Capitulo 02( Revisado)

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Depois de horas dentro do avião cheguei ao meu destino, tinha me esquecido como viajar longas distâncias é cansativo, mas o cansaço desta  superou o de todas as outras viagens, já que o senhor ao meu lado não parou de roncar um minuto enquanto dormia. Estou exausta, não vejo a hora de tomar um banho e relaxar. Demorei quase 20 minutos para achar minha mala, e depois mais 10 só para chegar aonde minhas irmas deveriam estar me esperando.O aeroporto está lotado, procuro por elas mas não as encontro em lugar algum, pego meu celular para mandar uma mensagem para saber se elas já estão aqui.

Lucy, desembarquei, aonde vocês estão?

A resposta demora um pouco para chegar.
Lucy: estamos presas no trânsito, odeio essa cidade. vamos chegar.

Vou esperar vocês do lado de fora do aeroporto, aqui está muito cheio e barulhento.

Lucy: bom, o Thiago disse que daqui uns 10 minutos chegamos ai.

Tudo bem, pelo menos não esqueceram de mim kkkkk

Lucy: Jamais, Katy não esquece que você está trazendo o maldito livro dela, ela não deixa ninguém esquecer disso.

Bom saber que ela liga para o livro.

Lucy: Não seja boba, ela também quer te ver e eu também.

Vou acreditar no que está dizendo, agora deixa eu me concentrar em sair desse aeroporto.

Lucy: bom Kkkk. Bjs.

Parei de mandar mensagem para Lucy e sigo para fora do aeroporto, demorei uns 15 minutos para conseguir sair do mesmo.
Ne bateu um sentimento estranho quando  vi a cidade de São Paulo a minha frente, uma mistura de alívio e medo, alegria por estar de volta e tristeza por ter encerrado de uma forma tão dolorosa um capítulo.
Enquanto minhas irmãs não chegam fico observando as pessoas chegando e saindo do aeroporto, e me pergunto quantos estão voltando para sua vida, quantos estão começando uma nova jornada e quantos estão fungindo de algo.
Fico observando um casal de jovens, que me parecem ser namorados, estão tão felizes, e apaixonados, de uma forma como eu já fui e ainda sou pelo Liam, ele foi meu segundo namorado, meu único namorado enquanto eu estudava fora,  me via formando uma família com ele.
Quando estou a ponto de chorar, minhas irmãs descem de um carro que está estacionando a alguns metros atrás de mim, ao ver elas, imediatamente me recomponho, afinal devo estar feliz de voltar para casa.
Quando me veem elas vem direto na minha direção sorrindo e de braços abertos, sorrio de volta, e as abraço quando elas chegam.
- Meninas, estava morrendo de saudades de vocês.
Elas me abraçam mais apertado.
- Nos também estávamos com saudades de você - katy diz se afastando do meu abraço. - olha para você está horrível.
Lucy também se afasta do meu abraço.
- Katy, não diz isso, ela só está cansada da viajem.
- Não tem nada, sei que estou horrível foi uma longa viajem - digo puxando minha mala.
Katy sorri para mim e pega minha bolsa.
- Não quero que fique chateada com meu comentário.
Passo a mão pelo seu cabelo colocando-os atrás da orelha.
- Não fiquei, mas já conversamos sobre sua sinceridade, não pode fala tudo o que passa nessa sua cabecinha.
- Eu também sempre digo isso para ela , mas ela ignora - Lucy diz.
- Mentira você nunca disse isso - Katy fala para Lucy.
- Falo sim, você que nunca escuta, está sempre no mundo da lua com esses livros.
- E você que está no mundo da lua, e ainda fica tocando aquela merda de bateria o dia todo.
- Pelo menos eu estou fazendo algo útil. - Lucy fala ríspida.
- Meninas, por favor parem com essa discussão agora mesmo - digo cortando Katy, que sem dúvida iria passar os próximos minutos tentando convencer Lucy do por que ler e tão bom, e está ia passar os próximos insultando a katy - estou cansada tudo que eu quero e ir para casa, tomar um banho, e descansar, será que pode ser ? - término um pouco irritada.
- Ta, pode ser - Katy diz e anda rápido para o carro, ela sempre foi a mais dramática. Fico observando enquanto ela pega minha bolsa e arremessa para o banco de trás.
- Katy, olha a bolsa da Ane você vai estragar ela - Lucy grita para Katy, enquanto arrasta uma das minhas malas.
Katy nem olha para Lucy quando entra no carro, ela sempre foi assim, fala o que dá na cabeça e quando a corrigimos ela fica chateada, já Lucy sempre foi a que nunca fala nada sem pensar antes, acho que ela é uma adulta no corpo de uma adolescente, em alguns pontos por que em outros e totalmente imatura. Quando em fim chego no carro Thiago já vem para pegar minhas malas, antes que ele pegue minhas malas eu lhe dou um abraço.
- Oi, estava com tanta saudade.
Ele acaricia meu cabelo.
- Também estava pequena, como foi a viajem?
- Bem na medida do possível, e como foi trazer as duas dentro do carro até aqui ?
- Cansativo você sabe como elas são - ele diz e dou uma gargalhada.
- É acabei de ter uma provinha do que elas são capazes - digo.
-Elas não viam a hora de te ter de volta- ele diz indo para o porta malas com as malas.
- Eu também não via a hora - digo entrando no carro.
  Thiago trabalha para a família desde que eu era adolescente, ele me levava e me buscava todos os dias na escola, me levava as compras, para tomar sorvete quando estava chateada com algo, ele e meu pai são bem amigos, quando minha mãe morreu meu pai passava as horas que não estava no escritório, sentado com o Thiago nas espreguiçadeiras da piscina. Ele sempre foi como um tio para mim, enquanto ele acomoda as bagagens  o porta malas, me ajeito no banco, as meninas estão cada uma concentrada em algo.
