Anabel se levantou devagar com a ajuda de Steve que ficou ao seu lado o tempo todo. Caminhou em direção a árvore que a ruiva apontou retorcendo os dedos ansiosa. Nunca precisou explicar o porquê de ser como era. Quando alguém acabava descobrindo, ela morria pouco depois, ou ainda achava que estava delirando como o caso do Jacob. Nunca precisou colocar em palavras, mesmo que tenha dito isso para Dustin antes, ainda era difícil porque seu primo aceitou muito bem a ideia de ser uma bruxa, mas Billy podia não aceitar.
O loiro estava abraçado aos joelhos com a cabeça baixa. Tentou anunciar sua chegada pelo farfalhar das folhas secas, mas ele não se mexeu. Pensou que talvez estivesse dormindo então colocou uma mão em seu ombro.
—Billy. – chamou baixo e logo depois se sentou ao lado dele, mas não muito perto.
Ele levantou a cabeça bruscamente, seu rosto estava vermelho e seus olhos inchados.
—Você...
Ele estava incrédulo, era nítido, então se afastou um pouco apoiando as mãos no chão. Ana já imaginou que aquilo era o primeiro passo para que ele se levantasse e saísse correndo.
—Nem um abraço? – tentou brincar, apesar de estar um pouco nervosa.
—Mas você... Você morreu. – disse baixo e mais lágrimas escorreram de seus olhos. Eles estavam tão vermelhos que suas íris azuis estavam ficando esverdeadas.
—Eu não morri, Billy. Foi só uma pancada na cabeça. – tentou contornar minimizando o caso.
—Você parou de respirar.
—Deve ter sido um choque, nada demais.
—Nada de mais!? – ele limpa o rosto rapidamente com as mãos começando a se exaltar. – Ana, você estava sangrando e ao invés de irmos ao hospital como pessoas normais, estamos no meio da floresta com seus amigos esquisitos depois do Dustin falar em grego como em uma apresentação de escola!
—É honoriano, não grego.
—Sério!? Você só prestou atenção nisso?
—Não e- - parou por um momento. – Me desculpe te preocupar. Eu não queria te causar problemas. Mas não podia deixar você sozinho.
Billy parou por um momento e fechou os olhos. Ana sabia que ele estava pensando demais, e ainda nem tinha feito a pergunta que temia: o que é você?
—Não vai mesmo me dar um abraço? – insistiu.
Ele voltou a abrir os olhos e uma lágrima escorreu solitária. Limpou as mãos sujas de poeira e esticou os braços na direção dela. Sem perder tempo, Ana agarra o tronco dele sentindo o aperto de seus braços. E mesmo de forma silenciosa, percebeu que Billy chorava.
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Billy olhava suas mãos cobertas de sangue. Percebeu então que tremia enquanto os amigos da menor a levavam para a floresta. Em algum momento havia sido convencido por Max que esta era a melhor forma de ajudá-la, mas não entendia como. Ninguém ali era médico para saber de primeiros socorros ou nada disso. Estava confuso e desesperado. Sua cabeça começava a doer pelos seus batimentos cardíacos estarem tão acelerados por tanto tempo.
Quase não respirava de nervoso. Olhou a trilha que eles foram e os seguiu sem saber o que iria encontrar. Mas lá era apenas uma clareira onde colocaram o corpo de Ana. Viu Max e Nancy mexerem numa mochila e tirarem frascos, pedras e um livro. Não prestou mais atenção, olhando para a menor que não reagia. Aquilo era uma loucura! Deviam estar a caminho do médico, não brincando na floresta.
—Deveríamos levá-la ao hospital. – se pronunciou novamente repetindo o que disse há algum tempo atrás.
—Billy, ela pediu que fizéssemos isso pra ela. – Max retorquiu.
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Bad Guy [REESCREVENDO]
AdventureAnabel viu sua vida agitada da cidade grande se converter em dias pacatos na cidadezinha onde seu primo morava. Mas os fantasmas do passado a perseguem e é necessário aprender a como se livrar deles. [Vou começar a reescrever algumas partes da histó...