#ReginaGeorgeJaponesa
Sana, por vezes, tinha o costume pensar demais.
Esse era um dos seus três grandes defeitos. Não podia de forma alguma ficar parada, sem ter nada para fazer, seria o pretexto perfeito para que pensamentos indesejáveis começassem a invadir sua mente e vários "e se" rondassem sua cabeça, o que resultava em uma Sana ansiosa de humor insuportável.
Por isso, após vinte minutos deitada na cama encarando o teto, se sentou rapidamente ao notar indícios de que estava acontecendo, hoje mais do que nunca.
Era sábado. Dia do jogo do Lions contra os Bulldogs, uma escola vizinha. Os dois times iriam abrir o CEF - Campeonato Estadual de Futebol - e não, o Lions não poderia perder.
Sana passou praticamente a semana inteira no campo da escola suando, dando ordens e treinando, treinando e treinando. Por ser o início do campeonato, muitas pessoas viriam ver, e as líderes tinham a obrigação de fazer toda a plateia sucumbir à loucura.
O relógio marcava nove da manhã e tudo o que queria era voltar a dormir. E poderia se quisesse, havia liberado suas meninas para descansarem até a hora do jogo, o que significa que tinha muitas e muitas horas para procrastinar.
Porém, quando foi colocar seu plano em prática, a porta abriu e Minatozaki Mei apareceu.
— Seu pai está aqui. — Sana reprimiu o gemido cansado que quis escapar de sua garganta. — Ele vai embora amanhã e não vai voltar por umas semanas, vamos tomar café juntos, se apronte.
Quando estava só novamente que se permitiu reclamar. Ergueu a manga do moletom que usava até o cotovelo, observando os dois machucados. O no pulso praticamente desaparecera por completo, fora ela própria que causou, em um surto de raiva ridículo e infantil. O outro marcas fortes de dedos que ainda não sumiram completamente mesmo após quase uma semana.
Foi na terça. Daichi ficou tão furioso consigo, Sana até tentou explicar que, dessa vez, ela não era a culpada, que Tzuyu que tinha causado toda aquela confusão. Obviamente ele não acreditou e quando Sana tentou fugir para seu quarto, muitas coisas aconteceram. Teve sorte de seu pai não ser o tipo de homem que usava da agressão e sim palavras.
Inevitavelmente, Chou Tzuyu veio em seus pensamentos. Ela ficou tão confusa e preocupada ao ver os machucados que, por um momento, Sana chegou a cogitar que ela realmente se importava.
Acabou por rir, naquela noite da festa ficaram no telhado em uma competição ridícula de cantadas após Tzuyu afirmar que conseguia mandar uma melhor do que a do Napoleão. Competitivas e orgulhosas do jeito que eram, passaram horas ali, rindo aos montes e se provocando mais ainda.
Depois disso, não viu ou falou com Tzuyu. Nem por mensagens, nem na escola, nem em nada. Era como se tivessem estabelecido em conjunto que precisavam de uma folga uma da outra, o que foi ótimo, porque Sana precisava treinar e Tzuyu era uma das poucas pessoas que conseguiam a tirar do sério e a fazer perder o foco.
Levantou preguiçosamente, indo diretamente para o banheiro do quarto, onde passou alguns bons minutos debruçada no lavatório observando a própria imagem no espelho.
Gostava disso. De se observar.
Fez todo o processo de escovar os dentes o mais lento possível, mesmo sabendo que isso acarretaria em um sermão sobre se atrasar.
E não estava errada, assim que colocou os pés na cozinha, Daichi lhe lançou um olhar repreendedor.
— Bom dia. — saudou, puxando uma cadeira para se sentar. Jiwoo, a cozinheira da casa, começou a servi-los.
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Aulas Para (com certeza) Virgens
FanfictionTzuyu, aos dezessete anos, era virgem em todos os sentidos. Ir para escola se tornou um pesadelo, apenas porque teria de ouvir suas melhores amigas falando sobre os beijos que deram ou na transa maravilhosa que tiveram na última festa. A Chou gostar...