-Katy, me desculpe fui um pouco rígida- digo enquanto ela muda seu olhar para mim - eu estou cansada e quero ir para casa dormir, só isso.
Ela olha para mim e assente, Lucy aperta minha mão e sorri. Tinha me esquecido de como ficar perto das meninas era cansativo.
-Nosso pai não quis vir?- pergunto para as meninas.
-Você sabe como ele é, só fica no escritório, mas disse que vai para casa assim que terminar- Katy diz, e percebo que ela já não está mais chateada, ela sempre perdoa fácil, e muito raro a ver triste ou chateada - ele mandou um beijo para você.
-Ele sempre trabalha demais - digo um pouco chateada.
-Ele te comprou um presente de boas vindas lindo - Lucy fala toda empolgada.
-Lucy, era uma surpresa - repreende Katy.
-Ela já ia descobrir mesmo-Lucy diz dando de ombros.
-Meninas tudo bem, o que é? - pergunto   um pouco curiosa, meu pai sempre nós da presentes quando sua consciência pesa.
-Isso eu não vou te dizer- Katy diz toda alegre.
-Tudo bem eu irei descobri em breve mesmo - digo fingindo não estar morta de curiosidade -Thiago como você tem passado?
Ele me olha pelo espelho do carro.
-Muito bem pequena- ele responde- estávamos todos ansiosos pela sua volta.
-Você está dizendo isso só porque quer presente -digo sorrindo.
-É claro que sim, quem iria me comprar os melhores presentes de aniversário - ele diz sorrindo.
-Interreseiro - digo rindo- senti falta disso, de todos aqui.
-Tambem senti falta de você pequena- ele diz - alguém precisa colocar ordem nessas duas.
-Ei, não precisamos de ninguém para nos por em ordem-Lucy diz.
-Não mesmo, somos quase adultas-Katy diz.
- Eu sei que são- concordo para evitar uma discussão.- Como está a Sandra Thiago?- Sandra e a mulher dele a quase 20 anos.
-Muito bem pequena, ansiosa para te ver- ele diz. Quando era mais nova todos os dias antes de ir para casa, eu ia a casa do Thiago para ficar conversando com ela, enquanto eu a via costurar.
-Também estou para ver ela- digo enquanto olho para a cidade- a cidade mudou tanto.
-Não, mudou Ane, e só que você passou muito tempo longe de casa -Thiago diz fazendo uma curva para a direita.
Nos moramos a uns 45 minutos do aeroporto, quando o trânsito está bom por que hoje as estradas estão lotadas, cheias de engarrafamentos, pelo visto vamos demorar pelo menos 1 hora na estrada, aproveito para tirar um cochilo.
Acordei com as meninas me chamando avisando que já estavamos em casa.
-Ane, já chegamos- Katy diz enquanto salta do carro.
Demoro um tempo para me situar aonde eu de fato estou, quando acordo inteiramente, olho por um momento para a casa aonde cresci, em todos os anos fora, não teve grandes mudanças na fachada, só a cor da tinta que mudou de um amarelo claro para um cinza claro, meus olhos demoram a se adaptar a luz, mas quando em fim se adaptam milhares de lembranças voltam a minha mente, nesses 4 anos fora voltei só uma vez para cá nas férias, nas outras vezes minha família iria para lá me ver, Katy e Lucy amavam fazer essa viajem, meu pai é igual a mim, não gosta muito de viajem longas, a diferença entre nós, e que após uma longa viajem ele simplesmente vira um posso de mal humor, e não dorme por algumas horas. Acho que minhas irmãs gostavam tanto dessas viagens por que quando nosso pai estava lá, onde durante um tempo foi minha casa,   ele dava sua atenção integral para nos, ia as compras com as meninas, jogava golfe com o Liam, e saíamos para jantar, eram as poucas vezes que ele ficava trancado em seu quarto resolvendo os problemas da empresa. Meu pai e o Liam, se davam bem o único ponto de desentendimento entre os dois era o que eu iria fazer após a faculdade, mas como meu pai me conhece bem,  sabia que eu iria voltar para casa, mas o que ele não sabia e que eu voltei com somente metade do meu coração, a outra deixei naquela mesa do restaurante quando o Liam me forçou a escolher.
