#ReginaGeorgeJaponesa
Tzuyu não soube o que aconteceu de imediato.
Sana talvez tenha sido mais perspicaz, visto que segundos antes do teto realmente cair ela já havia a puxado pela cintura e agarrado sua mão, ajudando a segurar com mais força a guia de Butter. Malditos reflexos de atleta!
Um barulho alto e estrondoso ecoou pelo local e uma fina nuvem de poeira subiu pela casa. Ao constatar que não tinha mais perigo, Sana e Tzuyu se afastaram quase que automaticamente.
— Essa casa tá aqui há seculos, umas milhares de pessoas vieram aqui usar drogas durante esses anos e essa porra só foi cair agora?! Vai se foder! — Tzuyu esbravejava, limpando os olhos molhados de lágrimas devido à poeira. — Você me traz azar, Minatozaki.
Mas Sana não respondeu, estava ocupada demais olhando para o chão. Apenas uma parte do teto caiu, deixando uma pilha de concreto no centro da sala de estar e um buraco do tamanho de Butter que permitia ver o andar de cima, Sana analisava atentamente a pilha de concreto, parecendo interessada. Tzuyu queria ir lá e ver o porquê, mas ao invés disso se agachou para conferir Butter, que tremia.
— Relaxa, amigão. Tá tudo bem. — murmurou, acariciando os pelos macios do labrador. Olhou irritada para Sana. — Ô nerd, não sei se você é fascinada por pedra ou o quê, mas nós quase morremos e o nosso filho tá assustado!
Sana se virou na hora, o cenho franzido.
— Nosso?
— Sim, guarda compartilhada. Ele é meu. — diz abraçando Butter, que enterrou a cabeça em seu ombro. — Tá vendo? É amor.
— O que... Tá, que seja. Eu acho que eu acabei de descobriu algo muito foda. Tipo, muito foda mesmo!
Tzuyu se levantou a contragosto, se aproximando junto de Butter para ver o motivo pelo qual os olhos de Minatozaki Sana brilhavam de animação. No entanto, não tinha nada. Nada além de madeira, vigas de ferro e pedaços de concreto que se tivessem caído em sua cabeça a mataria instantaneamente. Engoliu em seco com o pensamento.
— É, realmente muito foda essa porra toda não ter caído em cima da gente. Agora podemos ir embora antes que caia o resto?
— Chewy, pensa! — Tzuyu nunca havia visto Sana tão animada, parecia uma criança andando de um lado para o outro com um sorriso imenso no rosto. — Em 1953, por aí, ocorreu a guerra das Coreias, uma carnificina total, milhares de mortos. Depois da divisão da Península da Coreia, ficou duas partes, a norte e a sul. O líder da norte queria unificar as duas e ficar com a liderança só pra ele, esse fodido. Tropas norte-americanas invadiram aqui e por pouco não conseguiram o que queriam, os americanos entraram em nossa defesa e aí a China viu isso e ficou toda medrosa com medo e entrou no meio também. Enfim, uma puta guerra.
Tzuyu se encontrava de olhos arregalados. Em sua concepção, Sana não deveria saber esse tipo de coisa. Quer dizer, ela era a Regina George japonesa! Uma líder de torcida burra definitivamente não devia ter esse tipo de conhecimento armazenado.
— Ainda não entendi.
Sana ficou de joelhos no chão e começou a afastar as madeiras que faziam parte do teto antes.
— Eram tempos difíceis, ninguém sabia o que ia rolar. Sul-coreanos, norte-coreanos, soviéticos, americanos, chineses... Eles tinham que se proteger. — Sana explicava. Se levantou quando afastou o suficiente para que o tapete no chão da sala aparecesse e pisou no chão algumas vezes. — É oco!
— Sana, porra, inferno, caralho, explica!
— Quando o teto caiu, o barulho não foi normal. — a loira usou da força para terminar de livrar o caminho, usando das vigas de ferro para os concretos mais pesados. — O telefone é da década de sessenta, as datas batem. — ao terminar puxou o tapete empoeirado, e mesmo ofegante, uma risada incrédula escapou de seus lábios e Tzuyu não pôde deixar de ficar assustada ao ver a alavanca no chão. — Tem a porra de um bunker aqui embaixo.
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Aulas Para (com certeza) Virgens
FanficTzuyu, aos dezessete anos, era virgem em todos os sentidos. Ir para escola se tornou um pesadelo, apenas porque teria de ouvir suas melhores amigas falando sobre os beijos que deram ou na transa maravilhosa que tiveram na última festa. A Chou gostar...