[17] A estranheza das lágrimas de uma vadia

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#ReginaGeorgeJaponesa

Passar por situações desesperadoras talvez fosse parte de ser uma aluna de Minatozaki Sana, a professora dos virgens.

Se bem que aquela não era Minatozaki Sana, a professora. Estava mais para Minatozaki Sana, a garota que a odiava e fazia o possível para deixá-la desconfortável. Felizmente, esteve em contato com a segunda muitos e muitos anos para desenvolver uma imunidade que a impedia de ficar mal, o sentimento sendo substituído pela vontade de devolver na mesma moeda.

Já era acostumada a essas loucuras repentinas de Sana, faziam muito isso quando eram crianças. Todo e qualquer passeio escolar, seja para o museu ou cinema, era momentaneamente estragado pelas duas pestinhas que viviam tentando envergonhar uma à outra. Para ser sincera, Tzuyu nem havia ficado realmente brava com toda aquela cena, sua vontade na hora foi apenas de querer rir, filmar e ameaçá-la mais tarde com o vídeo, porque simplesmente amava ver Sana perdendo o controle por sua causa.

Estavam do lado de fora do restaurante agora, lado a lado, enquanto dois seguranças, o dono do estabelecimento discutiam entre si e com as garotas. Não que elas se importassem, claro. Tzuyu segurava o riso e o tédio poderia ser percebido no rosto de Sana por qualquer um.

Rebeldes! ¡Arresten a esas chicas! — o baixinho dono do restaurante gritava.

Descobriram lá dentro após Sana receber uma série de xingamentos em outro idioma que se tratava de um restaurante de comida latina, e que o dono era Mexicano. Tzuyu não conseguia entender muito bem o que ele dizia, mesmo tendo participado ativamente de todas as aulas de espanhol da escola, era péssima nisso por natureza. Já Sana parecia entender, mas não ligar.

— Senhor, por favor, se acalme. — um segurança pediu sensatamente, vermelho e suando do jeito que estava, Tzuyu achava que o dono teria um colapso nervoso. — Nós resolvemos a partir daqui. Poderia levá-lo para dentro?

O garçom prontamente obedeceu, guiando seu chefe para o interior do restaurante novamente.

En mi tierra, las madres dan educación a sus hijos. ¡El mundo esta perdido! — ele saiu resmungando, Sana soltou uma pequena risadinha ao seu lado. Franziu o cenho, algo como "mães dão educação aos filhos e o mundo está perdido"? Era realmente péssima em espanhol.

— Quem começou? — o segurança perguntou sério.

— Ela. — apontou para Sana, que a olhou indignada. — Foi tudo ela, senhor.

— Para de ser falsa!

— Você me viu em cima da mesa?! — rebateu, a fuzilando com o olhar. — Não, né? Pois bem! Não tenho nada a ver.

— Nada disso teria acontecido se você não fosse exigente! — Sana bufou alto, enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta.

— A ideia do encontro foi sua, Minatozaki!

Um dos dois seguranças suspirou cansado.

— Vou terminar a ronda. Boa sorte, parceiro. — e foi embora, deixando para trás seu parceiro aflito e duas adolescentes raivosas que se divertiam internamente com seu desespero.

— Garota — olhou para Sana — Poderia informar o nome de vocês duas mais o número de seus responsáveis?

As duas tiveram uma rápida troca de olhar. Seus pais envolvidos era algo que definitivamente não podia acontecer.

— E que tal, ao invés disso, o senhor nos liberar? — Sana deu um passo à frente, um sorriso inocente em seu rosto.

Tzuyu revirou os olhos, só um tolo não veria que aquilo não passava de uma farsa.

Aulas Para (com certeza) VirgensOnde histórias criam vida. Descubra agora