#ReginaGeorgeJaponesa
Tzuyu não estava pensando direito quando sugeriu uma caminhada pelos arredores da chácara, caso estivesse com certeza teria previsto a atual situação.
Em sua defesa, Sana parecia tão cabisbaixa e irritada com a discussão com Mina que apenas abraçá-la por cinco minutos não foi o suficiente, precisava que ela soubesse que estaria ao seu lado. E que maneira melhor de demonstrar isso do que um passeio pela floresta?!
Definitivamente, a aranha gigante com quem Sana deu de cara não achou essa uma maneira melhor.
Aconteceu rápido demais. Estavam andando lado a lado e tudo bem, Tzuyu admitia, Sana não tinha nem 10% de sua atenção. Era apenas muito lindo, o sol clareando tudo ao redor, o som dos pássaros, o cheiro inconfundível da natureza e nossa!, as folhas das árvores eram verdes demais. Talvez por isso não pôde alertar à sua não-namorada que ela estava prestes a colidir com uma aranha repousando serenamente em sua teia entre duas árvores.
— Sannie, sério, me desculpa! — suas mãos se moviam sem parar, retirando todas as teias grudadas no cabelo loiro perfeito, tentando ao máximo disfarçar a careta de nojo por encostar naquela coisa pegajosa. — Você tá tendo uma manhã péssima e eu tô só piorando. Eu vou matar essa aranha, juro.
A Minatozaki arqueou uma sobrancelha, o que deixava Tzuyu um pouco mais tranquila era o divertimento nos olhos castanhos, ainda que não na intensidade que gostaria.
— Vai, é? Porque você gritou bem alto e era o meu rosto sendo usado por aquelas patinhas peludas.
Incluso ao fato de ter ficado mais preocupada com algumas árvores qualquer do que sua não-namorada, também vinha junto o fato de que a única reação de Tzuyu quando viu Sana trombando com uma aranha do tamanho de sua mão foi gritar e se afastar o máximo possível até que aquele monstro horrendo estivesse correndo para bem longe, só aí teve a decência de colocar Sana sentada em um tronco caído ali perto e ajoelhar a sua frente para ajudá-la.
— Era uma aranha bem, bem grande. — se justificou, franzindo o cenho ao tirar a última teia do cabelo alheio e deixando escapar um suspiro cabisbaixo. — Você tá brava.
Conhecia Sana o suficiente para saber que, por mais que ela aparentasse achar graça da situação, seus punhos levemente cerrados demonstravam o quanto ela se segurava para não explodir.
Droga, Tzuyu! Que tremenda idiota você.
— Não com você. — Sana garantiu, segurando suavemente sua cintura para afirmar suas palavras. — Com Mina e com a dona aranha? Total, muito brava. Mas não com você.
Tzuyu ainda não estava convencida e desviou o olhar. Em sua cabeça, não tinha como ela não ser a culpada daquilo, afinal, Sana nem sabia que Mina havia dito aquelas coisas até sua estupidez deixar escapar essa informação. Agora as duas brigaram, Sana teve seu dia arruinado e Tzuyu conseguiu arruinar ainda mais após apenas alguns minutos desde que se encontraram no carro.
— Quer conversar? Sobre a briga. — tentou, se levantando momentaneamente somente para sentar ao seu lado no tronco, seus olhos vagando para qualquer lugar que não fosse o rosto dela.
Sana era complicada. Deus, e como. Mas era uma espécie de complicação que conhecia bem e já estava acostumada, por isso sabia que a garota tendia a se irritar um milhão de vezes mais se alguém tocar em um assunto que não fosse de seu agrado.
Indo totalmente contra suas expectativas, Sana só sorriu e se levantou, estendendo a mão e a ajudando a fazer o mesmo.
— Não é bom você se meter nisso, Chewy. — e assim, sem mais nem menos, o assunto foi desviado do modo mais grosseiro possível.
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Aulas Para (com certeza) Virgens
FanficTzuyu, aos dezessete anos, era virgem em todos os sentidos. Ir para escola se tornou um pesadelo, apenas porque teria de ouvir suas melhores amigas falando sobre os beijos que deram ou na transa maravilhosa que tiveram na última festa. A Chou gostar...