar sua retardada.
Fico com as pernas apoiada em sua cadeira.
Com elas abertas e expostas a ele.
Eiri vira a cara e fica vermelho.
-Porque tá com vergonha?
-Não tô com vergonha.
Ele fica mas vermelho ainda.
-Perai...você nunca pegou uma menina na mesa do seu escritório?
Ele continua olhando pra lateral.
-MEU DEEEEEEEUS. E enquanto  a Valentina, a Morgana, a Virgínia?
-Tá louca eu nunca peguei a Virgínia.
-E minha irmã?
-Esquece essa porra.
-Eu te trai e você me traiu então.
Posso meu pé sobre o ombro dele.
Eiri ameaça morder e eu tiro.
-Não foi traição. Só..me senti traído talvez. Eu acho..
Sento em seu seu colo.
-Onnnn que fofo..tá com raivinha de mim. Que bom porque estamos quites.
Ele vira a cara e eu a viro pra mim e aperto seu rosto até ele fazer bico.
-Amo quando você é meu submisso.
Ele me observa com os olhinhos brilhando.
-Eu quero quero que você me foda até eu ficar satisfeita.
Continuo apertando sua boca.
-Quero que prove ser melhor que ela.
Ele me levanta e me senta com força na mesa.
Me fazendo ficar um pouco dolorida.
-Lembrando que eu tô grávida, né.
Ele assusta.
-Não, mais tá tudo bem, só vai.
-Medo de quebrar você. 
Ele diz sarcástico.
-Eu aguento.
Digo mandando um sorriso provocador.
No momento que Eiri pega em minhas coxas eu respiro fundo. É como se uma chama subisse de uma vez.
Eu fico ofegante.
-Meu deus Irina mais eu não fiz nada.
-Eu também não sei o que tá acontecendo ( digo baixinho com a voz carregada de tesão )
Ele me olha sério. Mas logo sinto seus lábios me abocanhado no pescoço.
Aquela sensação é o paraíso pra mim.
Cravo minha mão em seus cabelos.
Seguro com a outra na beirada na mesa pra não deitar por completo.
-Solta...
Ele solta minha mão da beirada e me pede para deitar na mesa.
Ele abre a calçar em vez de esperar deitada eu me sento. E coloco minha cabeça em seu peito.
Eiri coloca sua mão em meu rosto de forma delicada e eu cedo ao seu carinho.
Ele tira minha calcinha devagar e aquilo faz meu coração acelerar.
Ele olha pra mim enquanto encaixa seu membro na minha intimidade.
-Hum..
-Tá doendo? ( ele pergunta )
-Não.
Ele vai enfiando e olhando pra mim.
"Faz tempo que não fazemos isso por isso me incomoda tanto."
Ele aperta minha coxa. E depois massageia a minha bunda dando algumas apalpaldas.
Aquilo me derrete.
Ele cola testa com testa em mim.
Eiri não colocou sem membro em mim. Ele o tirou para me dar um beijo caloroso.
Ele pressiona seu pau contra mim.
"Porque Eiri não colocou?".
Ele se movimenta ainda me pressionando. E eu vou ficando cada vez mais molhada.
Olho para ele. E ele está com uma cara séria porém fofa.
Ele me beija mais um pouco.
Dirime pressiona mais contra sua cintura.
É como se ele estivesse estocando e eu solto gemidos baixos.
Me sinto dopada com aquele movimento tão bom.
Ele aproveita e morde meu pescoço.
Sinto arder.
Ele abre mais minhas pernas.
E me toca com mais sem penetrar nenhum dedo.
"É como se ele estivesse estimulando".
-Eiri...
Olho para ele com muita luxúria e tesão.
-Você é bom menino sabia?
Sorrio pra ele.
Eiri apenas me observa como um predador olha para presa.
Ele olha pro celular na mesa.
E olha pra mim.
Ele acelera o movimento e do nada para.
Ele beija minha testa
-Depois a gente continua.
Eiri me desce. E sobe seu zíper .
No mesmo instante aperta um botão de sua mesa e a mesma japonesa de antes entra. Falando que a reunião começou.
Eu nem consigo disfarçar que não estava fazendo nada.
Meu corpo está febril. Estou com calafrios. E o cheiro de Eiri está em mim.
-Porque você não colocou? Eu disse que não tava doendo. . ( minto )
-Eu não queria te machuca, só isso. Não vou pressionar algo que não entra.
Ele organiza a pilha do chão.
Eu fico besta de ouvir isso dele.
-Foi tão ruim assim?
-Não. Só que cada um tem seu limite.
-Eiri. Dava pra botar sim. Você que não quis, sabe que eu aguento.
-Não acredito que você quer discutir sobre isso.
-Você não sabe dos meu limites. Pode botar uma britadeira que eu não to nem ai.
Ele suspira.
-Pode rodopiar se você quiser, meter com gosto. E se eu gritar de dor o problema é meu.
Ele suspira mais uma vez.
-Se tá é puto né que a Sabrina. .
-Katharina na boa. Não oferece o que você não pode dar. Você é uma pessoa que se eu passar uma semana sem te come você se fecha que nem uma ostra. E se eu não for com calma posso arrebentar você por dentro. Não transo na marra e nem forço ninguém a fazer isso. Por tanto eu tô indo aos poucos. Mais se você acha que pra ser macho ou pra satisfazer uma mulher precisa ir contudo, na brutalidade. Desculpa procura um estuprador. Você tá com o cara errado.
Fico estática. Eiri está se preocupando comigo de verdade.
"Até nisso. Porra..."
-Agora vai pra casa. Tenho muita coisa pra fazer.
Fico sem graça em meio aquela explicação e sem dar um piu. Eu saio.

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