[11] Verdades que roubam cachorros e derrumbam casas

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#ReginaGeorgeJaponesa

O modo como as coisas magicamente davam errado ainda a surpreendia.

As quatro ficaram lá paradas, trocando olhares assustados.

— É da Nayeon. — se apressou a dizer, sendo a primeira desculpa que lhe veio à mente.

Dahyun e Jeongyeon pareceram relaxar, mas ainda a encaravam cheias de desconfiança.

— Vocês se viram depois do fim do jogo? — perguntou Chaeyoung.

— Sim, eu passei lá no vestiário pra me desculpar por não ter assistido a apresentação dela. — esperava de verdade que sua voz estivesse tão tranquila e indiferente como desejava.

Jeongyeon continuava com uma sobrancelha arqueada e Tzuyu engoliu em seco, sustentando o máximo que podia aquele olhar, torcendo para não deixar seu nervosismo transparecer. Por fim, ela deu de ombros.

— Ah, de boa.

Tzuyu suspirou disfarçadamente, o alívio tomando todo seu corpo. Até que seu cabelo foi jogado para o lado e Dahyun gritou. A coreana, sem que ninguém percebesse, havia se esgueirado por trás de Tzuyu para ver de quem era o nome estampado na jaqueta.

— Sana. — Dahyun balbuciava, apontando para as costas de Tzuyu de olhos arregalados. — É o nome da Sana. É da Sana.

Se Tzuyu pudesse voltar no tempo, teria preferido ela própria rar a jaqueta e confessar tudo às amigas. Porque depois disso, virou um caos.

— O quê?! — Chaeyoung exclamou abismada, agarrou com força o braço de Tzuyu e a fez se virar de costas. A taiwanesa grunhiu e puxou seu braço de volta. — Tzuyu?!

— A Sana. — Dahyun continuava falando. — É da Sana.

Escuta, eu posso explicar, ok?! Não é o que vocês estão pensando.

— E tem outra coisa pra pensar?! - Jeongyeon pergunta alto. — Caralho! Como assim?!

— É da Sana. — Dahyun balbuciou, os olhos assustados fixos no chão.

— Tzuyu, meu Deus!

Tzuyu grunhiu, passando a mão pelo cabelo.

— Dá pra pararem de gritar?!

— Você quer que a gente faça o quê?! — Chaeyoung sorria irônica, como se toda aquela situação exigisse tudo, menos calma.

— Desculpa se eu passei a merda de doze anos da minha vida vendo você desejar a morte dessa gostosa todos os dias pra agora eu ver você usando a jaqueta dela. Meu Deus, você tá usando a jaqueta dela! — levou a mão à boca, finalmente caindo na real.

Tzuyu estava a ponto de surtar de raiva. Será que era assim que Sana se sentia? Não, provavelmente não, pelo modo como ela falara, os surtos de raiva dela pareciam bem piores.

— Sana... — Dahyun murmurou.

— É só uma jaqueta. — disse simplista, retirando a peça de seu corpo. — Pronto, acabou.

— Não é só uma jaqueta. — rebateu Jeongyeon. — É o caralho das caralhudas das jaquetas! Eu estudo no Lion há mais de doze anos, Tzuyu, doze anos! E eu nunca vi essa jaqueta na mão de outra pessoa sem ser a da Sana. NUNCA!

— D-Da Sana... — Dahyun respirou pesado.

— Sim! — Chaeyoung concordou. — Tzuyu, eu tô em choque! Você tá entendendo a porra do meu choque?! Porque eu tô em choque!

Aulas Para (com certeza) VirgensOnde histórias criam vida. Descubra agora