[1] A lábia de pegar DST

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#ReginaGeorgeJaponesa

— Nayeon, você transou com o goleiro do time?!

— Foi exatamente o que eu disse.

No colégio Lions, as coisas seguiam o fluxo que Tzuyu conseguia acompanhar perfeitamente, porém não conseguia participar.

Segunda-feira, intervalo. Reunidos no refeitório, alunos de diferentes tipos, de diferentes aparências, de diferentes grupos falando sobre o mesmo assunto: a festa bombástica que ocorreu no sábado.

Por acaso, se resolvesse ir em todas as mesas espalhadas pelo salão, desde a mesa dos nerds jogadores de League of Legends até a mesa dos populares, a conversa era igual. Afinal, todos participaram da festa no sábado e como chegaram em casa caindo de bêbados no domingo e não estavam em condições de falar com ninguém, colocavam as novidades da festa em dia com os amigos ali, na escola.

Em sua mesa não era diferente. Nayeon, Dahyun e Chaeyoung comentavam entusiasmadas sobre os acontecimentos, Jeongyeon, assim como si, apenas ouvia, mas até ela tinha ido na tal festa. Tzuyu sentia-se extremamente excluida sendo, provavelmente, a única que preferiu passar a madrugada dormindo como um ser humano normal ao invés de bebendo, transando e usando drogas.

Agora, se arrependia amargamente. Odiava a sensação de estar deslocada em algum ambiente. Era a mesma coisa que você ser de humanas em uma mesa repleta de gente de exatas, se não pior.

— Aonde eu estava que eu não vi isso?! — perguntou Dahyun de boca cheia, abandonando seu sanduíche sobre a bandeja vermelha da cantina.

— Bêbada naquele karaokê improvisado que fizeram na sala. — foi Jeongyeon quem respondeu, prestando mais atenção em seu celular enquanto comia do que nas amigas em si.

— Nayeon conquistou o mérito de transar com o dono da festa. — Chaeyoung levantou, fazendo reverências exageradas. Dahyun começou a assentir, aplaudindo de leve o ato. — Merece nossa eterna admiração.

Nayeon riu alto, puxando a baixinha para sentar-se novamente.

— Parem de criar caso! Todo mundo aqui ficou com alguém na festa.

Bem, como a mãe de Tzuyu sempre dizia: ela não era todo mundo.

— É, mas aposto que ninguém aqui foi hardcore o suficiente pra transar com o dono da festa. — Dahyun revidou, mais uma vez, de boca cheia.

Tzuyu pegou o garfo de plástico e brincou com a refeição do dia: bolo, mofado. As outras foram espertas o suficiente para trazerem seus lanches de casa, menos Nayeon, que estava evitando comer no intervalo para manter a boa forma para o próximo o jogo, coisas de líderes de torcida. Desistiu de comer, dando atenção somente para o potinho de iogurte, pelo menos nisso a escola conseguia acertar.

— O corpo é meu e eu transo com quem eu quiser.— Nayeon falou, zoando.

— Seu corpo é um templo, não deixe que qualquer um veja. — Jeongyeon se pronuncia séria.

O silêncio se instaurou por alguns segundos, e então todas caíram na risada, inclusive Tzuyu.

— Enfim, o que eu estou querendo dizer é que não deveria sair transando com qualquer um. —  a Yoo voltou a falar, deixando o celular de lado.

— Ele não é qualquer um. — justificou. — É Kim Yugyeom, goleiro do time e nosso colega de turma há, deixa eu ver... oito anos. E eu não sou burra de não usar camisinha, né.

— Relaxa, Jeong. — Dahyun entrou no meio. — Apesar de fazer parte do time, Yugyeom não é um babaca como os outros. Quer dizer, ele é um pouquinho, mas é menos.

Aulas Para (com certeza) VirgensOnde histórias criam vida. Descubra agora