Afasto Liam para longe do meu pensamento, não me permito me desmachar em lágrimas, não mais tudo o que tinha para chorar já chorei essa semana naquele quarto de hotel, não irei chorar mais, tenho que seguir em frente, não posso me dar o luxo de desmoronar agora.
Quando enfim saio só carro, vejo que minhas irmãs já estão dentro de casa, só sobrou eu e o Thiago aqui fora, ele está tirano o resto da bagagem do carro, olho ao redor para ver se está tudo exatamente igual, e uma árvore em particular chama minha atenção, o pé de manga que minha mãe fez meu pai plantar quando eles se casaram, manga era sua fruta predileta, quando era pequena passamos horas sentadas em baixo dela, minha mãe lia histórias para mim, brincava de bonecas comigo, e as vezes só me deitava em seu colo e acariciava meus cabelos. Meu peito aperta ao saber que as gêmeas apesar de eu sempre falar de nossa mãe , nunca tiveram a chance de brincar, correr ou simplesmente serem acariciadas por nossa mãe, sempre fiz oque pude para elas não sentirem tanta falta da nossa mãe, mas apesar de todo o meu esforço, sei que elas sentem falta de um carinho de mãe, elas quase nunca se lamentam por não terem uma mãe, mas Lucy e a que mais me parece sentir falta, as vezes quando era mais nova eu pegava ela as vezes quando achava que ninguém a observava, conversando com o retrato da nossa mãe, quando a via fazer isso sabia que ela estava com algum problema, e como ela nunca foi de falar sobre seus problemas, nem quando era apenas uma criança. A única vez que eu disse a ela para confiar em mim é me contar, ela olhou bem em meus olhos e disse.
-Não preciso te contar, eu consigo resolver ele sozinha.
Eu fiquei parada olhando para aquele pingo de gente em minha frente sem palavras.
Quando entro em casa, o cheiro de rosas me alcançam ainda na porta, Maria a governanta e praticamente a mãe das meninas e a minhas, ama colocar vasos com rosas, ela diz que uma rosa alegra até o mais triste dos ambientes. Eu nem entro direito em casa, e Maria já vem ao meu encontro com um sorriso grande nos lábios.
-Ai meu Deus, finalmente você está em casa, eu não aguentava você longe.
-Você me viu a alguns dias quando foi com as meninas me ver- digo abraçando ela.
-Mas para mim parece que faz anos que não te vejo- ela diz me abraçando de novo e mais forte- como você está tão  mudada, está mais magra.
-Não mudei nada, você sempre diz isso, até quando eu saia só por uns dias- digo enquanto ela se solta do meu abraço.
-Não tenho culpa, vocês sempre parecem que crescem tão rápido- Maria diz caminhando para a sala-agora vamos arrumar suas coisas no seu quarto.
Pego uma das minhas malas e sigo ela até a sala de estar, aqui está tudo igual, parece que parou no tempo, ainda tem dois sofás grandes e uma poltrona, os mesmos quadros de fotos em cima da cornija da lareira a gás, e como sempre ao lado delas uma buquê de rosas brancas. Vou até o buquê e cheiro uma rosa, enquanto corro o olhos pelas fotografias, para meus olhos em uma foto minha e da minha mãe abraçadas sorrindo, e por um momento me veja aquele momento.
Sinto uma mão acariciar meu braço.
-Sente falta dela não é.
-Muita Ma, quando eu estava fora as vezes  pensava que ela estaria aqui a minha espera-digo olhando uma última vez para a fotografia.-agora vamos para meu quarto que estou exausta.
-Vou pedir para uma dos empregados levarem suas malas, enquanto prepararo um lanche, fiz o bolo que você ama-ela diz .
-Fuba?-pergunto quase sentindo o gostinho dele na minha boca, ela assente- você sabe mesmo como me fazer sentir em casa.
-Fico feliz que você ainda ame esse bolo, vou preparar e levo para você no seu quarto- Maria diz-suas irmãs já atacaram metade dele antes de te buscarem.
-Elas sempre tiveram bom gosto-digo- por falar nelas aonde estão?, me deixaram na entrada e sumiram.
-As duas foram direto para o quarto, Lucy disse que ia banhar, e Katy, foi ler um pouco-ela diz.-elas não viam a hora de te der de volta em casa.
- Eu também não via a hora de estar aqui- digo caminhando para a escada-sabe que horas meu pai chega?
