[25] Baratos que prometem bater de frente com os top de linha (VERDADE OU FAKE?)

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#ReginaGeorgeJaponesa

Tzuyu era louca.

Se achou louca. Como pôde ceder tão facilmente assim aos encantos perigosos de Minatozaki Sana? Estava tão convencida de que não daria certo que ao ver Sana, tão frágil e desesperada, tentando bravamente fazer funcionar o que quer que fosse aquilo entre elas, Tzuyu não teve muitas opções com seu coração a dando uma única alternativa.

Contudo, ouvindo músicas boas, com Sana sentada a sua frente no colchão dentro do carro, dividindo consigo um cobertor sobre as pernas embaralhadas e um pacote de balas de goma de ursinhos, contando histórias sobre sua vida como se, de fato, fossem duas desconhecidas, não reconheceu indícios de arrependimento na mistura de emoções dentro do peito.

Sana parecia mais do que disposta a tentar e Tzuyu achou injusto não seguir o mesmo caminho. O que tinha a perder, afinal? Se desse errado, tudo bem, logo estaria fora do Lions arriscando um futuro e não precisaria nunca mais olhar para a cara da sua primeira decepção amorosa.

Por agora, aproveitar o presente com sua ex inimiga e agora paixão parecia mais apropriado.

— Eu fiquei meio mal quando meu pai foi de vez pro Japão, ele sempre é um babaca mas... sei lá, é meu pai, eu não consigo não gostar dele. — Sana diz depois de engolir uma bala no formato de um ursinho vermelho. — É uma droga, sabe? Eu sei que eu deveria odiá-lo por todas as merdas que ele já fez, só que tem aquele peso na consciência de que, porra, o cara me sustenta e me dá tudo do bom e do melhor e eu ainda reclamo.

Faziam poucos minutos que entraram no tópico família logo após passarem com sucesso pelo tópico filmes favoritos, Sana insistiu que entrassem em vários tópicos diferentes para se conhecerem melhor, mas Tzuyu nunca soube muito bem manter uma conversa, principalmente uma conversa com Sana onde não podia usar ofensas a cada dez minutos. Estava sendo complicado e desafiador.

— Não é porque ele te sustenta que ele tem o direito de ser um babaca, Sannie.

Sana refletiu as palavras, aparentando concordar ao acenar com a cabeça.

— É, acho que você tá certa. — ela olhou para o mar lá fora, abandonando o pacote de balas no colchão, sorrindo tristemente. — Raramente acontece, mas às vezes nós temos momentos legais que me fazem esquecer essa minha raiva dele. São coisas simples, tipo uma vez que eu contei uma piada durante o jantar e ele começou a rir, ou quando a gente sentou na sala pra assistir filmes.

— Eu sinto que ele cobra muito de você. — comentou, lembrando de como ela ficava nervosa só de saber que seu pai estava na escola.

Sana riu, assentindo.

— Você não tem ideia do quanto! Eu sei que ele só quer o meu bem e que eu seja uma pessoa bem sucedida no futuro, mas não deixa de ser chato. — desviando o olhar da paisagem, Sana lhe fitou com um um sorriso. — E você, como é a relação da família Chou?

Depois de ouvir o quão complicada a família de Sana era, Tzuyu ficou um pouco envergonhada de reclamar tanto da sua. Felizmente, nunca teve problemas com fotógrafos a seguindo em festas para tentar manchar o nome do pai na mídia como aconteceu com Sana.

— É uma loucura total, sério. Você precisava ver no natal, é grito pra todos os lados! Minha vó brigando com o meu pai em outro idioma, minha mãe falando mal da Ashley, a atual do meu pai, com as minhas tias e pra piorar meus primos são insuportáveis. Mas a gente se ama acima de todo esse caos, nunca tive problemas com isso verdadeiramente.

— Que natal divertido você tem. — Sana riu. — Eu costumava passar o natal com os meus avós, hoje em dia eu passo em uma festa da empresa dos meus pais.

Aulas Para (com certeza) VirgensOnde histórias criam vida. Descubra agora