Nada mais que um acordo - Irmãs Kitman LIVRO I

Capitulo 13

Levanto no mesmo horário como o de costume, estou descendo as escadas quando meu celular toca.
- Anelise Kitman- digo sem verificar quem está ao telefone.
- Ane, bom dia - reconheço a voz do Trev do outro lado da linha - está vindo para a empresa ?
- Bom dia Trev, não precisa chorar pela minha falta, vou tomar café e estou indo- digo me encaminhando para a mesa onde está o café, meu pai por incrível que pareça não está aqui.
- Muito fofa você - Trev diz mas nota que sua voz está seria -preciso que venha o mais rápido possível.
- o que aconteceu na empresa Trev? - pergunto no momento que vejo meu pai entrando na sala, ele me olha e balança a cabeça, está com o semblante abatido .
- Conversaremos quando chegar - Trev diz - tenho uma reunião agora, quando terminar irei direto falar com você.
- Ok - digo - se está com tanta pressa o assunto é sério.
- Infelizmente parece que é sério - ele diz - preciso confirmar os detalhes.
- Tudo bem, já estou saindo - digo desligando o telefone. Fiquei preocupada, Trev não quis me dizer o que está acontecendo, então o assunto deve ser grave, espero que não seja nada relacionado a aquisição da nova empresa, temos trabalhado feito loucos nos últimos 30 dias, se eu achava que as negociações eram  o mais difícil, é porque não tinha ideia do que viria depois, por mais que sejamos maioria devido às nossas ações, o resto do concelho machista, insiste em tentar ir contra minha decisões, só acatam algo de primeira quando é meu pai se diz, mas como nos últimos dias ele anda ocupado com o que, ele não me diz.
- Bom dia Ane - meu pai diz.
- Bom dia pai - digo colocando o celular na bolsa - desculpe não ficar para ao café, tenho que ir para a empresa.
-Não pode sair sem comer Ane - Maria diz entrando em casa.
- Eu como algo lá - digo me levantando - pai sabe de alguma coisa que está acontecendo  ? Trev pareceu achar que era algo importante.
- Nada que você deva se preocupar - ele diz rude - Sei cuidar da minha empresa.
- ME preocupo porque é minha também- digo me levantado - tenho que ir ver o que está acontecendo.
- Eu resolvo - meu pai diz se levantando- vou terminar de me arrumar e vamos.
- Se o nosso advogado acha importante que eu participe, eu vou - digo saindo - te encontro lá.
Saio sem deixar meu pai terminar, eu o amo, mas nos últimos dias tem sido quase insuportável nossa convivência, ele vem restringindo minha participação nas reuniões importantes, e não me falando o que está acontecendo, só me deixa interferir com as mudanças da empresa em Nova York, e mesmo assim é uma coisa bem superficial, por exemplo somente posso gerenciar os projetos, e supervisionar alguns responsáveis, mas o capital ele não me deixa acessar, parece até que ele não me quer a frente da empresa, tudo o que fiz nesses últimos anos parece que não valeram de nada.
O trânsito para a empresa estava caótico, tentei falar com Trev do carro, mas a secretaria disse que ele estava em reunião até o momento, chego um pouco atrasada, subo direito para minha sala.
- Patrícia, ligue para o escritório do Trevor e avise que estou aqui - digo a minha secretária - tenho algumas coisas para resolver, só deixe o Trevor entar.
- Tudo bem senhorita - Patrícia diz - mais alguma coisa?
- No momento não - digo e começo a organizar minha mesa. - obrigada
- Tudo bem senhorita - ela diz e sai.
Começo a revisar alguns documentos sobre a empresa, e alguns projetos que vamos fazer nos próximos meses.
- Bom dia Ane -  Trev diz entrando em minha sala - temos que conversar.
- Bom dia - digo olhando para ele que está com uma cara péssima- o que foi?
- Temos um problema - ele diz se sentando - ocorreu um acidente em um dos hotéis que estávamos construindo.
-Merda - digo me levantando -porque eu só fiquei sabendo disso agora ?
- Porque aconteceu essa madrugada- ele diz - mas isso não é o pior.
- Não me diga que fica pior - digo indo ao aparador me servir de uma bebida - alguém morreu ?
-Felizmente não- ele diz - mas o problema não é esse.
- Trev, - chmao me virando para ele - pare de suspense e me diga logo o que aconteceu.
- O acidente foi culpa da nossa construtora - ele diz e eu demoro para entender.
- oi ? O que você quer dizer que a culpa foi nossa ? - pergunto.
- Não é algo certo ainda, temos gente investigando - ele diz é eu o encaro - mas parece que os materiais era de uma qualidade inferior a que nos trabalhamos, e isso ocasionou na queda do hotel .
- Merda - me sento e começo a procurar no jornal se já saiu notícias- você tem certeza disso? , que a culpa foi nossa ?
- Infelizmente tudo aponta para que sim Ane - Trev diz -a nossa sorte é que ninguém morreu, mas mesmo assim é provável que enfrentaremos alguns processos.
-Droga, logo agora - digo me encostando na cadeira - Ok. Vamos pensar.
- Precisamos nos preparar - Trev diz.
- Eu sei, marque uma reunião com todos os responsáveis, arquitetos engenheiros, quero falar com todos - digo exasperada - como alguém me compra materiais de segunda mão.
- Não sei quem autorizou - Trev diz - mas tenho uma equipe procurando... Falando na equipe - ele diz atendendo o celular. - descobriram alguma coisa ?
Alguém do outro lado, fala e vejo o choque na cara do Trev, ele me olha.
- Tem certeza que ele é o responsável? - Trev pergunta. - Ok, obrigada. Mantenha isso em segredo por enquanto 
- É aí que é o responsável por esse problema ? -  pergunto já pensando no que vou fazer com uma pessoa ta o irresponsável assim.
- Foi o seu pai - Trev diz, e o encaro tentando absorver o que ele disse.
- Você acabou de dizer que meu pai se comprou os materiais?- pergunto para confirmar se ouvi mesmo certo.
- Sim, Ane - Trev confirma.
Fico em choque, não é possível meu pai sabe o tanto que matérias ruins são perigosos, temos diversos acidentes acontecendo por causa disso, ele não faria isso?, ou faria ? Melhor porque ele faria isso ?, simplesmente não faz sentido..
- Trev isso não faz sentido- digo tentando achar uma explicação-  alguém deve ter falsificado a assinatura dele.
- Minha equipe confirmou tudo com a empresa que seu pai negocia - ele diz.
- Como assim? - pergunto.
Trev me olha e começa a falar.
- O responsável pela empresa, diz que seu pai sabia dos materiais e mesmo assim comprou, por um preço mais em conta.
-Droga - digo e dou um cole em minha bebida - Não pode ser, o que ele tem na cabeça- digo me levantando e indo para a porta.
- Ane onde você vai ? - Trev pergunta quando estou saindo da sala.
- Acabar com as minha dúvidas logo - digo saindo da sala.

Parece que as coisas vão esquentar no próximo capítulo.