-Ele ligou  alguns minutos antes de você chegar, ele disse que só vai acertar os últimos detalhes de um negócio, e vem direto para casa-ela diz.
-Obrigada,  vou subir e tomar um banho, é tudo o que eu preciso agora-digo indo para a escada que da acesso aos quartos-quando ele chegar pede para me avisar, se as meninas perguntarem por mim, diga que estou no quarto.
-Ta bom menina, agora vai banhar você está com uma cara pessima- Maria diz e vai no rumo da cozinha.
Olho para trás e grito
- Por que todo mundo está me dizendo isso hoje?.
Maria  responde e cai na gargalhada.
-Ue, por que você está mesmo.
Sorrio e grito de volta.
-Me lembre de jamais pedir elogios de vocês.
Maria gargalha e some no corredor que leva para a cozinha meu quarto é o terceiro no corredor, primeiro vem o da katy, depois o da Lucy, o meu, uma sala de leitura e no final do corredor o quarto do meu pai. Quando passo pela frente do quarto da Katy, dou uma pequena espingarda e vejo ela em cima de uma poltrona rindo de algo que tem em seu livro, já Lucy está jogada na cama com seus fones balançando a cabeça ao ritmo da música.
Sorrio ao perceber o quanto minhas irmãs são diferentes e iguais ao mesmo tempo.
Vou caminhando para meu quarto, sentindo o cansaço bater sobre meu corpo, na última semana eu não descansei direito. Entro no meu quarto, olho em volta, tudo do jeito que eu deixei, os livros, os cadernos de poesia, tudo exatamente igual, abro meu closet, e vejo que está quase vazio, quando fui morar fora as roupas que eu não levei eu doei ou dei para minhas irmãs, pego um conjuntinho de moletom de elástico e vou direto para o banho.
Saio do banho e minhas malas já estão em cima da cama abertas, Maria vem do closet com alguns cabides na mão.
-Deixei seu lanche na escrivaninha-ela diz indo para a mala maior- têm  necessidade de tantas roupas?
Vou direto para o lanche, nunca recuso um bolo de fuba feito pela Maria.
-Tem, as roupas transmitem meu humor e estado de esperito- digo.
-Isso é uma das suas desculpas para comprar? -Ela pergunta colocando um vestido preto no cabide.
-Mas ou menos tenho que confesar.-pego um pedaço do bolo e um pouco de café- huuum, como senti falta desse sabor.
-Mas não era para sentir ensinei você e o Liam a fazer quando fui lá -ela diz sem perceber que a menção do nome dele me deixou triste -ou vai dizer que ele não fez um para você?
-Ele fez uns 2 depois que você ensinou, mas desistiu disse que não era a mesma coisa-digo triste- e sem falar que o fuba que você levou acabou
Ela pega uma calça e dobra
-Mas isso não é desculpa, se ele tivesse pedido eu teria mandado para vocês, sua prima foi para Nova Iorque mês passado.
-Mas só você sabe fazer esse bolo para ele ficar perfeito-digo beijando a bochecha dela e tentando mudar a conversa para longe do Liam- Como as meninas tem se comportado?
-Você mal chegou e já quer cuidar de tudo- ela diz.-sabe que isso não é sua obrigação.
-Mas não e pra isso que as irmãs mais velha servem?-pergunto me jogando na cama- não é uma obrigação mas me sinto responsável por elas.
-Sei que sente, mas é seu pai que deve se preocupar-ela diz olhando para mim-você não devia assumir o papel de criar as meninas.
-Não estou assumindo nada, eu fiquei 4 anos longe então agora tenho que cuidar delas direito- digo sorrindo.
Ela volta a colocar minha roupas no cabide.
- Eu disse pro seu pai, que você devia ter ficado morando lá, quando fui te ver você estava tão feliz, você devia viver sua vida menina.
- Eu estou feliz em voltar para casa, e eu vivo minha vida.
-Você pode pensar que está feliz em voltar menina, mas eu te conheço você não está totalmente feliz -ela se sente na cama e pega minha mão.-o que aconteceu? Quando te vi meses atrás você parecia mais feliz em voltar para casa.
- Eu estava, eu estou -digo um pouco confusa- Mas o Liam terminou tudo comigo, ele me pediu para escolher entre ele e minha família, então aqui estou eu.
-Ane, você deixou o Liam para vir assumir a responsabilidade por suas irmãs ?-ela pergunta olhando em meus olhos.
