Capítulo 12

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Robert 

-Acorda - ouço a voz de Mic, no quarto - vamos você está horrível.
Me viro na cama e sinto a cabeça latejar, maldito wisk e vodca.
- Obrigada por dizer o óbvio- terminou me levantando - aliás o que faz aqui?
Pergunto enquanto ainda consigo falar, ao sentar na cama vejo minha cabeça girar, droga, já deveria ter me acostumado com as bebidas, mas ontem depois de uma reunião com os advogados, parei em um bar e descontei todas as minhas frustrações na bebida.
- Você não apareceu para a reunião hoje - Mic diz, e me lembro da reunião com alguns dos acionistas, antes do meu morrer ele abriu o capital da empresa, e acabamos vendendo 30% para um grupo de chineses, então a cada 3 meses temos um reunião com eles, onde eles colocam o que querem e eu finjo que vou fazer mas sempre faço o que acho melhor para a empresa, mesmo que isso não seja o que eles acham ideal.
-Droga, tinha esquecido- digo - minha cabeça está me matando.
- Tem remédio aí, Elen trouxe assim que eu subi - Michael diz se sentando na poltrona - o que e rolou para você não ir a empresa hoje?
- Tive uma reunião ontem com os advogados, e eles ainda não acharam nenhuma brecha no testamento, de novo- digo pegando o remédio. Sei que Elen deve estar com muita raiva de mim, ela sempre abominou o fato de mim apreciar as bebidas, ela sempre diz que é um péssimo costume.
- Mas disso você já sabia - Michael diz - Não adianta ter esperanças, você sabe o único jeito de conseguir a presidência.
- Droga Mic, pare me lembrar disso - digo frustrado.
- Não porque parece que você está esquecendo as suas obrigações com a empresa - ele diz se levantando - você não foi a reunião hoje, está estressado, vive discutindo com os advogados, você não é assim, está na hora de colocar sua cabeça no lugar.
- PORRA!, você acha que eu não sei das minhas obrigações Mic - digo exasperado - Você esquece que eu amo a empresa, merda e lá onde tenho as melhores lembranças com meu avô, eu só não suporto ficar de mais atadas.
- Você está assim porque quer - Ele diz me olhando - Já disse para você, cresça e largue de ser um menino rebelde que está colocando tudo a perder porque quer fazer um ato de rebeldia para o pai, se diga se de passagem está morto.
- EU NÃO ESGOU BANCANDO O MIMADO CARALHO - digo gritando e perdendo o resto de controle que ainda tenho - Não é um ato de birra, eu não posso deixar ele controlar assim a minha vida, eu não posso, ele vai terminar de estragar tudo mesmo de dentro da droga de um caixão - terminei de falar me deixando cair na cama, lembranças de alguns anos invadindo minha mente, lembranças que não deveriam vir a tona, depois que me esforcei tanto para esquece-las.

Estou sentando no corredor desde o momento que mamãe chegou do hospital, eu vi que ela não está bem, ela me diz que tudo vai ficar bem mas eu sei que não. Ela não em diz o que está acontecendo, diz que tenho que ser uma pessoa forte e rezar. Mas não entendo para que tenho que rezar.
Abro a porta sem bater, vejo minha mãe de costas para mim, com um monte de cabelo na mão, subo meu olhar e vejo que elas está carreca.
- mamãe porque a senhora está assim? - Eu pergunto fazendo ela se virar para mim, e vejo se está com lagrimas escorrendo pelo rosto - Não chora mamãe, eu não vou mais entrar sem bater eu juro , nem fazer mais arte, não chora por favor- digo correndo até ela.
- O meu anjo está tudo bem, não fique assim - ela diz se baixando para me abraçar- a mamãe está com um dodói, e precisou raspar o cabelo - ela diz olhando em meus olhos.
- Deixa eu dar um beijo para sarar mamãe - digo sorrindo- um beijo cura tudo.
- Meu pequeno diamante - ela diz me olhando e sorri, mas em seus olhos ainda estão cheios de lágrimas- esse dodói não cura com um beijo, mas eu m beijo pode alegrar a mamãe - ela diz virando o rosto. Abraço ela é beijo sua bochecha. - a mamãe te ama demais pequeno diamante.
- O que você fez com o seu cabelo Julia ? - ouço meu pai perguntar da porta.
- Ele estava caindo resolvi, que era melhor cortar logo - ela diz com um meio sorriso.
-Ficou horrível, não acredito que fez uma coisa dessa - meu pai diz virando as costas e indo ao closet. Olho para minha mãe e vejo as lágrimas rolando.
- Você não pode falar isso para a mamãe- digo alto para meu pai ouvir - ela está dodói.
- Falo o que eu quiser - ele diz voltando para o quarto - agora saia preciso falar com sua mãe.
- Não vou sair - digo - você fez a mamãe chorar.
Meu pai caminha em minha direção, me afasto para trás porque ele sempre me bate quando deixo ele nervoso.
- Filho, pode sair - minha mãe diz para mim - mamãe está bem, agora chamar a Elen para pegar ser brinquedos.
- Mas - tento dizer, mas minha mãe me corta.
- querido, te encontro em um minuto.
Saiu do quarto, mas fico escorado na parede, ouço quando eles começam conversar.
- Não deveria ter raspado a cabeça-ouco meu pai dizer - agora como irá me acompanhar nos eventos assim ?
- Eu achei melhor raspar, ve-los caindo aos poucos estava me matando - minha mãe diz .
-Primeiro um seio, agora os cabelos estou perdendo minha mulher aos poucos - meu pai diz e ouço minha mãe soluçar - como vou ter uma mulher assim ?
- Querido não diga isso - ouço minha mãe falar entre soluços- ainda estou aqui, sou a mesma por dentro.
- Grande coisa - meu pai diz -o que faço com isso ? .
- Eu posso colocar silicone assim que o tratamento terminar - ouço minha mãe dizer e fico sem entender, o que será silicone? - o cabelo cresce.
- Não me interessa - meu pai diz - Não se preocupe arrumarei alguem para fazer o seu papel.
- Não irá fazer isso - minha mãe diz e ouço seu soluço - Eu amo você querido, estou lutando pela gente, não me deixe.
Ouço passos na escada e saio correndo, odeio quando Elen me pega espiando atrás da porta, ela me deixa sem sobremesa.

Desperto das minhas lembranças com Michael falando comigo, mas não entendo nada.
- Cara porque você odeia tanto seu pai ?- ele pergunta, me fazendo encara-lo, não sei porque mais nunca disse para ninguém as coisas que eu vi minha passar enquanto estava doente, aliás ninguém que eu conheça, falei para um piscicologo na minha adolescência. - Sei que ele era extremamente controlador, mas nunca entendi o porquê de vocês não se falarem.
- Não quero falar disso - digo indo para o rumo do banheiro - Não, se preocupe vou dar um jeito em tudo, ele não vai estragar isso para mim. Te encontro lá embaixo vou tomar um banho- digo entrando no banheiro sem ouvir uma resposta do meu amigo, minha cabeça que estava doendo agora está me matando. Odeio quando as lembranças veem assim, queria poder traca-las e não deixar elas saíram.
Eu vou dar um jeito, ele não vai estragar mais minha vida, eu não vou deixar.

Como prometido, mais um capítulo, e aí me digam o que estão achando ???
Segunda 11 horas tem mais um capítulo.
Xoxo da escritora que vos ama.
Meu insta @nay_linhares adorarei conversar com vcs por la.

Nada mais que um acordo - Irmãs Kitman LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora