Capítulo 10

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Billy estava atrás de Anabel enquanto ouviam um sermão do diretor. 

Cindy, a loira que atacou Ana, acusou ela e Billy de terem começado a briga. E ao ver dois alunos desacordados, o diretor não quis saber de muita explicação vinda dos acusados. Ao sair da sala, a loira empurrou a castanha com o ombro,  que se encostou em Billy. Tony ainda virou e sorriu irônico para eles e Billy já não podia se segurar e tentou avançar.

Ana se virou e apoiou as duas mãos em seu abdômen, o deixando afastado deles.

—Deixa isso, Billy. Só vai piorar a situação. – murmurou impaciente.

  Viu seu maxilar trincado de raiva vendo eles indo embora com uma advertência.

—E pra vocês. Suspensão. – o diretor apontou para os dois.

—Diretor, olhe só pra mim. – Ana apelou em um tom manhoso e o mais velho a encarou. – Veja o que fizeram comigo. Eu estava me defendendo. – usou seu melhor tom de mocinha em perigo.

—Você desmaiou dois alunos, Anabel! – ele se exasperou. – Como espera que eu explique isso aos pais deles?

—Me desculpe por isso. – fingiu um tom culpado e arrependido. – Mas o Billy não tem nada a ver. Ele apenas tentou me defender.

—Ele errou tanto quanto você.

—Por favor! Deixe ele ir. – pediu. – Eu comecei a confusão.

O diretor ficou olhando o rosto de Ana que estava vermelho. Até a pouco estava limpando o nariz e a boca que sangravam, além de outros hematomas escondidos pelas roupas. O diretor Reagan suspirou se convencendo com a imagem frágil e mexeu em uns papéis. Logo os estendeu sobre a mesa para que eles assinassem.

—Então fiquem com a detenção. Mas preste atenção, senhorita Henderson. Que isso nunca mais se repita. – mandou sério e ela assentiu.

—Mesmo assim você vai nos enfiar em detenção? Não ouviu o que ela disse? – o loiro resmungou sob o olhar cortante do mais velho.

Ana segurou em uma mão de Billy a apertando tentando passar o recado de que não era para fazer o diretor mudar de ideia.

—Desculpe, senhor Reagan. Não irá mais acontecer.

Prometeu e pegou a caneta assinando seu nome. Estendeu a caneta para o loiro que franziu as sobrancelhas indignado. 

—Pega. – sussurrou e o olhou incisiva.

Contrariado, ele também assina seu nome. Assim puderam voltar as aulas.


—Você hipnotizou o diretor? 

Anabel riu e encarou ele.

—Não.

—Então porque fez aquilo comigo?

—Eu não sei do que está falando. – respondeu distraída e se esgueirou para dentro do banheiro feminino.

Billy a seguiu e viu a menor buscar papel ao lado do espelho.

—Entrou no banheiro errado. – sorriu e molhou um papel limpando o rosto do sangue seco.

Ele se encostou na pia ao seu lado. 

—Eu apanhei por você. Não mereço saber o que você fez? – arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

—O que? – riu e descartou o papel pegando outro. – Quer um beijinho? – zombou tentando desviar sua atenção e Billy se desencostou da pia. Ficou atrás dela e apoiou suas mãos na bancada, em cada lado do seu corpo. Sentia o corpo do maior se encostar levemente no seu.

Bad Guy [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora