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Nunca achei que o balcão do Joy fosse tão longe quanto naquela noite. Caminhei até lá com o rosto limpo e um sorriso malicioso nos lábios, não demorou muito para que fosse atendida.

- Kath! Não sabia que tocaria hoje. - O atendente que eu não sabia o nome porém ele sabia o meu falou.

- Vim para me divertir hoje...- Forcei os olhos para ler seu nome no crachazinho em seu peito. - Walker.

Walker me deu uma risadinha.

- Você sabe que sabemos que não é maior de idade né- Falou entregando um drink para uma morena ao meu lado.

Fiz beicinho e olhei para ele depois sorrindo.

- É uma pena. - Puxei minha bolsa. - Vocês que saem perdendo. - Mostrei todas as garrafas que havia comprado em outro bar onde Wesley sempre conseguia bebidas com as identidades falsas. Lancei uma piscadela para o Bartender e saí para curtir.

A música e o suor em meu corpo pareciam dançarem juntos na mesma batida sem contar a minha bolsa que parecia cada vez mais leve de acordo com as garrafas secadas por mim. E adivinha? Eu estava sorrindo. Sorrindo! Ainda era possível.

- Graças às tequilas ! - Gritei segurando minha garrafa vazia em meu braço esticado.

Não sei quanto tempo se passou mas eu sei que dancei todos os tipos de músicas, todos os tipos de dança, com todo tipo de gente e de várias formas diferentes, mas ainda não me sentia cansada, não me sentia satisfeita... Minha bebida parecia ter acabado também então eu gargalhei, a última vez que estive tão bêbada foi quando...O ingresso no meu bolso, o ingresso dele, nosso... Droga eu não queria...

- Oi... - Walker apareceu do meu lado vestido já com outra roupa. - Meu turno acabou podemos dançar cantora? - Gargalhei do menino, Walker era bonito, um corpo bronzeado e alto,um sorriso largo e cachos atrevidos em seu cabelo.

- Não. - Ele me olhou confuso parecendo nunca ter recebido um "Não". - Você me negou bebida. - Ri ao lembrar.

- Ah claro. - Ele riu entendendo que era uma piada. - Na verdade a lei que te proibiu. - Nem devia ter sido tão engraçado mas a bebida dentro de mim me fez rir feito louca, foi quando senti uma mão na minha cintura e eu estava pronta para esmurrar qualquer macho escroto que fosse mas então vi os cabelos ruivos e os olhos preocupados de Dylan me encararem.

- Tá fazendo o que!? - Ele parecia indignado.

- Flertando... Ciúmes ruivo? Eu disse para a gente se assumir logo. - Me joguei em seus braços mas ele aproveitou a deixa para me levar para longe dali, longe de Walker.

- Você está tão bêbada... Aconteceu algo? - Dylan me perguntou mais preocupado que nunca em um canto mais reservado.

- Claro que aconteceu... - Ri tirando os cabelos do rosto. - Minha irmã tem câncer, o amor da minha vida simplismente desistiu de mim, meus pais são os próprios Chernobyl... Puta que pariu eu sou muito fudida. - Gargalhei me afastando dele.

- Katherine... - Ele ia me dizer algo mas não deixei.

- Mas eu tenho um dom! Eu canto bem pra caralho! - O quanto eu estava bêbado não está escrito.

- Katherine! - Dylan tentou pegar meu braço mas já era tarde demais, lá estava eu em cima do palco.

- Boa noite! - Gritei e a plateia vibrou. - Eu sei que sempre sentem minha falta! - Brinquei gargalhando. - Mas quem devia sentir simplesmente sumiu! Sim gente ele sumiu e sabe... Pela primeira vez estou começando a acreditar em alienígenas, porque essa é a única explicação! - Acompanhei a gargalhada da plateia. - Esse lance de amor é uma puta mentira... - Me sentei no palco antes que a tontura da bebedeira me fizesse esborrachar no chão.

Katherine outra Vez.Onde histórias criam vida. Descubra agora