Capítulo 08

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Robert 

Como assim não podem fazer nada? - grito com meu mais novo grupo de advogados, os melhores do país. - não é possível que sejam tão incompetentes assim.

-Não se trata de incompetência senhor, somos advogados e não milagreiros - o dono da empresa diz me fazendo virar para ele - o testamento é incontestável, seu pai pensou em tudo, ele não pode ser contestado, sinto muito.

- Ele não é meu pai - digo com raiva.

Estou estressado e sem saída, nem consigo mais brigar com os advogados, eu tinha certeza que eles iam conseguir encontrar alguma brecha para pôr fim a esse testamento ridículo, mas até do túmulo Blake tenta controlar a minha vida. Não posso perder minha empresa, droga, isso aqui era a vida do meu avô.

-Podem ir, agradeço o serviço prestado - digo me virando para a grande janela da minha sala.

Ouço quando a porta é aberta e fechada logo em seguida, deixo sair o ar que estava prendendo, tenho que pensar em algo, não posso deixar ele ganhar isso, droga tenho menos de 3 meses para achar uma brecha, qualquer coisa, ele não vai ganhar de mim, dessa vez não.

Os advogados conseguiram achar alguma brecha? - Michael diz entrando na sala, estava tão distraído que nem ouvi o que ele disse.

-Infelizmente não - digo me virando para encara-lo.

-Droga - ele diz indo para a mesa do canto da sala servir uma dose de whisk - toma, estamos precisando - ele diz me entregando um copo.

- Não é possível que não exista nada que eu possa fazer Mic - digo dando um gole na bebida, enquanto me esparramo na poltrona mais próxima.

-Não desista irmão - Mic diz se sentando na cadeira à minha frente - nós vamos conseguir passar a perna no seu pai, ele não é mais esperto que nós.

-Eu não sei não - digo frustrado.

- Se você acha que não tem uma brecha porque não se casa ? - Mic diz, me fazendo encara-lo - olha não precisa se apaixonar nem nada do tipo, é só casar com alguma daquelas modelos que você saia.

-Já te disse que isso não vai acontecer Mic- digo virando a última o copo de whisk, que desce queimando - ele não vai ganhar de mim.

- Você que sabe - Mic diz olhando para o seu copo - mas não se preocupe, se você ficar pobre deixo você ficar com a minha garagem - ele diz zombando de mim.

-Nossa quanta generosidade - digo sarcástico - é muito bom saber o quando você preza nossa amizade, me lembre disso quando você precisar de mim .

-Você sabe que estou brincando - ele diz se levantando - pode contar comigo Robert, você sabe que é um irmão para mim ele diz serio.

-Não comece com o sentimentalismo Mic- digo brincando, mas saber que posso contar com ele é bom - agora vá trabalhar antes que seu chefe te demita.

-Que eu não pretendo me demitir - ele diz rindo.

-Estava falando de mim - digo indo para minha mesa.

- Mas você não é meu chefe - ele diz zombando de mim

- Ainda irmão - digo dando um sorriso - ainda, mas em breve serei, nem que eu tenha que desenterrar o Blake.

Mic me encara com o rosto sério.

-Não deixa ele te afetar, ele já está morto Rob.

-Eu sei que ele está morto Mic - digo encarando os papéis a minha frente - não se preocupe comigo, vá trabalhar.

-eu me preocupo com você - Mic diz sério, não olho para ele, só balanço a cabeça.

A porta se fecha e levanto minha cabeça me virando para a janela, vendo a imensidão lá fora, eu não posso perder tudo isso, é minha vida.

*************

Termino de ajeitar meu cabelo, apesar de hoje ser terça não estou afim de ficar em casa, preciso sair, para tentar me divertir um pouco, vou em uma balada com uns amigos, preciso arrumar alguém para me divertir hoje, não sei o que me acontece mais tem dias que simplesmente não consigo ficar em casa, minha cabeça traiçoeira, fica revivendo momentos que eu queria por tudo esquecer.

Dirijo uns 30 minutos somente, e já estou de frente a balada, desço e entrego o carro para o manobrista, e vou direto para a entrada, passou direto pelo segurança que graças ao fato dessa balada pertencer a uma amigo nem me para.

Após uma olhada rápida encontro meus amigos na área vip.

-Finalmente chegou - Gustavo, um amigo da faculdade me cumprimenta

- O trânsito estava um pouco congestionado - digo, mas não é completamente verdade, nem demorei tanto assim.

-Por isso prefiro o ar - Henrique diz dando de ombro. - Ache uma companhia Rob, já pedimos as bebidas.

- Esse é meu principal objetivo aqui hoje - digo sorrindo.

-E eu achando que era para rever os amigos - Gustavo diz.

- Prefiro a companhia das mulheres, caro amigo -digo brincando.

Olho em volta, e um morana que está de costa para mim me chama a atenção, num primeiro momento demorou a entender o porque dela me chamar a atenção, mas não demora muito e eu me toco o porque, ela me lembra a Annelise que conheci em uma festa, a danada me excitou e foi embora, ora de dar o troco.

Me levanto e caminho em direção a moça que está de costa para mim.

-Sempre bom te ver Anne - digo no seu pé do ouvido.

- Acho que você se confundiu de pessoa - a morena se vira, e posso ver que não é Annelise, por mais que seja muito bonita me sinto frustrado por não ser ela.

-Me desculpe o engano - digo - achei que era uma amiga.

A morena me olha e sorri.

-Não sou essa tal de Anne, mas acho que podemos nos divertir o que acha ? - ela diz meu olhando com uma cara sexy. Me sinto um pouco frustrado por não ser a Annalise, mas a morena à minha frente é muito encantadora.

-Eu adoraria me divertir - digo colocando o meu sorriso mais sacana no rosto. 


Me desculpe a demora meus amores, mas voltei. Me digam o que estão achando. Próximo capitulo segunda. 

Nada mais que um acordo - Irmãs Kitman LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora