Capitulo especial.

340 59 96
                                    

Atendendo ao pedido da MAH_CHAGAS, feliz aniversário! Espero que goste do Capítulo! Bj.

               
Páginas do diário de Benjamin...

                       "O pôr do sol é a prova                             

                            de   Que os finais não   

                                            precisam ser

                                                        tristes."

Querido Diário,
Sigo escrevendo aqui como de costume por concelho da Srt. Peyton minha terapeuta, mas hoje tenho coisas boas à escrever, pois meu dia foi como comer sorvete pela casquinha. Começou ruim e terminou bom.

Hoje o dia começou decadente, como diria Dylan, uma droga. No café da manhã com meu pai ele só resmungava, no começo começou me perguntando onde e com quem passava tanto tempo pois estava faltando muitas reuniões importantes. Quando respondi que era com uma amiga ele se encheu de orgulho e começou com uma história que se eu estivesse com um "rabo de saia" com essas exatas palavras, que fosse uma filha dos amigos dele, alguém que de fato desse mão à nossa família também nos orçamentos. Eu me enchi de uma raiva que nunca havia sentido por ele. Em que século estávamos!?

Vi a ira de meu pai quando contei que minha amiga era a Katherine. "A filha do mecânico!?" Gritou ele. Aquilo foi o suficiente para me retirar da mesa. Meu pai nunca me apoiou em nada, sempre me dando ordens e me tratando como sua marionete, minha vida decidida por ele. Mas naquele dia, aquilo me irritou como nunca. Queria poder ter aquele aquário de pinguins para mim pois naquele momento precisava deles. Katherine também serviria, ela me acalma.

Cheguei no meu quarto afrouxando a gravata e me desfazendo de alguns botões da camisa, me sentia sufocado. Sentei em meu piano que não tinha nada haver com a história e o castiguei tocando brutalmente as notas. Como tenho escrito aqui as vezes, o piano também tem me ajudado muito, me deixa longe das cicatrizes, principalmente aquelas em minhas costelas. Porém se uma nota sair voando pelo meu quarto eu não me responsabilizo.

Perdi a noção do tempo, devo ter tocado por três horas seguidas e só me dei conta de onde estava quando vi os olhos calmos esverdeados de Katherine em minha porta. 

- Licença...- Sua voz em um tom preocupado encheu o quarto e a mim de alegria.

Sim, a Katherine se diz ser descolada de mais para usar o "com" as de "licença". Ela parece uma caipira falando "licença" mas se eu falar para ela acho que ela me bateria e na verdade eu acho muito fofo ela dizer só o "licença". OBS: Nunca fale isso para ela Benjamin, você realmente não quer levar uma surra.

Não pude dar muito espaço à esses pensamentos, eu estava tão decadente quanto aquele dia e minha camisa estava aberta, céus, a camisa estava aberta! Apressei-me com os dedos para fecha-la. Ela não poderia ver, ninguém veria...

Quando ela me perguntou se estava tudo bem eu me esforcei bastante para responder que sim. Eu não estava nada bem, aliás era o meu aniversário...

Sim o meu aniversário, espero que você tenha lembrado caro diário.

Me senti muito irresponsável por ter perdido a hora para nossa aula mas como sempre Katherine disse que estava tudo bem e de uma forma calma e bela passeava os dedos pela minha estante de livros.

Katherine outra Vez.Onde histórias criam vida. Descubra agora