-Não, eu não deixei ele, ele me deixou no momento em que me pediu para escolher- digo com a voz embargada- eu planejava uma vida ao lado dele, e ele não pode ceder um pouco, era por pouco tempo, só até as meninas irem para a faculdade, e eu converser meu pai a abrir uma filial em Nova Iorque, mas ele não quis nem tentar.
-Vocês terminaram não foi só por que você queria cuidar da suas irmãs, foi por que você queria  trabalhar com seu pai, estou errada? -ela aperta minha mão  nego com a cabeça.
-Você me conhece, eu sempre quis isso, e o Liam sabia, esempre falei para ele, só que ele achou que nosso relacionamento bastava para mim-digo começando a chorar e me deito em seu colo-mas não é, eu não posso ser só o meu relacionamento, minha vida não pode girar em torno dele, eu quero construir minha carreira quero cuidar das minhas irmãs.
-Shi, eu sei menina, mas você já parou para pensar que talvez você possa ter uma carreira e ainda ficar com ele, sem ter que vim para cá, você não está sendo egoísta menina de viver sua vida longe da sua familia-ela fala acariciando meu cabelo.
- Eu não posso, não quero- digo chorando- deixa eu ficar aqui sem falar nada, só deitada, por favor, só fica aqui comigo.
- Eu vou ficar aqui- ela diz mexendo no meu cabelo .
Eu chorei até adormecer enquanto ela só ficava ali acariciando meu cabelo. Acordei com meu pai batendo na porta do quarto.
Fico sentada na cama.
-Entra.
Meu pai entra ainda de terno.
-Oi Ane, desculpa não ter ido no aeroporto.
Ele vem e me da uma abraço.
-Tudo bem pai, eu sei que tava ocupado.
-Como foi a viajem ?
-Bem, só tinha me esquecido como é cansativo.
-Também nunca me acostumo, mas estou feliz em te ter em casa -ele sorri e se  senta na cama- comprei um presente de boas vindas para você.
É sempre assim, ele se sente culpado por passar tanto tempo na empresa então nos enche de presentes.
-Obrigada pai, mas você sabe que não precisava-digo.
-Se que não mas eu queria te dar isso a muito tempo.
-Então chega de suspense, o que é?
Quando ele ia falar as gêmeas entram gritando no quarto, Lucy olha para mim e fala.
-Ainda bem que você já está acordada, vamos experimentar logo o seu carro novo.
Eu olho pro meu pai surpresa, ele nunca me falou que iria me dar um carro, ele sempre fez questão do Thiago nos levar e buscar.
-Um carro?-pergunto e ele assente.
-Obrigada Lucy por estragar a supresa- ele a olha- andei metade da cidade com um laço em cima do carro para nada.
Katy olha para Lucy com irritação.
- Eu te disse para esperar mais um pouco.
-Não disse nada, você... - Lucy começa  a falar mas a interrompo.
-Meninas não briguem, Lucy você não estragou nada, ainda estou surpresa- digo então olho para meu pai- obrigada pai de verdade, vou me trocar e desço para estrear o carro, vamos todos dar uma volta?
-Não precisa agradecer, sinto muito mais eu não posso ir-ele diz se levantando- tenho uma vídeo conferência importante com algumas empresas que pretendo investir.
-Tudo bem, vou com as meninas, e vamos nos divertir muito- digo sorrindo- não é Meninas?
Elas concordam.
-Tenham juízo, amo vocês.
Lucy o olha e sorri.
-Calma pai, e só uma voltinha na cidade nada de mais.
-Não precisa se preocupar-Katy diz- cuidarei das duas.
Meu pai para na porta e sorri para ela
-Sempre a mais responsável.
Ele se despede de nos e sai, mando as meninas trocarem de roupa, e vou fazer do mesmo, preciso mesmo tomar um pouco de ar, se não vou me pegar pensado no que a Maria disse.
Após o banho pego os presentes que comprei para as meninas, um livro para Katy, e um colar para Lucy, e então mesmo cansada levo elas para dar uma volta na cidade, o carro que meu pai me deu é ótimo e um pouco veloz, mas eu não acelero muito.
Finalmente em casa, dizem que a nossa casa e aonde nosso coração está,  mas o que fazer quando seu coração está dividido em dois locais?.

Espero que tenham gostado.❤
Capítulos novos toda terça e quinta

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