Aulas Para (com certeza) Virgens

[14] Morreu, supera

#ReginaGeorgeJaponesa

Tzuyu estava com raiva. Muita raiva!

Seus tênis da Barbie amassavam a areia do parquinho, os bracinhos cruzados e o bico gigante em seu rosto demonstrava com clareza seu estado de humor. A Sra. Lu havia acabado de a liberar de seu castigo, este que lhe foi aplicado injustamente.

Parou quando chegou ao castelo colorido. E lá estava ela, a pessoa mais ridícula que conhecia. Minatozaki Sana.

Quem estava em volta parou e observou Sana descer pelo escorregador e ficar de frente para sua inimiga.

— Sua boba! — esbravejou.

Sana exibiu seu sorriso banguela e riu, dando um fraco peteleco na testa da menor.

— Terminou o castigo, Chewy?

Tzuyu estava pronta para partir para cima quando Taehyung interrompeu, descendo com pressa da gangorra junto de Yuta e arrastando o amigo para perto das garotas, sorrindo animado.

— Gente, vamos brincar de pique-pega?! Daí quem ganhar vira o dono do parquinho!

— É! Pique-pega! — Félix se meteu no meio entre os dois garotos, os abraçando de lado. — As meninas vão perder.

Tzuyu não gostou muito da ideia, e certamente Sana também não. Queriam uma brincadeira que envolvesse as duas competindo, não no mesmo time. De todo jeito, aceitaram.

— Menino pega menina. — Nayeon ditou as regras, animada como sempre ao ajustar as várias pulseiras em seu braço.

Porém, seu sorriso sumiu e uma expressão triste a tomou ao olhar as crianças do Quarto B incompletas.

— Cadê a Jeong?!

— Ela nunca brinca, Nay. — Chaeyoung explicou, agarrando a mão da amiguinha para que pudessem logo começar a brincadeira.

O jogo teve início. Os meninos corriam atrás das meninas pelo parquinho todo, risadas eram ouvidas aos montes. Jooheon era o melhor dos garotos, o mais rápido. Já Taehyung. Yuta e Félix se divertiam mais perturbando as meninas do que realmente as tirando da brincadeira. E claro, Yugyeom foi motivo de piadas quando teve a chance óbvia de pegar Nayeon e se recusou.

Contudo, nada daquilo importava para Tzuyu.

Desviou de todo mundo e foi em direção ao castelo, foi uma luta para subir lá, tinha medo de altura e a escalada pela corda que balançava era difícil. Mas quando chegou, ela já a esperava. Tzuyu não iria deixar barato, em seus nove aninhos de vida, nunca sentiu tanta raiva antes!

— Previsível. — Sana debochou, o que só deixou Tzuyu mais irritada.

— Eu nem sei o que isso significa, mas você é feia! — rebateu. — E sem dente!

Se tinha algo que Sana não aceitava, era que falassem de sua aparência. Principalmente Tzuyu.

— E você é pequena!

— E você é chata!

— Chata é você!

Tzuyu engatinhou até a abertura do castelo dramaticamente.

— Você que vai ficar de castigo dessa vez — e sem pensar, se jogou lá de cima.

A queda não era alta, menos de um metro, mas o suficiente para que Tzuyu começasse a chorar e berrar como se estivesse morrendo. A brincadeira parou na hora, uma supervisora correu até Tzuyu e Sana desceu pelo escorregador, indignada.