Bad Guy [REESCREVENDO]

Capítulo 22

Anabel teve que correr mais rápido e ainda pode ver os outro alunos indo para suas salas. Mas ela precisava achar Billy primeiro. Todos seus materiais para as aulas estava naquela mochila. Não sabia se ia para o estacionamento ou ia para a sala, que pelo que se lembrava era a mesma que a do loiro. Por fim, decidiu ir para a sala.

Seguiu pelo corredor um pouco agoniada pelo calor debaixo daquela blusa mas não queria tira-la e caminhou mais calma até sua sala. Ao longe pode ver Billy encostado na parede ao lado da porta. Era surpresa o professor não ter dado uma bronca nele. Não perdeu tempo em ir até ele e examinando sua figura. Vestia uma blusa por baixo da jaqueta jeans clara e o costumeiro jeans surrado. Em seu ombro estava sua mochila azul de bolso listrado.

—Caramba! Você foi atropelada? – o loiro exclamou assim que a viu.

—Bom dia. Dormiu bem? – retrucou sarcástica com um sorriso idiota.

—Com certeza melhor que você. – respondeu e ela revirou os olhos.

—Certo. Obrigada por trazer minha mochila. – mudou seu tom e esticou uma mão esperando ele a devolver.

—Calma aí. O que aconteceu ontem?

—Billy, vamos entrar. Conversamos depois. – disse sem ânimo.

O maior ainda olhava embasbacado para os hematomas no rosto dela. Era um roxo tão forte como se tivesse passado tinta, mas não havia nenhum inchaço muito aparente. Era como se já  tivesse acontecido a alguns dias, apesar da cor. Mas ele tinha certeza que ela não estava com a boca e o supercílio cortado nos dias passados.

Anabel chegou mais perto para pegar a alça da mochila e sobre seu ombro, Billy viu a situação de suas mãos. Era como as de um lutador que entrou em uma luta sem luvas, se não pior. Tamanha a força que ela deveria ter usado.

—Está tudo bem, Ana? – seu tom preocupado a fez olha-lo de imediato.

—Sim. Não se preocupe.

—Pela sua situação, não parece. – alfinetou.

A menor o encarou e abriu um sorriso divertido apesar de pequeno.

—Deveria ter visto como eles ficaram.

Billy não evitou sorrir também e balançar a cabeça.

De cara o professor cobrou uma tarefa que Ana tinha certeza que não fez já que não estava com seu material no dia anterior. Mas quando abriu a página dos exercícios viu todos eles feitos em uma letra um tanto caprichosa e olhou Billy sentado ao seu lado que já parecia entediado nos primeiros dez minutos de aula. O loiro não a encarou de volta então ela voltou sua atenção a chamada que o professor fazia.

As aulas se passaram um pouco devagar e o loiro não tentou nenhum contato até então. O intervalo chegou e Ana logo buscou sua mochila para pegar o dinheiro que guardou do dia anterior. Vasculhou todos os bolsos e dentro do estojo. Suspirou desanimada e se deitou sobre a mesa cansada demais até para ficar brava.

Sentiu a mão de alguém pousar sobre seu braço coberto e levantou a cabeça.

—O que foi?

—'Tô sem dinheiro. – resmungou chateada.

—Falando disso aqui? – Billy teve a ousadia de tirar algumas cédulas dobradas de dentro do bolso da jaqueta.

—Eu não acredito. – soou incrédula. Ajeitou a postura imediatamente.

—Mas antes, precisamos conversar.

Caminharam com certa pressa para a cantina. Bem, Ana estava com pressa enquanto Billy caminhava como se fosse o próprio dono do lugar.